segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Feliz ano novo!


Em 2024, já não há mais tempo, mas como seria bom que, logo no início de 2025, voltássemos a receber notícias de algumas figuras que marcaram episódios polêmicos. Entre elas, Ana "Missão Dada, Missão Cumprida" Priscila, cuja atuação ainda gera questionamentos, e o jovem que quebrou o relógio, cujo gesto simbolizou um dos principais momentos deste ano.

Seria interessante também saber do paradeiro do General G. Dias, personagem central do 8 de janeiro e que parece ter desaparecido do cenário público. Além disso, o jornalista Glenn Greenwald e seus famosos 6 gigabytes de mensagens trocadas entre assessores de ministros poderiam, finalmente, ter seu conteúdo plenamente revelado, trazendo mais luz à escuridão de alguns episódios.

Por último, como em um passe de mágica, seria ótimo que os vídeos do aeroporto de Roma e dos acontecimentos do 8 de janeiro surgissem no YouTube. Essas imagens poderiam oferecer um panorama mais claro sobre os eventos que ainda permanecem encobertos pela névoa de tantas dúvidas.

Feliz Ano Novo! Que 2025 traga mais transparência e respostas aos episódios que marcaram o país.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Contra fatos...


Da IstoE Dinheiro de 30/05/2024:

O índice da bolsa nacional é pior entre todos os mercados de valores do mundo. A cotação do real em relação ao dólar caiu significativamente, ao contrário das demais moedas latino-americanas. Aumentam as sobretaxas de juros que os investidores estrangeiros exigem para incluir os títulos brasileiros em seus portfólios. O risco Brasil está aumentando do ponto de vista dos mercados financeiros.

Então, qual é o motivo dessa discrepância entre a realidade econômica e a má vontade dos investidores para com o Brasil? Em termos simplificados, no momento o país não tem uma boa história para contar: não há perspectivas de um futuro luminoso que faça o coração dos investidores bater mais forte.

Pelo contrário: são muitos os indicadores de que o Brasil continuará morro abaixo, em direção à mediocridade pouco ambiciosa. Pois de onde poderão vir os lucros de produtividade necessários – descontado o setor do agronegócio e, talvez, o da mineração?

No panorama internacional, os brasileiros não têm grande relevância na inteligência artificial, ciência de dados, tecnologia de semicondutores, informática e nem nearshoring – isto é, a transferência das cadeias de agregação de valor para mais perto dos Estados ocidentais.

UOL? So acredito porque estou vendo... e ouvindo!


De RODRIGO CONSTANTINO na Gazeta do Povo - Investigar memes e “especulação”: só no Brasil mesmo!

"O dólar disparou rumo aos sete reais. Qualquer ser com QI acima de 90 e honestidade superior a do Lula sabe que a desvalorização da nossa moeda se deve a fatores estruturais e conjunturais, leia-se: uma dívida pública de quase dez trilhões de reais (foto estrutural) com um fluxo negativo crescente por conta do déficit fiscal (filme conjuntural). As falas do Lula geram ainda mais nervosismo, pois todos se dão conta de que o que está ruim vai piorar."

Tocando Lira


A história nos conta que Nero tocava lira enquanto Roma era consumida pelas chamas em 64 d.C. A realidade de um certo país latino-americano traz um paralelo curioso. Nesse pais, o "incêndio" não é físico, mas fiscal: as contas públicas estão em desordem, a dívida cresce descontroladamente, e as perspectivas econômicas se tornam cada vez mais nebulosas. E temos um "tocador" de violao (muito mal, por sinal), que a tudo assiste sorridente.

Nesse pais, "Lira" não é tocada, ele toca e toca muito bem!! Essa sinfonia política a quatro mãos gera um incêndio fiscal que ameaça as gerações futuras. Assim, em um cenário que combina drama e ironia, o país vê-se envolvido em uma melodia que, ao invés de salvar, parece aumentar as chamas.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Videntes e a saúde de Lula


"There are more things in heaven and earth than are dreamt of in your philosophy" (William Shakespeare in Hamlet)

A história está repleta de relatos de videntes e profetas que alegaram prever eventos futuros ou possuir habilidades sobrenaturais. Esses indivíduos, muitas vezes controversos, deixaram sua marca em diferentes culturas e épocas. Alguns são realmente notáveis.

Um astrólogo e médico francês, Michel de Nostredamu (1503-1566), publicou uma série de profecias em seu livro Les Prophéties. Algumas de suas quadras poéticas, foram associadas a eventos como a Revolução Francesa, o surgimento de Hitler e os ataques às Torres Gêmeas no 11 de setembro.

O médium norte-americano Edgar Cayce (1877-1945) realizava leituras psíquicas enquanto estava em estado de transe. Previu a Segunda Guerra Mundial, mudanças geográficas na Terra e avanços médicos.

Baba Vanga (1911–1996) foi uma mística búlgara cega que ganhou fama por suas previsões. Previu o colapso da União Soviética, o ataque de 11 de setembro e o Brexit.

Recentemente, ainda neste ano de 2024, três midiáticos videntes brasileiros fizeram surpreendentes previsões acerca da saúde do Presidente Lula. Independente de acreditar ou não nas coisas do além, desafio-o a assistir aos vídeos seguintes. Você há de concordar que são no mínimo intrigantes.

Chaline Grazik é conhecida como "A Vidente dos Famosos". Gerou polêmica nas redes sociais, em janeiro deste ano, com uma previsão preocupante sobre o futuro do Presidente Lula: "Ele vai ter alguma coisa referente à cabeça, que vai levar ele a exames e à hospitalização." (veja video — https://x.com/RoziSNews/status/1866544774469259584).

A vidente conhecida como Vó Bahiana (Anatercia Gonçalves) chamou atenção nas redes sociais ao compartilhar uma previsão que gerou impacto. Em um vídeo publicado em 10 de outubro último, ela afirma que "infelizmente, com muita dor no coração, eu falo com vocês que está chegando o desencarne de um Presidente ou ex-Presidente da República... E isso vai acontecer antes do final do ano." (Veja vídeo — https://www.instagram.com/p/DA8-rmSx77t/).

Para mim, a mais desafiadora previsão veio por parte de Carlinhos Vidente no Programa Chupim na rádio Metropolitana FM, no recente 3 de dezembro: "O Lula vai ser levado para o hospital a qualquer momento a noite ou de madrugada, no outro dia nós vamos ficar sabendo — 'o Lula foi pro hospital'. Dificilmente voltará e se voltar, volta completamente fora dele, fora de si." (Veja video — https://www.instagram.com/aarrudafilho_/reel/DDLj0tyt3Om/)

Escrevi este texto na madrugada do dia 11 de dezembro de 2024, em homenagem aos céticos por ser quase um deles. Mas guardando com atenção a frase que Hamlet dirige ao seu amigo e confidente Horácio, no clássico de Shakespeare: "Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia"



Atendendo a um imperativo da minha consciência, apelo aos companheiros do Facebook que não façam comentários depreciativos, nem desejando o mal ao Presidente. Se não por empatia ou educação, pelo menos por temor: cuidado na infalível Lei da Causa e Efeito!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

O direito à vida


O direito à vida, desde sua concepção inicial até sua forma moderna, evoluiu para se tornar um princípio universal, protegido por legislações nacionais e tratados internacionais. A proteção do direito à vida, em seu sentido mais estrito, refere-se ao direito do indivíduo de não ser privado de sua existência física de maneira arbitrária, mas a interpretação desse direito vai além da mera preservação da existência biológica, abrangendo o conceito de vida digna, fundamentado na dignidade da pessoa humana.

No Egito, na Mesopotâmia e em outras sociedades antigas, a vida humana era valorizada, mas sua proteção estava frequentemente subordinada à autoridade dos governantes ou dos deuses. O Código de Hamurabi (c. 1750 a.C.) trouxe uma das primeiras tentativas de regulamentar o valor da vida, impondo penas para quem a violasse.

Os filósofos gregos, como Sócrates, Platão e Aristóteles, discutiram o valor da vida humana, mas sob a perspectiva do bem comum e da ordem social. Em Roma, o direito romano trouxe avanços, como a criminalização de homicídios fora do contexto de guerras ou disputas legais.

Com a ascensão do cristianismo, transformou-se a visão sobre o direito à vida. A vida passou a ser considerada sagrada, um dom de Deus, e somente Ele teria o direito de tirá-la. O Renascimento trouxe um resgate do humanismo, destacando a importância da dignidade humana e o valor intrínseco da vida e o iluminismo estabeleceu que todos os seres humanos possuem direitos naturais, entre eles, o direito à vida.

A Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa consagraram a base jurídica moderna do direito à vida. A primeira, através da Declaração de Independência (1776) reconheceu o direito à vida como um dos "direitos inalienáveis" garantidos pela criação divina, enquanto que a segunda afirmou que todos os homens nascem livres e iguais em direitos, incluindo o direito à vida (Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão -1789). A criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) após a Segunda Guerra Mundial, estabelece em seu artigo 3º: "Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal."

Hoje, o direito à vida continua sendo debatido em múltiplos contextos, tais como acesso à saúde, segurança alimentar, combate à pobreza, um meio ambiente equilibrado etc, mas alguns países, ou melhor dizendo, umas poucas autoridades desses países, insistem em desconhecer esse direito milenar. Recentemente, em debate no Congresso Nacional, o Ministro — pasmem! — da Justiça do Brasil afirmou que "não há nenhum direito absoluto... nem o direito à vida".

