"Aquela que matou o guarda
Tratava-se de uma mulher que trabalhava para D. João VI e se chamava Canjebrina, que, como informam os dicionários, significa pinga, cachaça. Ela teria matado um dos principais guardas da corte do Rei. O fato não foi provado. Mas está no livro 'Inconfidências da Real Família no Brasil', de Alberto Campos de Moraes."
Sua Santidade, o Papa Francisco, deparando-se com brasileiro que lhe pedira oração para o país, afirma: "Não, vocês não têm salvação. Muita cachaça e nada de oração..." Não se pode depreender das palavras do Santo Padre se seu preconceito é contra o país, por sua origem argentina ou contra a "malvada" mesmo. O definitivo é que a história do Brasil e da aguardente confundem-se.
"De certa forma podemos dizer que a história da cachaça começa quando os portugueses trouxeram ao Brasil a cana-de-açúcar e as técnicas de destilação. Em 1502, as primeiras mudas de cana chegaram ao Brasil, trazidas por Gonçalo Coelho. Em Pernambuco, entre 1516 e 1526, o primeiro engenho de açúcar foi instalado na feitoria de Itamaracá. Nas primeiras décadas de presença portuguesa, o número de engenhos no Brasil se multiplicou rapidamente."
Muitos foram os intelectuais que estudaram a importância cultural, econômica e histórica da cachaça para o Brasil. Seja pelo comércio de escravos na costa africana como moeda de troca, seja pela reorientação de usinas na substituição ao açúcar brasileiro (crise do açúcar no Século XVIII) e mesmo como símbolo na luta pela independência quando "era servida nas reuniões conspiratórias dos Inconfidentes" na Conjuração Mineira.
A cachaça é também presença constante no carnaval brasileiro, tido como "a maior festa popular do mundo". Nos salões, em blocos de rua e mesmo na música carnavalesca, a "branquinha" está sempre presente. Entre as músicas, a que mais identifica nosso destilado é, sem dúvida, a marchinha do compositor e jornalista baiano Marinósio Trigueiros Filho, "Cachaça não é água".
“Você pensa que cachaça é água?
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão
Pode me faltar tudo na vida
Arroz, feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não
Pode me faltar o amor
(Disto eu até acho graça)
Só não quero que me falte
A danada da cachaça”
Uma sugestão ao Santo Padre: faça substituir, pelo menos em território brasileiro, o vinho da Missa pela cachaça nacional. Desconfio que se Jesus tivesse conhecido a "manguaça" ao tempo da Santa Ceia, teria servido e a Celebração Eucarística veria então seu celebrante levantando um copinho de "cana" e falando solenemente: "Este é o meu sangue, o sangue da nova aliança..."
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Atualizado em 25/08/2022 ás 03:17h"Maria Beltrão encontra o papa Francisco e ouve pergunta inusitada: 'Cachaça é água?' Apresentadora do É de Casa levou brigadeiros e doces brasileiros para o pontífice."
https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2022/08/maria-beltrao-encontra-o-papa-francisco-e-ouve-pergunta-inusitada-cachaca-e-agua.shtml
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