Como todos sabem, Deus cultiva a democracia nos seus diversos aspectos. Não é à toa que existe o que alguns pensam que é lenda - o “livre arbítrio”.
O Todo Poderoso permitiu que o Rei do Paraiso dos animais fosse escolhido por voto direto e secreto. O juiz do pleito seria a coruja e seus auxiliares o corvo, o urubu e o anum preto.
Candidataram-se o leão e o rato. A coruja então, que desejava a vitória do rato, encarregou o papagaio de propagar que o leão iria destruir a floresta e que os animas iriam viver na miséria. E ainda que o leão combinado com outros animais de sua espécie, havia preparado jaulas para prender todos aqueles que apoiassem o rato.
Paralelo a isso, a coruja determinou (afinal ela era o juiz do pleito) que o macaco seu companheiro de farras florestais seria o escrutinador e de posse das urnas, substituiria os votos do leão pelos do rato. Tudo bem "programado" para parecer legal.
A onça pintada, o jacaré e o carcará que eram neutros, tentaram acompanhar o processo de votação e apuração, mas mesmo tendo a força para fazê-lo, como não tinham sido credenciados pela coruja, foram ignorados.
O rato venceu a eleição. Foi uma eleição “apertada” porque as aves inteiras e os animais mais inteligentes votaram no leão, mas os répteis, os insetos e todos os animais venenosos, votaram no rato.
Assim termina essa fábula, mas o rato já começou a destruir a floresta e prender os apoiadores do leão. Porque é assim que os ratos se comportam. Acusam os outros animais de estarem fazendo ou que pretendem fazer o que eles mesmos fazem.
The end.
Houston, TX - 29 de junho de 2023.
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