Por que Sua Excelência faz essa afirmativa quando se sabe que o direito à vida é um dos mais importantes direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal de 1988? Previsto no artigo 5º, ele se apresenta como uma cláusula pétrea, ou seja, uma garantia inalterável, que não pode ser abolida sequer por emendas constitucionais.

Deus salve o Brasil!

domingo, 8 de dezembro de 2024

"A água bateu na bunda"


A expressão popular "a água bateu na bunda" descreve uma situação de urgência iminente de ação, em que a realidade impõe uma resposta rápida e inadiável.

Durante as eleições de 2022, a grande mídia brasileira, tradicionalmente vista como imparcial ou moderada em seus editoriais, adotou um tom marcadamente crítico ao então presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro. O Estado de S. Paulo e a Folha de S.Paulo, dois dos principais jornais do país, publicaram editoriais que explicitamente favoreciam a alternância de poder, criticando Bolsonaro e suas políticas.

Em outubro de 2022, o Estadão publicou o Editorial "Bolsonaro Contra a Democracia", criticando duramente as tentativas do presidente Bolsonaro de questionar o sistema eleitoral, classificando essas iniciativas como ataques à democracia. A busca por maior transparência nas eleições foi interpretada como um esforço para minar a legitimidade do processo democrático. Publicado em setembro de 2022, o editorial da Folha "Eleição de 2022" apontou riscos autoritários no governo Bolsonaro e defendeu a alternância de poder como essencial para a saúde da democracia brasileira. O texto também denunciou o que considerou "ataques às instituições democráticas" pelo então presidente.

No entanto, o cenário mudou. A postura das mesmas instituições midiáticas em relação ao atual governo de Lula e ao STF sugere que, para elas, "a água começou a bater na bunda". Recentemente, o Diretor-Geral da Polícia Federal convocou uma entrevista coletiva e deliberadamente excluiu a Folha de S.Paulo, recusando-se a explicar o motivo. Por outro lado, o Estadão tem publicado editoriais críticos à gestão fiscal do governo Lula e à estreita colaboração entre o Executivo e o STF, um "consórcio" que, segundo o jornal, compromete o equilíbrio institucional.

O STF consolidou um papel expansivo e ativo na política nacional. Os ministros têm tomado decisões que extrapolam sua função original de guardião da Constituição. Essa mudança de postura é amplamente respaldada por um discurso de que a democracia precisa ser protegida a qualquer custo — mesmo que isso signifique agir fora das balizas constitucionais.

Essa atuação gerou questionamentos sobre o equilíbrio entre os Poderes. Contudo, qualquer tentativa de controle externo sobre o STF, como um processo de impeachment contra um de seus ministros, parece improvável. O "esprit de corps" e o medo do efeito dominó — a queda de um ministro podendo levar à queda de outros — blindam a Corte de qualquer responsabilização mais severa.

A expressão "a água bateu na bunda" ilustra bem o dilema enfrentado por essas instituições. Enquanto a grande mídia agora tenta criticar os excessos do governo Lula e do STF, seu papel nas eleições de 2022 pode ter contribuído para o fortalecimento dessas mesmas dinâmicas que hoje denuncia. Por outro lado, o STF, ao se empolgar com sua missão de "recivilizar o país", corre o risco de se afastar de seu papel constitucional, alimentando percepções de abuso de poder.

Nesse cenário, o Brasil permanece em uma encruzilhada institucional. A mídia busca redefinir sua postura, o STF insiste em expandir suas atribuições, e o equilíbrio entre os Poderes segue ameaçado. Deus se apiade do Brasil, porque o caminho da redenção institucional parece cada vez mais distante.

sábado, 7 de dezembro de 2024

Trump vem aí!


A relação entre líderes estrangeiros e Donald Trump ilustra a linha tênue entre pragmatismo diplomático e hipocrisia política. Durante seu primeiro mandato como presidente, Trump foi amplamente criticado por líderes globais por suas políticas protecionistas, abordagem unilateral em questões planetárias e postura desafiadora. Agora, após ser reeleito presidente, muitos desses mesmos líderes parecem mudar de tom, buscando reaproximação e cortesias públicas, como sua participação como convidado de honra na reabertura da Catedral de Notre Dame. Essa transformação reflete os dilemas que moldam a política internacional.

Independentemente de quem ocupa a Casa Branca, os Estados Unidos continuam sendo a maior potência econômica e militar do mundo. Manter boas relações com o presidente americano é essencial para a estabilidade das alianças globais e interesses nacionais.

Emmanuel Macron, presidente da França, que ironizou Trump durante seu primeiro mandato, agora o recebe como convidado de honra na reabertura de Notre Dame. Este gesto simboliza a importância de garantir uma relação sólida com os EUA em questões estratégicas, como segurança europeia e comércio.

Trump vem com uma Força Incontornável. Sua base de apoio doméstica e influência global fazem dele uma figura com a qual líderes estrangeiros não podem se dar ao luxo de romper. O pragmatismo dita que, ao invés de antagonizar Trump, é mais útil manter portas abertas.

Convidar Trump para eventos como a reabertura de Notre Dame pode ser uma forma de neutralizar tensões passadas e criar um espaço para diálogos futuros. Durante seu primeiro mandato, Trump foi alvo de críticas severas por seu ceticismo em relação às mudanças climáticas, isolacionismo e postura agressiva em fóruns internacionais. A mudança para o cortejo pode parecer oportunista e incoerente.

Macron, que liderou esforços para contrapor Trump no Acordo de Paris, agora o recebe com honrarias. Isso pode ser visto como um abandono de seus princípios ambientais em troca de conveniências diplomáticas. Líderes que condenaram abertamente Trump por questões de direitos humanos ou pela fragilização de alianças históricas, como a OTAN, agora buscam aproximação sem reconhecer explicitamente essas contradições.

A Alemanha, que foi alvo de críticas pesadas de Trump por sua política energética e contribuição à OTAN, pode buscar um relacionamento mais pragmático, apesar das tensões passadas. Para muitos eleitores e observadores globais, a mudança de postura parece motivada mais pela conveniência do que por qualquer tipo de reconciliação genuína.

Do ponto de vista ético, a postura desses líderes pode ser percebida como hipocrisia, um abandono de princípios declarados em favor de interesses momentâneos. Isso é particularmente relevante quando se considera que muitos líderes criticaram Trump não apenas por discordâncias políticas, mas como uma figura que representava, em suas visões, uma ameaça aos valores democráticos e ao multilateralismo.

A reaproximação com Trump após sua reeleição é um reflexo clássico das complexidades da política internacional. Seja por pragmatismo ou hipocrisia, os líderes estrangeiros estão ajustando suas posturas para se adaptar a uma nova realidade política em que Trump mais uma vez detém a posição mais poderosa do mundo. O convite à reabertura de Notre Dame, um evento emblemático e carregado de simbolismo, conduz perfeitamente a esse dilema: uma mistura de interesses estratégicos e concessões diplomáticas que, dependendo da lente, pode ser interpretada como visão prática ou incoerência moral.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Do Livro "Gangsters do Governo" à Liderança do FBI: Quem é Kash Patel?


Kashyap "Kash" Patel, advogado americano e ex-promotor federal, é um nome de peso na política americana, especialmente entre os círculos republicanos. Com uma trajetória marcante que inclui posições-chave na administração Trump, Patel agora se prepara para um novo desafio: liderar o FBI. O anúncio de sua indicação pelo presidente eleito Donald Trump para o cargo de Diretor Geral do FBI promete mudanças radicais na condução da agência.

Patel tem um histórico impressionante de atuação no governo. Durante a primeira administração Trump, foi Chefe de Gabinete do Secretário de Defesa dos EUA, funcionário do Conselho de Segurança Nacional e conselheiro sênior do Diretor Interino de Inteligência Nacional. Ele também trabalhou como assessor sênior do congressista Devin Nunes, onde desempenhou um papel central nas investigações sobre a interferência russa nas eleições de 2016, defendendo Trump de acusações de conluio.

Membro fiel do Partido Republicano, Patel é conhecido por seu alinhamento feroz com as políticas do ex-presidente Trump e por suas críticas contundentes ao chamado "estado profundo" — uma suposta máquina burocrática não eleita que, segundo ele, busca minar os interesses do governo republicano. Em declarações polêmicas, também chamou a mídia de "o inimigo mais poderoso que os Estados Unidos já viram".

Além de sua carreira no governo, Patel é autor do livro "Gangsters do Governo", no qual expõe sua visão crítica sobre o FBI e o Departamento de Justiça. Segundo ele, essas instituições se tornaram "uma ameaça ao povo" devido ao abuso de poder com motivações políticas. Patel defende uma "limpeza abrangente" nessas organizações, removendo funcionários que, em sua visão, comprometeram sua imparcialidade.

A indicação de Patel vem em um momento crítico para o FBI, que atua como a principal agência de investigação criminal federal e contrainteligência doméstica nos Estados Unidos. Com jurisdição em todo o país, o FBI investiga crimes federais, terrorismo e espionagem, colaborando com outras forças de segurança locais e internacionais. O cargo de diretor da agência, que exige indicação presidencial e confirmação pelo Senado, tem um mandato de 10 anos, simbolizando a necessidade de estabilidade e independência institucional.

