Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
domingo, 27 de julho de 2025
Top Momentos em que a Cara de Pau foi Elevada à Categoria de Arte
Sabe aquele momento em que tudo desmorona, o mundo inteiro enxerga o óbvio… e a pessoa aparece com um discurso como se estivesse servindo chá às cinco da tarde em Londres? Pois é. Eis a seleção definitiva dos atos mais épicos de desfaçatez da história e terceirização da culpa. Prepare-se para a ginástica facial de negação da realidade.
Hitler culpando os judeus pela derrota da Alemanha (1930s–40s)
Mesmo após a Primeira Guerra, a hiperinflação, o colapso econômico e a própria ambição expansionista da Alemanha nazista, Hitler afirmava:
“A culpa de tudo são os judeus, os marxistas e os banqueiros internacionais.”
Enquanto preparava o extermínio em massa, Hitler afirmava estar apenas "limpando a nação das forças que a sabotaram". Inverteu completamente a lógica dos fatos e convenceu milhões.
Cristina Kirchner culpando o “grupo Clarín” e o FMI pela crise argentina (2011–2015)
A economia da Argentina afundava com inflação galopante, estatísticas falsificadas e escassez de dólares. Cristina então:
“A mídia hegemônica e os abutres internacionais sabotaram nossa economia.”
Enquanto escondia índices reais de inflação e controlava o câmbio com mão de ferro, dizia que os culpados eram o FMI, o Clarín e um “complô neoliberal internacional”.
Nicolás Maduro culpando “a direita golpista” pelo apagão de 2019 na Venezuela
90% do país ficou às escuras, hospitais sem energia, pessoas morrendo por falta de atendimento. Maduro culpou:
“Um ataque eletromagnético promovido pelos EUA e sabotagem da direita fascista.”
A infraestrutura elétrica estava completamente sucateada, mas ele sugeria uma versão de ficção científica.
Dilma Rousseff culpando a “crise internacional” e a oposição por recessão e impeachment (2015–2016)
O Brasil mergulhava numa recessão recorde (-3,5% do PIB), contas públicas deterioradas, desemprego em alta.
“A crise vem de fora. E as pautas-bomba da oposição sabotam a governabilidade.”
O colapso foi construído por anos de populismo fiscal, pedaladas e intervencionismo. Mas no discurso, era culpa dos “golpistas” e da “mídia golpista”.
Sérgio Cabral culpando “um sistema” pela própria corrupção
Preso por mais de 400 anos por corrupção, lavagem e organização criminosa, disse em delação:
“Fui tragado por um sistema viciado que já existia.”
Ele era o chefão do esquema, mas pintava a si mesmo como uma vítima do meio, tipo um inocente de terno em um filme noir.
Sempre que você vir alguém dizendo “a culpa não é minha” em rede nacional, cheque se:
— Ele estava no comando.
— Tudo ao redor está pegando fogo.
— O "culpado" está fora e não tem cargo nenhum.
Se as três forem verdadeiras, parabéns: você acaba de testemunhar um novo marco da desfaçatez institucional.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário