Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
terça-feira, 8 de outubro de 2024
Voto em Branco
O candidato Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo e concorrente no segundo turno das eleições, recentemente afirmou "No meu palanque não", rejeitando o apoio de Pablo Marçal, uma figura política "recem-descoberta", que tem base no eleitorado liberal/conservador. Sequer acenou com a possibilidade de incorporar algumas das propostas de Pablo Marçal. Essa postura pode ser interpretada como um sinal de soberba e arrogância, especialmente considerando o contexto eleitoral em que Nunes enfrenta Guilherme Boulos, um candidato de extrema esquerda que obteve pouco menos de meio por cento (0,41%) de votos do que ele no primeiro turno.
Além disso, a candidatura de Tabata Amaral, que alcançou cerca de 10% dos votos no primeiro turno, já declarou apoio a Boulos, o que reforça a posição deste último na corrida. Negar possíveis apoios neste momento crítico pode ser visto como uma estratégia arriscada para Nunes, que está atrás em termos de alianças importantes e não parece buscar expandir seu campo de apoio.
A atitude de Nunes, ao recusar possíveis alianças com setores conservadores representados por Marçal, pode ser lida como falta de visão estratégica. Na política, especialmente em momentos decisivos como o segundo turno, flexibilidade e pragmatismo são fundamentais para construir coalizões mais amplas. A rejeição pública de apoios, sem levar em consideração o cenário maior, pode alienar ainda mais eleitores, enquanto seu adversário, Boulos, ganha força ao consolidar alianças com outras figuras políticas influentes, como Tabata.
Diante dessa situação, vestindo-me na pele de Pablo Marçal, não apoiaria o candidato Nunes principalmente pela percepção de arrogância e falta de estratégia política. Nesse contexto, comandaria uma campanha pelo voto branco, promovendo a ideia de que nenhum dos candidatos representa os valores ou expectativas para a cidade. Esse posicionamento reflete uma crítica à forma como a política tem sido conduzida por alguns líderes, onde o poder e a autoafirmação parecem sobrepor-se à construção de pontes e ao diálogo com diversas frentes políticas.
A proposta de campanha pelo voto branco sugere uma rejeição ao binarismo extremo presente nessa eleição, onde o eleitor muitas vezes é forçado a escolher entre duas opções que podem não atender plenamente às suas expectativas. Esse tipo de campanha pode atrair eleitores que não se sentem representados pelos dois candidatos e desejam expressar sua insatisfação com a qualidade das opções políticas disponíveis.
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