Esse termo é bastante usado em democracias consolidadas, como nos Estados Unidos, onde há um intervalo fixo entre a eleição e a posse do novo governante. Por exemplo, um presidente que perde a eleição em novembro continua no cargo até janeiro do ano seguinte, período em que é considerado um “pato manco”. Nessas semanas, ele ainda possui os poderes formais da presidência, mas seu peso político e sua legitimidade são frequentemente questionados.
Na prática, um governante em condição de “pato manco” pode encontrar dificuldades para aprovar projetos, negociar com aliados ou tomar decisões impopulares, pois seu futuro político está encerrado e sua autoridade enfraquecida. Ainda assim, alguns usam esse tempo para adotar medidas de última hora, como assinar decretos, indicar juízes ou conceder indultos, justamente por não estarem mais sujeitos às pressões eleitorais. Essas ações costumam gerar debates sobre ética, legitimidade e respeito à vontade do eleitor.
No Brasil, embora o termo “pato manco” não seja tão comum quanto em países de língua inglesa, a situação que ele descreve ocorre de forma semelhante. Após eleições (mas não apenas) é comum que prefeitos, governadores e presidentes em fim de mandato percam força política e deixem de influenciar decisões relevantes. O conceito serve, portanto, como uma metáfora poderosa para ilustrar o enfraquecimento natural de um líder que caminha para o fim de sua trajetória no poder, mesmo que legalmente ainda esteja no cargo.
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