sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Perdemos a capacidade de nos indignar!

Talvez seja interessante memorizar o nome dos deputados em vermelho

Diante dos últimos escândalos, Banco Master, INSS e o festival de absurdos que se tornou rotina, o brasileiro médio atingiu a iluminação zen. Nada mais choca, nada mais revolta, nada mais incomoda. Se amanhã anunciarem que o Tesouro foi trocado por vale-coxinha, metade do país vai achar normal e a outra metade vai perguntar se tem desconto à vista.

Crimes contra o povo? Fraudes bilionárias? A economia popular sangrando? Tudo virou detalhe. A sociedade está tão dormente que, se o país pegasse fogo, muita gente acharia que é o “clima seco”.

Enquanto isso, decisões judiciais surgem atropelando a Constituição, o bom senso e a vontade popular como quem passa com o trator pela horta do vizinho. Vivemos, na prática, um regime de exceção gourmet, cuidadosamente embalado e servido pelo STF, que escolhe com precisão cirúrgica quais escândalos devem ser ignorados, ou até acariciados.

E o mais irônico? A nata pensante do país, jornalistas, analistas, formadores de opinião, transformou-se numa plateia de jardim de infância: bate palminha, olha para o teto e finge que não está vendo nada. O país desaba e eles preocupados com o enquadramento da câmera e com a pauta do próximo podcast.

Num cenário desses, resta apenas recorrer à sabedoria popular: “Só Jesus na causa!” E, honestamente, no ritmo em que vamos, nem Ele deve estar muito otimista...

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