Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
domingo, 10 de novembro de 2024
"Ajuste de percurso"
O "ajuste de percurso" ocorre frequentemente quando pessoas e instituições mudam suas ideias e posicionamentos, muitas vezes motivadas por conveniência ou interesse em agradar a quem está no poder. Sob determinadas circunstâncias, o pragmatismo pode prevalecer sobre a coerência, e o que antes era visto como um princípio inabalável é ajustado para alinhar-se ao novo cenário. Esse tipo de mudança, embora comum, levanta questões sobre autenticidade e ética, pois não se trata apenas de adaptação, mas de uma adaptação estratégica que visa benefícios específicos.
Em contextos de transição política ou mudanças de liderança, é comum observar o fenômeno de pessoas e organizações ajustando rapidamente suas posturas para agradar aos novos poderosos. Essa flexibilidade, por vezes chamada de oportunismo, revela um instinto de autopreservação que pode ser vantajoso no curto prazo, mas arrisca a integridade de longo prazo. Ao moldarem suas opiniões e práticas para se ajustarem às novas expectativas, essas pessoas e instituições buscam proteger seus interesses e assegurar a continuidade de privilégios ou apoios.
Para algumas instituições, o ajuste de percurso também pode ser uma forma de manter relevância e influência em um ambiente onde as prioridades mudam com frequência. Elas podem, por exemplo, reformular suas políticas internas, sua comunicação e até mesmo seus valores declarados para parecerem alinhadas aos desejos de quem detém o poder. No entanto, essa prática pode corroer a confiança do público, que começa a ver essas mudanças como tentativas de manipulação ou como uma falta de compromisso com valores autênticos e duradouros.
No Brasil, estamos observando os primeiros sinais de um movimento de adaptação da mídia tradicional aos novos tempos, embora ainda de maneira tímida. Esse ajuste pode ser visto em uma mudança sutil no tom e nas abordagens de temas políticos, sugerindo uma tentativa de alinhamento com as transformações no cenário internacional. Para muitos, essa adaptação pode parecer natural, mas o momento em que ocorre levanta questionamentos sobre a motivação por trás dessas mudanças, especialmente após o resultado das eleições americanas, que indicam uma possível nova postura em relação ao Brasil.
A malta, a plebe rude e ignara no entanto define esses movimentos de forma simplória e com apenas uma frase: "Quem tem C* tem medo".
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