Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
sexta-feira, 11 de julho de 2025
"Eu num impinjei ele não!"
Foi mais ou menos assim...
Em 28 de dezembro de 1960, após uma campanha admirável, o Fortaleza Esporte Clube chegou à grande final da Taça Brasil, disputada no Pacaembu, em São Paulo, contra o poderoso Palmeiras. Na ponta-direita da equipe paulista e também da Seleção Brasileira, estava o consagrado Julinho Botelho, reverenciado por sua técnica refinada, dribles elegantes e cruzamentos precisos. Era chamado com respeito e admiração de “o gênio da ponta-direita”.
Do lado tricolor, coube ao lateral-esquerdo Ninoso a ingrata missão de marcá-lo.
Na chegada da delegação cearense à capital paulista, um repórter esportivo entrevistou Ninoso, questionando como ele se sentia por ter de enfrentar o afamado Julinho. Com desdém e certa ousadia, o lateral respondeu em tom de desafio:
— “Quem é esse Julinho? Não conheço, não.”
To make a long story short, antes dos 15 minutos do primeiro tempo, o Fortaleza já perdia por 3 a 0, todos os gols originados em cruzamentos perfeitos de Julinho, que havia aplicado sucessivos dribles humilhantes em Ninoso. Diante do massacre, o capitão e craque do Leão, Moésio, pediu ao folclórico volante Sapenha que ajudasse na marcação do endiabrado ponta palmeirense. A resposta veio com sinceridade cruel e inesquecível:
— “Vou não, Moésio. Eu num impinjei ele, não. Quem impinjou foi o Ninoso!”
O jogo terminou com um humilhante, Palmeiras 8 x 2 Fortaleza, e por muito tempo o clube cearense foi ironicamente apelidado pelas torcidas rivais de “Oitaleza”.
Moral da história: não venham apelar para o meu patriotismo pedindo que eu “ajude” o Lula em seu embate com o Presidente Trump. Quem impinjou ele foi o próprio Lula!
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