Segundo Trump, a prioridade de Patel será enfrentar o aumento da criminalidade, combater a imigração ilegal, o tráfico de drogas e o tráfico de pessoas. Tais desafios demandam uma abordagem robusta e inovadora, e espera-se que sua liderança marque uma guinada significativa na direção da agência.

A indicação de Patel gerou reações diversas. Seus apoiadores acreditam que sua liderança trará uma transformação necessária para enfrentar as críticas que o FBI tem enfrentado nos últimos anos. Por outro lado, opositores temem que sua visão crítica sobre o "estado profundo" e a mídia possa comprometer a imparcialidade da agência.

Para muitos, "tempos de chuvas e trovoadas" estão à frente, como afirmam analistas políticos. A nomeação de Patel é vista como uma declaração de guerra contra o establishment e pode redefinir o papel do FBI nas próximas décadas.

Kash Patel está prestes a assumir um dos postos mais importantes e desafiadores da segurança nacional americana. Seu histórico, convicções e visão crítica das instituições prometem um período de mudanças significativas no FBI. Se essas mudanças representarão progresso ou divisão, apenas o tempo dirá. Uma coisa, porém, é certa: a liderança de Patel não passará despercebida.

O Perdão do Presidente Biden para seu filho Robert Hunter



Lembram do Perdão que o Presidente Bolsonaro concedeu ao Deputado Daniel Silveira, usando o artigo 734 do Código de Processo Penal, segundo o qual o presidente da República pode conceder espontaneamente a chamada "Graça Constitucional"? Nunca o STF havia anulado o uso desse dispositivo integrado ao arcabouço jurídico do país, fazendo-o apenas contra o Presidente Bolsonaro. Pois bem, na Constituição dos Estados Unidos existe dispositivo semelhante e o Presidente Biden, usando de sua prerrogativa, concedeu a "Graça Presidencial" ao seu filho já condenado em dois processos, por crimes diversos em tribunais diferentes. Duvido que a Suprema Corte daquele país anule a decisão do Presidente americano. Veja o teor abaixo:

Subvenção Executiva de Clemência Joseph R. Biden, Jr.

Presidente dos Estados Unidos da América

A todos a quem esta mensagem chega, Saudações:

Saiba que neste dia, eu, Joseph R. Biden Jr., Presidente dos Estados Unidos, de acordo com meus poderes nos termos do Artigo II, Seção 2, Cláusula 1, da Constituição, concedi a

ROBERT HUNTER BIDEN

Um perdão total e incondicional

Para crimes contra os Estados Unidos que você cometeu ou possa ter cometido ou dos quais participou durante o período de 1º de janeiro de 2014 a 1º de dezembro de 2024, incluindo, mas não se limitando a, todos os crimes acusados ​​ou processados ​​(incluindo aqueles que resultaram em condenações ) pelo Procurador Especial David C. Weiss no Processo No. 1:23-cr-00061-MN no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito de Delaware e Súmula nº 2:23-CR-00599-MCS-1 no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Central da Califórnia.

EM TESTEMUNHO DO QUE, assinei este documento e ordenei que o perdão fosse registrado no Departamento de Justiça.

Feito na cidade de Washington, no dia 1º de dezembro do ano de Nosso Senhor Dois Mil Vinte e Quatro e da Independência dos Estados Unidos Duzentos e Quarenta e Nove.

domingo, 1 de dezembro de 2024

"Zuruó"


Com o controle remoto da TV zapeando descompromissadamente em dia de ócio, ao passar por um determinado canal aberto ouvi uma palavra que há uns bons 50 anos eu não ouvia. Você sabe o que significa "zuruó"?

A palavra "zuruó" é um exemplo fascinante de como os regionalismos enriquecem a língua portuguesa. Seu uso tem se tornado raro e está mais associado a determinadas regiões, como o Nordeste.

Em Várzea Alegre nos anos 1960, o termo era amplamente reconhecido e utilizado para descrever uma pessoa que se encontra momentaneamente atordoada ou desnorteada. Alguém que acabou de acordar ainda grogue, com os pensamentos embaralhados e os movimentos meio desajeitados. É exatamente esse estado que o "zuruó" capturava com perfeição.

Embora a palavra não esteja em dicionários amplamente reconhecidos, carrega um forte valor cultural e histórico. Encerra consigo um mundo de memórias, afetos, narrativas e fragmento de um tempo que evoca uma profunda sensação de nostalgia.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

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Pausas e paixões


A vida é uma jornada repleta de desafios, aprendizado e reinvenções. Ao longo dela, todos nós experimentamos momentos de profundo crescimento, mas também de cansaço diante das realidades que nos cercam.

Desafio quaisquer estudantes — não aquele "quaisquer" do Artigo 53 da Constituição ("Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos") — que tenham sido graduados mais despreparados do que eu. Mas o Universo compensa nossas limitações, e tive a sorte de uma formação inicial que foi, de muitas formas, transformadora.

O curso primário no Educandário Santa Inez, com Dona Eliza Correia, em Várzea Alegre, me deu a base. O Ginásio e o Científico nos colégios Cearense Marista em Fortaleza e Diocesano do Crato cultivaram meu hábito pela leitura, introduzindo-me a um mundo de fantasia e conhecimento. Já a Escola de Engenharia da Universidade Federal do Ceará, embora não tenha feito de mim um bom engenheiro, ensinou-me a pensar. E pensar, como aprendi, é um exercício cartesiano: racional, analítico e dedutivo. Contudo, essa racionalidade também cobra seu preço, pois tentar entender a vida com lógica pode ser doloroso, como se estivéssemos sempre à procura de respostas que insistem em escapar.

Estamos vivendo um momento particularmente difícil da vida nacional. O Brasil encontra-se profundamente dividido, e essa polarização atinge todos os espaços — no trabalho, nas universidades, e até mesmo nas famílias. Diante desse cenário, tentei conter minhas opiniões, adotando uma postura analítica. Foi assim quando estive à beira da morte durante a COVID-19, e tem sido assim agora, enquanto observo, com inquietação, os rumos que a sociedade está tomando.

A racionalidade que tanto prezo, contudo, nem sempre oferece conforto. Ela nos força a questionar, a buscar entender o incompreensível. Em tempos de tanto desgaste emocional, surge a necessidade de buscar algo que traga paz e equilíbrio.

Por isso, decidi me permitir um período sabático, afastando-me, ao menos por um tempo, das discussões políticas. Minha saúde mental e meu equilíbrio emocional pedem por essa pausa. Quem sabe, nesse intervalo, eu possa redescobrir o prazer em coisas simples, como acompanhar a trajetória do Fluminense no seu desafio de permanecer na Série A e a volta do Ceará à elite do futebol brasileiro. São momentos que podem parecer triviais, mas carregam o poder de nos reconectar com o que há de leve e genuíno na vida.

A pausa não significa abdicar da inquietação que me move, mas sim encontrar um novo ritmo para vivê-la. Afinal, como disse o poeta, não podemos simplesmente nos sentar "com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar". Devemos buscar, em meio à confusão, aquilo que nos dá sentido e nos lembra que, mesmo na racionalidade, há espaço para o descanso e esperança.

terça-feira, 26 de novembro de 2024

"Há algo no ar além dos aviões de carreira"


A frase "Há algo no ar além dos aviões de carreira" é atribuída ao jornalista e radialista brasileiro Apparício Torelly, conhecido como Barão de Itararé. Ele foi uma figura marcante do humor e do jornalismo satírico no Brasil, famoso por suas frases espirituosas e críticas sociais bem-humoradas.

Essa frase, em particular, foi usada como uma forma de comentar situações políticas e sociais do Brasil, sugerindo que havia algo suspeito ou oculto acontecendo.

Nos últimos dias, os maiores veículos de comunicação do Ocidente têm destacado reportagens sobre o Brasil, colocando a Suprema Corte, o governo Lula e até a política interna e externa do país sob os holofotes. O The New York Times, o maior jornal do planeta, publicou uma matéria de página inteira intitulada "Corruption Crackdown Is Unraveling in Brazil" (A repressão à corrupção está se desfazendo no Brasil), assinada pelos jornalistas Jack Nicas e Ana Ianova. A mesma matéria foi traduzida e publicada na versão em espanhol do jornal como "Una de las mayores investigaciones contra la corrupción en América Latina se desmorona", e republicada em outros veículos como o San Juan Daily Star, em Porto Rico.

Outro gigante da imprensa americana, o The Wall Street Journal, seguiu o mesmo tom crítico em seu artigo "Brazil and Latin America's Decline" (O declínio do Brasil e da América Latina). A matéria aponta diretamente para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando: "Suas políticas, estrangeiras e domésticas, desde que assumiu o cargo em janeiro de 2023, correm o risco de levar seu país a um buraco cada vez mais profundo." O artigo questiona a condução política do atual governo e alega que tanto a democracia quanto a política econômica sólida estão em declínio no Brasil, influenciando negativamente o restante da América Latina.

O Financial Times, jornal inglês respeitado mundialmente, publicou uma reportagem sobre uma possível interferência do governo americano nas eleições presidenciais brasileiras de 2022. A matéria destaca uma declaração do ex-embaixador dos EUA, Thomas Shannon, que revelou ao jornal ter mantido conversas reservadas com o então vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, durante um encontro em Nova York, sobre a aceitação dos resultados eleitorais decretados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A suspeita levantada pela reportagem é de que, após esse encontro, Mourão teria atuado para influenciar militares e civis a evitar contestações ao processo eleitoral.

