Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
segunda-feira, 16 de setembro de 2024
Uma caldeirada em Manaus e uma cadeirada em São Paulo
Um amigo telefona-me perguntando o que eu acho de "cadeirada". Como eu entendi "caldeirada", lembrei de um casamento em Manaus para o qual havia sido convidado. Naquela festa comemorativa das bodas, foi servida uma caldeirada de tartaruga, digna de "comer rezando" como gosta de dizer meu primo e "mestre dos mestres do violão do Brasil e do mundo", Nonato Luiz.
Corrige-me o amigo ao telefone: estou falando de "cadeirada". Com relação ao termo, lembro episódio histórico envolvendo o uso de cadeiras como arma ocorrido durante uma sessão no Parlamento da Coreia do Sul em 2004. Também outro incidente famoso que ocorreu em 1856 nos Estados Unidos, quando o senador Charles Sumner foi brutalmente atacado pelo congressista Preston Brooks. Embora o ataque tenha sido com uma bengala, não apenas esse instrumento foi utilizado, podendo ter havido o uso de cadeiras no imbróglio.
Embora não haja registros específicos de cadeiras sendo usadas como armas, o Senado Romano era conhecido por suas discussões acaloradas, e em alguns casos, os debates chegaram ao ponto de violência física. Os senadores sentavam-se em bancos e cadeiras durante as sessões, e embora não haja uma descrição direta de cadeiras sendo utilizadas como armas, objetos disponíveis no ambiente poderiam ser facilmente convertidos em instrumentos de agressão.
Em algumas peças de Shakespeare, brigas envolvendo o uso de móveis como armas são retratadas, refletindo a violência cotidiana da época. Embora não seja um evento histórico literal, isso sugere que o uso de cadeiras ou outros objetos de mobiliário em briga, não era uma ideia fora do comum.
Ah, ia esquecendo! No debate de candidatos à prefeitura de São Paulo acontecido na TV Cultura, houve uma sessão de cadeirada. Bem ao estilo da política brasileira dos últimos tempos. É a cultura do "nós contra eles".
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