Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
terça-feira, 25 de março de 2025
Várzea Alegre e o assassinato de Kennedy
Após mais de 60 anos (61 anos e 4 meses, para ser mais preciso), o Presidente Donald Trump decidiu liberar para o público todos os documentos secretos relativos à morte do presidente americano John Kennedy.
A morte do presidente John F. Kennedy, em 22 de novembro de 1963, em Dallas, Texas, é um dos eventos mais marcantes e controversos da história moderna. Segundo a Comissão Warren (criada pelo governo dos EUA para investigar o caso), John F. Kennedy foi morto por um único atirador solitário, Lee Harvey Oswald, que agiu por conta própria, sem ajuda de cúmplices ou conspiração.
Oswald era um ex-fuzileiro naval dos EUA, simpatizante do comunismo e crítico da política americana. Já havia vivido na União Soviética e apoiava Fidel Castro em Cuba. A Comissão Warren o considerou instável e ideologicamente motivado.
Kennedy estava desfilando em carro aberto, ao lado da esposa Jacqueline Kennedy, e acompanhado do governador do Texas John Connally e sua esposa. Quando o carro presidencial passava em frente ao Texas School Book Depository, três tiros foram disparados. O segundo ou terceiro tiro (há controvérsias) atingiu Kennedy mortalmente na cabeça.
Kennedy colecionava um poderoso time de inimigos. Demitiu Allen Dulles, o diretor da CIA, e ameaçou "esmagar a agência em mil pedaços e espalhá-la ao vento". Kennedy e seu irmão Robert Kennedy (Procurador-Geral) lançaram uma guerra aberta contra o crime organizado e mafiosos que o haviam apoiado, sentiam-se traídos. O Presidente cogitava demitir J. Edgar Hoover, diretor do FBI há décadas, que espionava Kennedy (inclusive seus casos extraconjugais), e importantes desafetos entre militares e a indústria de armamentos, por ser contra a escalada da Guerra do Vietnã.
O assassinato de Kennedy é um dos casos mais documentados da história mundial. Estima-se que existam mais de 5 milhões de páginas de documentos. Mesmo assim, o assassinato de John Kennedy continua envolto em mistério. Apesar da versão oficial, muitos acreditam que Kennedy foi morto como resultado de uma conspiração. A desconfiança aumentou quando o Comitê da Câmara sobre Assassinatos (1979) concluiu que provavelmente houve uma conspiração e que ao menos dois atiradores estiveram envolvidos, contradizendo a versão de atirador solitário da Comissão Warren.
Mas esse mistério, apesar de escrutinado durante décadas pelas organizações mais acreditadas do planeta (FBI e CIA, entre elas), resistiu apenas algumas horas em Várzea Alegre. Estávamos, Giovani Proto, Cleber Diniz, Zé Gatinha, Vicente Custódio, Chico Piau e eu (entre outros) tomando sopa no café de Pereira, quando o rádio que estava ligado, anunciou o assassinato. Não recordo exatamente quem — presumo que foi Vicente Custódio — deu o veredito definitivo:
— "Foi os russo!"
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