Essa avalanche de reportagens gera uma pergunta inevitável: por que agora? Por que as maiores democracias ocidentais demonstram tanto interesse repentino pelo Brasil, sua política interna e sua economia?

O Brasil não é apenas a maior economia da América Latina, mas também um ator crucial em blocos como o BRICS, que tem ganhado destaque global com movimentos como a inclusão de novos membros e esforços para promover moedas alternativas ao dólar.

Além disso, a Operação Lava Jato, que já foi a maior investigação anticorrupção da história recente da América Latina, está sendo desmantelada sob críticas de politização e abuso de poder. Decisões da Suprema Corte, como as anulações de condenações e a invalidação de provas, têm gerado questionamentos sobre a eficácia do combate à corrupção no Brasil. Isso atrai a atenção internacional, especialmente porque tais investigações expuseram redes de corrupção envolvendo multinacionais e políticos de vários países.

A atenção da mídia ocidental também pode ser lida como um alerta para investidores e democracias aliadas. O Brasil, sendo uma potência emergente, desempenha um papel central em acordos comerciais, ambientais e políticos. A instabilidade percebida em sua condução interna e em suas instituições pode refletir negativamente em sua reputação global e em sua capacidade de atrair investimentos estrangeiros.

Independentemente da motivação, o fato é que o Brasil está sob os holofotes de uma forma que não se via desde o auge da Operação Lava Jato. "Há algo no ar além dos aviões de carreira".

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Rumo à Lardanha


O IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, é uma Fundação pública federal, vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. O IPEA, segundo sua própria definição, é o Instituto que pesquisa e planeja o futuro do país.

Em pesquisa realizada em 2013, o Instituto concluiu que se o Nordeste fosse um país seria a 9.ª nação mais feliz do mundo e que nesse virtual país, Várzea Alegre seria a unidade mais feliz entre todos os seus municípios. "Uma concentração de gente contagiada pelo vírus da felicidade" (https://www.youtube.com/watch?v=908TQy5P0Q0).

Nesse município cearense, privilegiado por rica tradição cultural, senso comunitário e uma vida social marcante, viveu um cidadão que se chamava Antônio Valério da Silva, mais conhecido como Valeriano. Como descrito no Blog do Sanharol (https://blogdosanharol.blogspot.com/), era uma "figura engraçada, conversador... trabalhador, mas que sofria em alguns momentos de sua vida, transtornos mentais, período no qual Valeriano narrava uma história imaginária de uma viagem à Lardanha".

O nosso personagem dizia-se nascido nessa utópica cidade e quando perguntado onde ficava a Lardanha, ele respondia: é longe, muito longe. Para chegar lá, só na ida gastar-se-ia uma carreta carregada com 12 dúzias de pneus a serem trocados ao longo da viagem, secaria 10 postos de gasolina, sendo necessária a troca de um milhão de baterias. O motorista, por sua vez, gastaria na viagem 20 pares de sapatos. Estabelecida a distância, o nosso Valeriano viajava na imaginação, contando maravilhas da sua cidade natal, a Lardanha. Ali todos eram felizes e era farto o manjar do céu, o que quer que isso significasse.

Tenho lido, visto e ouvido notícias recentes as mais diversas na grande mídia brasileira. São trechos de relatórios vazados de difícil credulidade. Estou definitivamente convencido que meu conterrâneo Valeriano fez escola, não pela imaginação doentia, mas pela criatividade.

"Pra não dizer que não falei das flores": o Ceará pontifica como grande exportador de flores e plantas ornamentais, cultivadas principalmente nos municípios de São Benedito, Paracuru e Maranguape.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Francisco Wanderley X Adélio Bispo


Vozes oriundas do Planalto e do STF, apressam-se em conectar o tresloucado ato de Francisco Wanderley Luiz aos lamentáveis episódios do 8 de janeiro. Um outro grupo estabelece uma comparação entre Wanderley e Adélio Bispo. As tentativas de comparar Francisco Wanderley a Adélio Bispo ou conectá-lo aos eventos de 8 de janeiro carecem de fundamentos sólidos. Enquanto Adélio operou de forma claramente premeditada e possivelmente com apoio, Wanderley apresenta características mais associadas a um ato isolado e impulsivo, possivelmente agravado por questões de saúde mental. A única semelhança plausível entre os dois é o vínculo com partidos políticos, que, por si só, não é suficiente para justificar comparações ou narrativas políticas abrangentes.

As ações de Wanderley parecem ser fruto de uma desordem individual, possivelmente agravada por questões de saúde mental. Apesar de vinculado a um partido político, há poucos indícios de coordenação ou motivação ideológica consistente, mesmo a teoria da "influência ideológica de matilha", o que quer que isso signifique. O atentado de Adélio Bispo foi claramente premeditado e ocorreu com intenções direcionadas contra uma figura central do debate político. A motivação foi diretamente relacionada ao discurso e à figura do então candidato Jair Bolsonaro.

Em relação ao atentado de Brasília, não há evidências de planejamento sofisticado. Sua tentativa foi frustrada antes de qualquer efeito prático, sugerindo falta de coordenação e habilidade, enquanto o episódio de Juiz de Fora demonstrou planejamento detalhado, incluindo a criação de um álibi (registro de entrada na Câmara Federal) e a escolha de uma oportunidade estratégica para atacar o candidato em um evento público.

Não há registro de suporte logístico ou jurídico caso o responsável pelo atentado recente restasse vivo, o que reforça a hipótese de um "lobo solitário", enquanto que Adélio recebeu assistência jurídica de alto nível imediatamente após ser detido, indicando a existência de uma rede de apoio ou financiamento que desafia a narrativa de que teria agido sozinho.

A tentativa de conectar seu ato aos eventos do 8 de janeiro parece forçada. Insana mesmo! Enquanto a baderna promovida por grupos descoordenados com motivações ideológicas, Wanderley não apresenta sinais de ligação com esses grupos, sugerem apenas a possibilidade de distúrbios mentais significativos, o que moldaria sua ação como isolada e menos racional.

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Uma ajudinha para Haddad


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrenta uma tarefa desafiadora para equilibrar as contas públicas e implementar o corte de gastos necessário ao ajuste fiscal que o país tanto precisa. Essa medida é fundamental para garantir uma economia estável e sustentável, mas tem encontrado resistência e obstáculos significativos inclusive e principalmente do seu próprio Partido, o PT. A situação exige alternativas de arrecadação e cortes em áreas onde o impacto seja menor no cotidiano dos cidadãos. Para colaborar com essa empreitada, sugerimos setores e recursos que poderiam contribuir para atingir o ajuste fiscal desejado.

Um ponto a ser revisitado está na Lei Rouanet, que atualmente autoriza uma captação de até R$ 16,5 bilhões para projetos culturais. Embora seja importante para o incentivo cultural, esse valor poderia ser revisto de modo a garantir mais recursos para o orçamento geral. Somado a isso, decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), como as assinadas pelo ministro Dias Toffoli, suspenderam multas consideráveis para grandes conglomerados, como o Grupo J&F, no valor de R$ 10,3 bilhões, e a Novonor (antiga Odebrecht), com uma suspensão de R$ 8,5 bilhões. Apenas essas ações já representam um impacto de mais de R$ 35 bilhões que deixaram de entrar nos cofres públicos.

Outro segmento que poderia colaborar para a meta de corte fiscal são os subsídios concedidos a diversos setores da economia. Em 2023, esses subsídios somaram aproximadamente R$ 647 bilhões, ou 5,96% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, sendo compostos por subsídios tributários, creditícios e financeiros. Pequenos ajustes em algumas dessas áreas, sem prejudicar setores essenciais, poderiam ajudar a aliviar o orçamento e contribuir para o reequilíbrio das contas públicas. Com uma análise detalhada, seria possível reverter parte desse valor para o ajuste fiscal.

Finalmente, é importante considerar uma revisão de gastos previdenciários, com foco particular em setores onde existe um potencial de colaboração maior, como as aposentadorias militares, que historicamente têm apresentado altos custos aos cofres públicos. Outro segmento que pode ser avaliado são os R$ 53 bilhões das emendas parlamentares, o que representa um aumento em torno de 50% em relação aos R$ 36 bilhões de 2022. Com a soma desses esforços e ajustes bem planejados, o ministro Haddad poderia encontrar o valor que o país clama para dar o primeiro passo rumo ao ajuste fiscal, sem comprometer setores vitais, e, quem sabe, até conseguir um excedente.

Voilá, Ministro! Estamos solidários com sua penúria.

domingo, 10 de novembro de 2024

Apelidos Engraçados


Encontrei na Internet uma lista de apelidos engraçados, mas não consigo identificar os "donos". Se você sabe quem são ou conhece mais alguns engraçados, sinta-se livre para usar os comentários.

