
A imprensa divulga com insistência e o próprio presidente eleito confirmou em recente entrevista, que o Juiz Sérgio Moro será convidado para Ministro da Justiça no seu governo. Não poderia haver melhor escolha. Sérgio Fernando Moro (nascido em Maringá em 1 de agosto de 1972), e juiz federal da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, foi professor de direito processual penal na Universidade Federal do Paraná. "Moro ganhou enorme notoriedade nacional e internacional por comandar, desde março de 2014, o julgamento em primeira instância dos crimes identificados na Operação Lava Jato que, segundo o Ministério Público Federal, é o maior caso de corrupção e lavagem de dinheiro já apurado no Brasil, envolvendo um grande número de políticos, empreiteiros e empresas, como a Petrobras, a Odebrecht, entre outras."
Todos temos o direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos pessoais sem medo de retaliação ou censura, conforme Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, no seu Artigo XIX. Assim também, a Constituição brasileira de 1988 registra o direito à liberdade de expressão, como abaixo:
Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Com as salvaguardas estabelecidas acima, atrevo-me a emitir minha opinião. O Juiz Moro tem uma tarefa que está sendo cumprida com a admiração e aplauso da grande maioria dos brasileiros. Ninguém, além do Lula de 2010, chegou tão próximo da unanimidade nacional. Fazer parte do ministério do presidente recém-eleito, certamente abrilhantaria aquele colegiado. No entanto, agora que muitos dos implicados na operação lava jato perderam o foro privilegiado, ausentar-se seria no mínimo alimentar uma forte decepção na sociedade brasileira. Apesar da sabedoria popular estabelecer que "o cemitério está cheio de pessoas insubstituíveis", a justiça precisa da sua mão firme e correta em defesa dos valores e leis nacionais. Ademais, vamos combinar que o Executivo pode não ser a "sua praia". Seguindo carreira no Judiciário, você terá eternamente o reconhecimento de (quase) todos. Você destemidamente deu o início a esse processo de expurgo e exorcismo dos "mal feitos" dos poderosos.
A eventual ida do Juiz Moro para formar no novo Gabinete, se por um lado seria uma garantia de que o governo não flertaria com tentativas de navegar na difusa fronteira entre a lei e o autoritarismo tosco, por outro lado, poderia criar zonas de atrito entre seu garantismo e o "excesso de zelo" de setores dos vencedores. A sociedade brasileira já possui mecanismos e instituições sólidas e bem definidas para garantir a condução democrática do país, sem que seja necessária a presença de alguém com seu perfil, para servir de avalista dessa condução.
Vida longa, Juiz Moro! Um brilhante futuro espera por você.
Excelente publicação baseada em fatos ocorridos e conhecido por todos cidadãos. Sérgio Moro, hoje realmente tem um grande número de adeptos ao seu projeto de um Brasil melhor. Os brasileiros precisam dar uma chance aos novos políticos com novas ideologias e dispostos à novos desafios. Obrigado.
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