“Manja Rola”
“Suplente de Janja”
“Pão com Banha”
“Gordola”
“Ministra do Buraco Negro”
“Marmita de Cadeia”
“Office Boy da Dilma”
“Careca de Hospício”
“Ventríloqua de Moraes“
"Taradão da Esplanada”
"Flanelinha do Hamas"
"Chico Anísio da Transilvânia"

Trump 2: O que Esperar do Novo Mandato


Com a equipe de transição de Donald Trump se preparando para reassumir o controle da Casa Branca, os americanos podem esperar mudanças políticas profundas em áreas fundamentais. Este novo mandato deve marcar uma continuidade de suas políticas conservadoras, mas com uma ênfase ainda maior em temas econômicos e de soberania nacional. O foco de Trump, segundo suas declarações e promessas de campanha, será uma reforma abrangente que impactará a economia, a política externa, a imigração, a tributação e o sistema de assistência médica, com o objetivo de transformar a estrutura política dos Estados Unidos em alinhamento com sua visão de desenvolvimento econômico e segurança nacional.

Na economia, Trump pretende implementar cortes de impostos adicionais para incentivar o crescimento empresarial e estimular a geração de empregos. A produção doméstica de energia será uma prioridade, com a meta de tornar os Estados Unidos mais autossuficientes e menos dependentes de fornecedores externos. A retomada de projetos de energia, incluindo petróleo, gás e carvão, é vista como essencial para fortalecer a economia e consolidar a independência energética. Com a promessa de revitalizar indústrias que haviam sido regulamentadas em mandatos anteriores, Trump acredita que essa estratégia ajudará a criar uma base econômica sólida e resistente.

Outro pilar da política de Trump será a desregulamentação. Ele planeja reduzir o tamanho do aparato burocrático, eliminando regras que considera obstáculos ao crescimento econômico. Essa agenda de desregulamentação foi um dos pontos centrais de seu primeiro mandato e deve ser intensificada, com o objetivo de proporcionar mais liberdade para empresas e empreendedores. Ao derrubar regulamentos considerados desnecessários, Trump acredita que será possível acelerar a recuperação econômica e tornar o ambiente de negócios mais favorável, atraindo investimentos e aumentando a competitividade dos Estados Unidos no mercado global.

No campo da política externa e da imigração, Trump deve retomar uma postura firme, com o objetivo de fortalecer a segurança das fronteiras e proteger os interesses americanos. A reforma da imigração será um dos principais temas, com a intenção de implementar políticas mais rígidas para controle de fronteiras e deportação de imigrantes ilegais. Ao mesmo tempo, ele buscará estreitar laços com parceiros estratégicos e adotar uma postura de confronto em relação a nações que considera ameaças. Esse enfoque visa projetar os Estados Unidos como uma potência que prioriza a segurança interna e protege os interesses de seus cidadãos no cenário internacional.

As especulações aqui descritas são uma consolidação de ações do seu primeiro governo, do pensamento republicano e principalmente do que ele "vendeu" durante a campanha. São mais que promessas, são compromissos com o povo americano que lhe concedeu a maior vitória de um candidato do seu Partido desde 1988.

"Ajuste de percurso"


O "ajuste de percurso" ocorre frequentemente quando pessoas e instituições mudam suas ideias e posicionamentos, muitas vezes motivadas por conveniência ou interesse em agradar a quem está no poder. Sob determinadas circunstâncias, o pragmatismo pode prevalecer sobre a coerência, e o que antes era visto como um princípio inabalável é ajustado para alinhar-se ao novo cenário. Esse tipo de mudança, embora comum, levanta questões sobre autenticidade e ética, pois não se trata apenas de adaptação, mas de uma adaptação estratégica que visa benefícios específicos.

Em contextos de transição política ou mudanças de liderança, é comum observar o fenômeno de pessoas e organizações ajustando rapidamente suas posturas para agradar aos novos poderosos. Essa flexibilidade, por vezes chamada de oportunismo, revela um instinto de autopreservação que pode ser vantajoso no curto prazo, mas arrisca a integridade de longo prazo. Ao moldarem suas opiniões e práticas para se ajustarem às novas expectativas, essas pessoas e instituições buscam proteger seus interesses e assegurar a continuidade de privilégios ou apoios.

Para algumas instituições, o ajuste de percurso também pode ser uma forma de manter relevância e influência em um ambiente onde as prioridades mudam com frequência. Elas podem, por exemplo, reformular suas políticas internas, sua comunicação e até mesmo seus valores declarados para parecerem alinhadas aos desejos de quem detém o poder. No entanto, essa prática pode corroer a confiança do público, que começa a ver essas mudanças como tentativas de manipulação ou como uma falta de compromisso com valores autênticos e duradouros.

No Brasil, estamos observando os primeiros sinais de um movimento de adaptação da mídia tradicional aos novos tempos, embora ainda de maneira tímida. Esse ajuste pode ser visto em uma mudança sutil no tom e nas abordagens de temas políticos, sugerindo uma tentativa de alinhamento com as transformações no cenário internacional. Para muitos, essa adaptação pode parecer natural, mas o momento em que ocorre levanta questionamentos sobre a motivação por trás dessas mudanças, especialmente após o resultado das eleições americanas, que indicam uma possível nova postura em relação ao Brasil.

A malta, a plebe rude e ignara no entanto define esses movimentos de forma simplória e com apenas uma frase: "Quem tem C* tem medo".

sábado, 9 de novembro de 2024

“Com o cu na mão”


A expressão inglesa "scared shitless" é bastante vulgar e denota um estado de medo extremo, uma situação em que o indivíduo está tão apavorado que perde totalmente o controle emocional. A tradução literal seria “assustado até a merda”, o que transmite bem a intensidade do pavor ou choque vivido pela pessoa. No mesmo contexto, a expressão "shit a brick" também é usada em inglês para descrever um momento de medo ou choque intenso. A tradução literal seria “cagar um tijolo”, expressão que, assim como “scared shitless”, é usada em um tom coloquial e de impacto.

Em português, a expressão que mais se aproxima do efeito emocional dessas gírias inglesas é "com o cu na mão". Esta expressão popular e informal é utilizada quando alguém está em um estado de extremo medo, preocupação ou nervosismo. Muitas vezes, é aplicada em contextos onde a pessoa cometeu um erro ou se encontra em uma situação onde corre o risco de ser descoberta ou prejudicada. Por isso, quem está “com o cu na mão” não só está assustado, mas também experimenta um misto de pavor e apreensão, temendo consequências negativas.

A expressão “com o cu na mão” é amplamente difundida no português informal e traz consigo o mesmo nível de impacto das expressões inglesas mencionadas, embora deva ser evitada em ambientes formais devido ao seu tom vulgar. Em contextos coloquiais, porém, ela comunica com precisão o estado de tensão, aflição e desespero de quem está em uma situação complicada. De fato, essa expressão não é usada para descrever um medo leve ou uma preocupação comum, mas sim uma situação onde a pessoa sente que perdeu o controle e teme fortemente pelo que está por vir.

Assim, tanto as expressões inglesas “scared shitless” e “shit a brick” quanto a expressão portuguesa “com o cu na mão” capturam uma sensação de medo paralisante e extremo. Esse tipo de linguagem revela como o humor e a emoção estão intrinsecamente ligados ao uso de gírias populares, que não se limitam a descrever o medo, mas também adicionam uma camada de exagero para intensificar o efeito. Em cada idioma, essas expressões são vívidas e diretas, proporcionando uma descrição crua e bem-humorada de um estado emocional profundamente desconfortável.

Imagino que figuras preeminentes da República estão "com o cu na mão" depois da eleição de Donald Trump - o Laranjão - como Presidente dos Estados Unidos. Só um palpite!

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

A Definição de Rumo nos Estados Unidos


A eleição de 2024 nos Estados Unidos marcou uma mudança decisiva na direção que a sociedade americana escolheu seguir. Donald Trump foi eleito com uma maioria clara e expressiva, obtendo mais de 4 milhões de votos populares de vantagem e garantindo 312 votos no Colégio Eleitoral — um número bem acima dos 270 votos necessários para assegurar a vitória. Essa conquista também foi refletida na composição do Congresso, onde o Partido Republicano conquistou o controle tanto do Senado quanto da Câmara dos Representantes. Com essa estrutura, Trump tem agora todas as condições para implementar seu plano de governo com tranquilidade e sem obstáculos significativos.

A vitória expressiva de Trump foi construída em torno de uma campanha marcada por posições claras e promessas que, embora polêmicas, encontraram eco na maioria esmagadora do eleitorado americano. A presença republicana dominante no Senado e na Câmara dos Representantes oferece ao presidente eleito uma base de apoio sólida e consistente para aprovar e promover suas políticas. Essa maioria republicana no Legislativo é estratégica para Trump, pois, além de facilitar a aprovação de leis e reformas, permite-lhe operar com uma margem de segurança ampla, sabendo que seus projetos encontrarão acolhida.

Se, eventualmente, qualquer questão política, legislativa ou social for judicializada e levada à Suprema Corte, Trump também conta com uma vantagem substancial ali. Os conservadores têm 6 dos 9 votos dos ministros da Corte, incluindo 3 indicados pelo próprio Trump em seu primeiro mandato. Essa configuração coloca o presidente eleito em uma posição sem precedentes para a implementação de suas pautas, uma vez que decisões judiciais críticas — que poderiam barrar ou limitar seu governo — tendem a seguir um alinhamento ideológico próximo ao seu. Esse respaldo na Suprema Corte reforça ainda mais a estabilidade e a capacidade de execução do plano de governo que Trump apresentou ao país.

Com o Executivo, o Legislativo e o Judiciário alinhados com as propostas conservadoras, Donald Trump está agora absolutamente à vontade para governar com segurança e coerência em relação às suas promessas de campanha. A América, sob seu mandato, deverá seguir um caminho de políticas rígidas em áreas como imigração, segurança nacional, e uma postura assertiva em questões de política externa, pontos que foram reiteradamente reforçados ao longo de sua campanha.

A sociedade americana, ao conceder a Trump essa ampla margem de vitória e ao fortalecer o Partido Republicano no Congresso, sinalizou sua preferência por um governo que promete recuperar valores conservadores, promover o crescimento econômico e adotar medidas rigorosas em temas de grande impacto social. Esse alinhamento de poder possibilita a execução de um programa de governo coeso, onde as prioridades estabelecidas ao longo da campanha têm grandes chances de se traduzirem em políticas concretas e duradouras.

Assim, os próximos quatro anos nos Estados Unidos devem marcar um período de governança segura para Trump e de um fortalecimento do conservadorismo na estrutura política americana. Essa nova fase, com amplo apoio institucional e uma base consolidada, define com clareza o rumo que o país deverá seguir até o final de seu mandato.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Mudar ou morrer!

"Mas se você perde o Senado, a Câmara, o colégio eleitoral E o voto popular, e você acha que a lição é que metade do país é racista, sexista, homofóbica, transfóbica e estúpida… lição errada." —< Sean Johnson, professor da Kellogg School of Management.

A esquerda brasileira tem os melhores quadros pensantes do país. É raro, raríssimo mesmo, um intelectual contemporâneo que não cultive o hábito, não se curve ao cacoete de achar que só há solução na saída à esquerda. É assim que continuam cultuando a sociedade igualitária cubana, escondendo o fato que a igualdade é feita pela miséria e a única concessão que fazem para reconhecer o fracasso da ilha é acusar o "imperialismo americano".

A inteligência nacional esquerdista há de repensar seu discurso. O atual, caducou. Não à-toa levaram uma tremenda surra na eleição municipal recente. O discurso contra a “extrema-direita” e a “ameaça à democracia”, a acusação indiscriminada de fascistas, nazistas, racistas, homofóbicos, misóginos e defensores de ditaduras, a todos que não pensam igual, está desmoralizada. Desmoralizada e falida, até porque quem defende as mais sangrentas e fechadas ditaduras do planeta são eles. Haja vista a recente assinatura pelo PT, o mais legítimo representante da esquerda brasileira, de resolução do Foro de São Paulo que reconhece a vitória de Maduro na Venezuela. Ora, nenhuma eleição em qualquer parte do mundo foi tão despudoradamente fraudada quanto essa última do ditador venezuelano.

O mundo parece estar dando uma guinada à direita. Independente do controle da mídia ao nível mundial e no Brasil principalmente, a despeito de financiamentos por milionários e organismos estrangeiros a ONGs e "influencers", o cidadão parece ter cansado desse movimento identificado como "woke". Esse ativismo exagerado de cultura da censura e punição, a política de superproteção identitária, os porta-vozes do apocalipse causado pelo aquecimento global e mais um sem número de bandeiras, esquecem que o indivíduo está muito mais preocupado em "botar comida na mesa", alimentar sua família nuclear.

Mudar ou morrer! Ou esse segmento político renova seu discurso ou está fadado ao desaparecimento.

Trump "fez barba, cabelo e bigode"


Donald Trump, ainda que sem a oficialização final, é amplamente reconhecido como o novo Presidente dos Estados Unidos, consagrando-se com uma vitória significativa que alcançou mais de 5 milhões de votos de vantagem no voto popular. Mas não é só isso: o Partido Republicano agora detém o controle do Senado Federal e provavelmente assegurará a maioria também na House of Representatives (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil). Esse resultado configura uma verdadeira reviravolta no cenário político americano, ampliando o domínio republicano sobre o Legislativo e potencializando a força de Trump para implementar as suas bandeiras centrais.

Em seu discurso da madrugada, Trump abordou os temas que nortearam sua campanha e agradeceu aos eleitores, destacando sua mensagem de esperança e unidade. "É hora de deixar para trás as divisões dos últimos quatro anos. É hora de nos unirmos", declarou Trump, marcando o início de sua fala com um chamado ao diálogo e à reconstrução de uma identidade nacional sólida e coesa. Ele prometeu liderar o país rumo a uma "era dourada", sinalizando um compromisso com o crescimento econômico e a estabilidade. Esse período, segundo o novo presidente, será marcado pela retomada da prosperidade, incentivando um ambiente de confiança para empresas e cidadãos, e buscando sanar os desafios econômicos da última gestão.

Trump reafirmou uma de suas bandeiras mais polêmicas, a implementação de políticas de imigração mais rigorosas, incluindo a deportação em massa de imigrantes ilegais. Para ele, a questão da imigração é crucial para a segurança nacional e deve ser abordada com firmeza. Essa promessa, que ecoou com força entre seus eleitores, representa a continuidade de sua postura contra o que considera uma ameaça ao bem-estar e à segurança dos americanos, buscando o fechamento das fronteiras e abortar a imigração descontrolada.

No campo da política externa, Trump aproveitou para criticar a administração Biden, apontando o que vê como uma gestão fraca nos conflitos internacionais. Ele se comprometeu a adotar uma postura mais assertiva para defender os interesses dos Estados Unidos no exterior. Esse direcionamento sugere uma retomada de sua linha dura em temas como relações comerciais e conflitos estratégicos, priorizando uma atuação global que reforce a posição de liderança americana e proteja as vantagens nacionais em um cenário geopolítico cada vez mais competitivo.

Com o controle do Senado e possivelmente da House of Representatives, o Partido Republicano fortalece suas bases e amplia seu alcance em políticas de longo prazo. Essa maioria no Congresso permite que Trump conte com uma base aliada robusta, facilitando a implementação de sua agenda sem grandes embates legislativos. Essa configuração, raramente vista, coloca os republicanos em uma posição única para conduzir mudanças substanciais, tanto em políticas internas quanto na postura do país frente a questões globais.

Com sua vitória, Trump propõe não apenas dar continuidade a muitas de suas políticas anteriores, mas também a construção de uma nova etapa para os Estados Unidos. Seu discurso, que trouxe otimismo para seus apoiadores e promete uma gestão focada em segurança e prosperidade, estabelece as bases de um novo período de liderança republicana, com uma ênfase em superar divisões internas e projetar força, estabilidade e segurança para os próximos anos.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Trump vai vencer a eleição!

O gráfico acima, extraído hoje (04/11/2024) do website de apostas polymarket.com define bem os dois principais momentos da campanha democrata: a renúncia da candidatura do Presidente Joe Biden em 21 de julho e a confirmação da candidatura da Vice-Presidente Kamala Harris em 23 de agosto.

Dizer que Donald Trump "vai ganhar" é uma temeridade diante de um cenário de empate técnico, onde as pesquisas de intenção de voto para as eleições americanas de 2024 mostram uma disputa acirrada entre Trump e Kamala Harris. Mas, em tempos de incertezas e volatilidade, prefiro ser direto e preciso mesmo ao custo de estar errado, a ter que adotar um tom hesitante e politicamente correto.

Historicamente, a vitória no voto popular tem sido um desafio para os republicanos, já que os democratas venceram essa medida em sete eleições consecutivas. No entanto, apenas o colégio eleitoral define o presidente dos Estados Unidos, e, nesse sistema, os republicanos têm uma vantagem estrutural em estados estratégicos. Um dos estados que se mostra decisivo para 2024 é a Pensilvânia, com seus 19 votos eleitorais. Em 2016, Trump conseguiu virá-la para o lado republicano, rompendo a tradicional “Muralha Azul” Democrata. Já em 2020, os democratas recuperaram o estado com a ajuda do então candidato Joe Biden, nascido em Scranton, Pensilvânia. Biden conquistou o estado como um “filho nativo”, mas Kamala Harris, desta vez, não conseguiu repetir a estratégia, deixando de lado a oportunidade de fortalecer sua campanha com o popular governador do estado, Josh Shapiro, como seu companheiro de chapa, um erro que pode lhe custar a eleição.

Trump e sua equipe parecem ter percebido as reais preocupações de uma parte significativa dos eleitores americanos, e suas propostas, mesmo que polêmicas, têm ressonado com esses eleitores. Uma de suas promessas mais ousadas e concretas é a deportação em massa de imigrantes ilegais — uma medida que, para muitos americanos, soa não apenas como uma prioridade, mas também como uma solução plausível para um problema percebido como urgente. Apesar de controversa, essa promessa atrai eleitores que veem a imigração como uma ameaça ao seu modo de vida e acreditam que o atual governo democrata é responsável pelo problema e subestima a gravidade deste.

Por outro lado, Kamala Harris tem lutado para captar essas preocupações em sua plataforma. Faltou à sua campanha uma mensagem direta sobre como pretende lidar com o desafio da imigração, o que tem deixado uma lacuna que Trump preenche com promessas duras e soluções aparentemente simples. Essa diferença entre os candidatos vai além da imigração e revela o foco de cada campanha. Harris poderia ter optado por apresentar um plano mais robusto para questões centrais ao eleitorado, mas priorizou o combate ao seu oponente, deixando espaço para que Trump se comunicasse diretamente com eleitores indecisos.

Dois fatores inusitados têm influenciado a opinião pública em favor de Trump. O primeiro é o impacto inesperado do escândalo envolvendo P. Diddy. O artista, que era apoiador de Kamala Harris, viu sua popularidade desmoronar em um escândalo que desviou os holofotes dos astros de Hollywood, neutralizando o apoio das celebridades à campanha democrata.

O segundo fator é ainda mais peculiar: a morte do esquilo Peanut, que contava com mais de 800 mil seguidores nas redes sociais. Peanut foi sacrificado por agentes do “Ibama” de Nova York, estado sob controle dos democratas, o que levantou suspeitas de perseguição política ao seu tutor, um declarado eleitor republicano. A repercussão foi imediata, e Peanut acabou se tornando um símbolo inesperado da campanha de Trump. A indignação pública com a morte do esquilo criou um ponto de conexão emocional com a campanha republicana, tornando-o um símbolo de resistência contra o que foi interpretado como um abuso de poder pelos democratas.

Trump tem aproveitado o impacto desses elementos para consolidar sua campanha. Seu discurso, com uma mensagem focada e direta, ressoa com os eleitores que buscam respostas para problemas palpáveis e que valorizam um tom de segurança e ação. A Pensilvânia, em particular, surge como um dos estados decisivos, onde uma vitória pode definir o próximo presidente dos Estados Unidos. Com o histórico de estados como a Pensilvânia que alternam entre azul e vermelho, e o foco em temas que importam a esses eleitores, Trump tem uma chance sólida de vitória, mesmo que o cenário continue tecnicamente indefinido.

Esses fatores ajudam a compor a imagem de uma campanha republicana bem alinhada às prioridades e preocupações do eleitorado, enquanto a campanha democrata segue sem uma abordagem clara e contundente sobre temas que mobilizam os indecisos.

domingo, 3 de novembro de 2024

Como se constrói uma pirâmide


Para estruturar a evolução das investigações sobre práticas de corrupção no Judiciário brasileiro, podemos organizar os eventos na forma de uma pirâmide. Essa estrutura mostra como as investigações começaram de maneira localizada e foram evoluindo, revelando camadas mais profundas e complexas de envolvimento de figuras e instituições de alta importância. Senão vejamos:

1. Numa parceria entre a Polícia Federal (PF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal do Brasil (RFB) a partir de denúncias, foi deflagrada em 2015 a Operação Lama Asfáltica. Segundo o MPF, a investigação revelou uma série de graves crimes reiteradamente praticados contra a Administração Pública, federal e estadual, e a probidade administrativa, como desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e superfaturamento de obras em Mato Grosso do Sul. A operação descobriu esquema de corrupção envolvendo figuras do setor público estadual.

2. A partir dessa descoberta, a Operação é transferida para o STJ, que de posse de Interceptações telefônicas que sugerem envolvimento de conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, autoriza instaurar inquérito para investigar aquelas autoridades, com base em indícios obtidos nas interceptações.

3. Instaurada a Operação Mineração de Ouro em 2021, a PF cumpre 20 mandados de busca e apreensão em várias cidades e amplia o foco da investigação, que envolveria a venda de decisões judiciais, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e contratação de funcionários fantasmas. A partir de documentos obtidos com os mandados de busca e apreensão, surgem indícios de que desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) também estariam envolvidos no esquema.

4. Em outubro último, é lançada a Operação Ultima Ratio, um aprofundamento das anteriores e resultou no afastamento de cinco desembargadores do TJMS. Milhares de mensagens de texto e áudios encontrados no celular de Roberto Zampieri, advogado assassinado em Cuiabá, indicam a venda de decisões judiciais em várias instâncias. São emitidos 44 novos mandados de busca e apreensão em diversas cidades e novos alvos, incluindo lobistas e advogados.

5. Topo da Pirâmide: Implicação de Ministros do STJ e Citação de Ministro do STF. Mensagens encontradas sugerem a participação de quatro ministros do STJ na venda de sentenças, conforme material apreendido no celular do advogado Zampieri. Um integrante do esquema mencionou proximidade com um ministro do STF. O nome do ministro é mantido sob sigilo, mas essa referência amplia a complexidade e gravidade das investigações. Se confirmado, o caso atinge frontalmente o Supremo Tribunal Federal e revela a profundidade das suspeitas de corrupção em várias camadas do Judiciário.

Esta pirâmide demonstra a progressão que se inicia com uma investigação pontual de corrupção ao nível estadual e gradualmente envolve figuras de maior importância, culminando em suspeitas que tocam as mais altas esferas do Judiciário brasileiro.

Eu não creio no envolvimento de Ministro da Suprema Corte, afinal a Constituição Cidadã reza no seu Art. 101. "O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada." Ninguém com reputação ilibada envolver-se-ia em qualquer tipo de crime, especialmente com a gravidade dos ora investigados pela Polícia Federal.

No dizer do ex-Ministro do STF, Joaquim Barbosa, "Puxa-se uma pena e vem uma galinha inteira" (referia-se à Lava Jato) e o atual Decano da Corte, Ministro Gilmar Mendes, elaborou em torno do mesmo assunto, dizendo: "já se falou que se puxa uma pena e vem uma galinha inteira, talvez um avestruz”. As observações de Suas Excelências caem como uma luva no momento atual. Deus salve o Brasil!

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Queimando livros

“Você não precisa queimar livros para destruir uma cultura. Basta fazer com que as pessoas parem de ler.” — Ray Bradbury

A prática de queima de livros é um fenômeno histórico que ocorreu em diversas culturas e períodos, geralmente com o objetivo de censura, controle ideológico ou eliminação de conhecimento.

Durante a Dinastia Qin na China antiga (213 a.C.), o imperador Qin Shi Huang ordenou a queima de livros e enterrou vivos muitos estudiosos confucionistas para centralizar o poder e suprimir ideias que iam contra seu governo.

Embora não seja uma queima de livros convencional, a destruição da Biblioteca de Alexandria no Egito representou uma perda significativa de conhecimento. Houve várias destruições parciais, uma das mais conhecidas ocorreu durante um incêndio em 47 a.C., quando Júlio César sitiou a cidade.

Durante o governo do imperador cristão Teodósio I no Império Romano (século IV), muitos textos pagãos foram queimados para promover o cristianismo e suprimir outras religiões e filosofias.

No auge da Inquisição Espanhola no século XV, muitos livros considerados heréticos, principalmente textos judaicos e islâmicos, foram destruídos para suprimir outras religiões.

Tanto católicos quanto protestantes queimaram livros uns dos outros, buscando eliminar obras que promoviam visões teológicas contrárias às suas doutrinas, mormente na Reforma Protestante e Contrarreforma nos séculos XVI e XVII.

Uma das queimas de livros mais conhecidas da história moderna ocorreu na Alemanha Nazista, quando, em 1933, o regime nazista queimou milhares de livros escritos por judeus, comunistas e outros autores considerados "indesejáveis". Esse evento foi parte do esforço de Adolf Hitler para criar uma cultura de pensamento único.

Durante a Revolução Cultural na China, de 1966 a 1976 liderada por Mao Tsé-Tung, livros considerados "burgueses" ou contrários ao regime comunista foram destruídos em um esforço para promover a ideologia socialista.

O regime Talibã, ao assumir o controle do Afeganistão na década de 1990, destruiu livros e obras de arte que consideravam anti-islâmicas, numa tentativa de impor sua visão religiosa rígida.

Esses episódios históricos demonstram como a queima de livros foi frequentemente usada como uma ferramenta para o controle de informações, imposição ideológica e repressão cultural.

Em tempo: (Brasil 2024) O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou que quatro obras jurídicas com conteúdo discriminatório contra mulheres e população LGBTQIA+ sejam retiradas de circulação. Os autores deverão, ainda, pagar R$ 150 mil por danos morais coletivos.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Eleições Municipais de 2024 - II


A eleição municipal de 2024 no Brasil revelou um cenário político onde a esquerda sofreu uma derrota considerável, enquanto o centro consolidou-se como grande vencedor, e a direita também ampliou seu espaço, embora ainda fragmentada em múltiplas lideranças e partidos. A coalizão de partidos de centro, incluindo PSD, MDB e Progressistas, saiu amplamente fortalecida, com esses partidos somando quase 2.500 prefeituras e, o mais importante, assumindo a governança de aproximadamente 93 milhões de brasileiros. Esse número representa um poder de influência significativo, visto que muitas dessas prefeituras incluem municípios de médio e grande porte, onde a administração impacta diretamente a vida de milhões de cidadãos.

Entre os partidos de esquerda, o PSB foi o que obteve o maior número de prefeituras, com 305 administrações conquistadas. Mesmo assim, a diferença é expressiva em relação ao bloco de centro e direita, destacando o declínio da esquerda em número de prefeitos eleitos e abrangência geográfica. Outro aspecto notável foi a derrota de figuras icônicas da esquerda, como Guilherme Boulos e Maria do Rosário, que não conseguiram garantir uma vitória em seus municípios e enfrentaram resultados desapontadores. Esses reveses sugerem uma possível necessidade de reavaliação das estratégias políticas da esquerda em face de um eleitorado que, nesta eleição, preferiu optar por uma gestão mais voltada para o centro e, em alguns casos, pela direita.

Embora os partidos de direita continuem fragmentados, essa eleição registrou um crescimento de forças e lideranças nesse espectro político. Essa expansão reflete uma insatisfação com as propostas mais à esquerda e uma busca por alternativas alinhadas com uma postura conservadora e econômica mais liberal. Mesmo com a fragmentação entre diversas lideranças, a direita sai mais robusta, com um número ampliado de prefeituras e uma representatividade maior nas regiões onde já vinha consolidando bases. No confronto direto, o PL, Partido identificado com Jair Bolsonaro e legítimo representante da Direita conseguiu ganhar em 4 capitais e 516 Municípios no total, onde governará 25.900.804 brasileiros, enquanto o PT, o tradicional Partido de Esquerda do Presidente Lula venceu apenas em 252 Prefeituras (1 capital), governando 10.104.110 brasileiros.

Um ponto que chamou atenção foi a taxa de 81% de reeleição dos prefeitos que buscaram um novo mandato, um número que contrasta fortemente com a média histórica de aproximadamente 60%. Esse dado sugere uma mudança na percepção do eleitorado, que optou pela continuidade das gestões locais, talvez como uma resposta positiva às administrações recentes ou como uma preferência pela estabilidade em tempos de incerteza. Esse fenômeno pode indicar que os eleitores valorizam administrações que conseguiram se destacar em áreas críticas, como saúde, educação e infraestrutura, temas que se tornaram centrais na agenda pública devido aos desafios do contexto socioeconômico.

Esse cenário eleitoral marca uma mudança expressiva e ressalta uma possível predominância de políticas mais centristas e de direita no curto prazo, especialmente com a força consolidada do centro e uma esquerda em retração. A taxa elevada de reeleição sinaliza que a população tem, em grande parte, aprovado a gestão dos prefeitos e optado por continuidade em busca de estabilidade. Essa eleição municipal lança desafios e reflexões para todos os espectros, que precisarão considerar novas estratégias para dialogar com um eleitorado que, cada vez mais, demonstra preferências claras por gestões moderadas e, em muitos casos, conservadoras.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

O Caso dos Blindados e Munições do Brasil


A política externa do Brasil, tradicionalmente conhecida por sua independência e pragmatismo, está enfrentando desafios sérios sob a administração de Luiz Inácio Lula da Silva. A sujeição de decisões estratégicas às preferências ideológicas do presidente e de seus principais assessores têm afetado negativamente não apenas as relações diplomáticas, mas também a área de Defesa, conforme alertado pelo ministro da Defesa, José Múcio.

Em um recente evento na Confederação Nacional da Indústria, Múcio destacou como as Forças Armadas vêm sofrendo com o que ele descreve como "ranços ideológicos". Segundo o ministro, essas influências estão prejudicando investimentos necessários para modernizar e manter a capacidade operacional das forças de defesa do país. Apesar da autonomia e competência das Forças Armadas para realizar compras essenciais, decisões políticas e ideológicas vêm interferindo diretamente na execução dessas aquisições.

Um exemplo significativo dessa interferência é a tentativa de compra de 36 obuseiros, blindados equipados com canhões, pelo Exército Brasileiro. Após um rigoroso processo de licitação que envolveu empresas de 18 países, a vencedora foi uma companhia de Israel, um país reconhecido mundialmente por sua avançada tecnologia militar, amplamente usada pelas forças de segurança brasileiras.

Contudo, mesmo após a vitória da empresa israelense, a compra foi vetada. Múcio revelou que o bloqueio se deu por "questões ideológicas", uma decisão imposta por Celso Amorim, conselheiro próximo de Lula e conhecido por suas posições críticas a Israel. O Tribunal de Contas da União (TCU) também interveio, apontando que não havia embargos internacionais ou tratados que justificassem a rejeição à compra, mas o veto se manteve. A decisão foi vista como um reflexo da política externa atual, que parece priorizar alinhamentos ideológicos em detrimento de necessidades estratégicas e pragmáticas das Forças Armadas.

O impacto dessa ideologização também se estende ao campo das exportações militares. O ministro Múcio mencionou um caso recente em que o Brasil negociou a venda de munições para a Alemanha, um negócio que seria extremamente vantajoso para o país. No entanto, a transação foi barrada pelo governo brasileiro, sob a justificativa de que as munições poderiam ser repassadas para a Ucrânia, que atualmente está em conflito com a Rússia.

O governo justificou o veto afirmando que essa venda poderia comprometer as relações comerciais com a Rússia, especialmente no que diz respeito à importação de fertilizantes, essenciais para o agronegócio brasileiro. Essa decisão ilustra como o atual governo tem adotado uma posição de cautela em relação ao conflito na Ucrânia, mantendo uma neutralidade que, na prática, favorece os interesses da Rússia, mesmo que isso signifique sacrificar acordos comerciais vantajosos com outros países ocidentais.

As decisões em torno da compra de armamentos de Israel e a venda de munições à Alemanha destacam uma incoerência ideológica que prejudica a política externa e a defesa do Brasil. Enquanto Israel, um país que trava uma guerra de defesa contra forças hostis, é caracterizado como "agressor" e tem suas vendas de armamentos bloqueadas por "questões ideológicas", a Ucrânia, que é claramente a parte agredida no conflito com a Rússia, também é negligenciada. O Brasil, sob essa lógica, recusa-se tanto a comprar de Israel quanto a vender para a Ucrânia, o que levanta preocupações sobre o posicionamento do país no cenário internacional.

Ao mesmo tempo, o veto à venda de munições para a Alemanha parece estar mais alinhado a preocupações com a Rússia do que com qualquer princípio ético ou legal. A justificativa de que o material seria usado pela Ucrânia contra a Rússia mostra como o governo está tentando manter relações favoráveis com Moscou, mesmo em detrimento de acordos comerciais legítimos.

Essas decisões têm implicações graves para o Brasil. No campo da defesa, as Forças Armadas veem-se impedidas de adquirir equipamentos e tecnologias essenciais para garantir a segurança nacional. No cenário internacional, o Brasil corre o risco de ser visto como um parceiro volúvel e movido por motivações ideológicas, o que pode prejudicar futuros acordos comerciais e diplomáticos.

Além disso, o governo parece adotar uma política externa desconexa, em que o pragmatismo é substituído por alinhamentos políticos que nem sempre são claros ou coerentes. O impacto dessa postura é sentido tanto nas negociações comerciais quanto na capacidade de defesa do país, que está sendo minada por decisões baseadas mais em afinidades ideológicas do que em interesses estratégicos.

A política externa e de defesa do Brasil sob o governo Lula está cada vez mais marcada pela interferência ideológica. A rejeição à compra de blindados israelenses e o veto à venda de munições para a Alemanha são exemplos claros de como a ideologia está moldando decisões que deveriam ser baseadas no pragmatismo e na segurança nacional. Essas escolhas podem ter consequências de longo prazo para a posição do Brasil no cenário internacional, além de comprometer as necessidades essenciais de suas Forças Armadas.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Voto em Branco


O candidato Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo e concorrente no segundo turno das eleições, recentemente afirmou "No meu palanque não", rejeitando o apoio de Pablo Marçal, uma figura política "recem-descoberta", que tem base no eleitorado liberal/conservador. Sequer acenou com a possibilidade de incorporar algumas das propostas de Pablo Marçal. Essa postura pode ser interpretada como um sinal de soberba e arrogância, especialmente considerando o contexto eleitoral em que Nunes enfrenta Guilherme Boulos, um candidato de extrema esquerda que obteve pouco menos de meio por cento (0,41%) de votos do que ele no primeiro turno.

Além disso, a candidatura de Tabata Amaral, que alcançou cerca de 10% dos votos no primeiro turno, já declarou apoio a Boulos, o que reforça a posição deste último na corrida. Negar possíveis apoios neste momento crítico pode ser visto como uma estratégia arriscada para Nunes, que está atrás em termos de alianças importantes e não parece buscar expandir seu campo de apoio.

A atitude de Nunes, ao recusar possíveis alianças com setores conservadores representados por Marçal, pode ser lida como falta de visão estratégica. Na política, especialmente em momentos decisivos como o segundo turno, flexibilidade e pragmatismo são fundamentais para construir coalizões mais amplas. A rejeição pública de apoios, sem levar em consideração o cenário maior, pode alienar ainda mais eleitores, enquanto seu adversário, Boulos, ganha força ao consolidar alianças com outras figuras políticas influentes, como Tabata.

Diante dessa situação, vestindo-me na pele de Pablo Marçal, não apoiaria o candidato Nunes principalmente pela percepção de arrogância e falta de estratégia política. Nesse contexto, comandaria uma campanha pelo voto branco, promovendo a ideia de que nenhum dos candidatos representa os valores ou expectativas para a cidade. Esse posicionamento reflete uma crítica à forma como a política tem sido conduzida por alguns líderes, onde o poder e a autoafirmação parecem sobrepor-se à construção de pontes e ao diálogo com diversas frentes políticas.

A proposta de campanha pelo voto branco sugere uma rejeição ao binarismo extremo presente nessa eleição, onde o eleitor muitas vezes é forçado a escolher entre duas opções que podem não atender plenamente às suas expectativas. Esse tipo de campanha pode atrair eleitores que não se sentem representados pelos dois candidatos e desejam expressar sua insatisfação com a qualidade das opções políticas disponíveis.