Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
sábado, 19 de agosto de 2023
Cenas do cotidiano
Contou-me um amigo meu. Não é justo que eu não repasse para vocês.
Numa dessas noites em que o cara casado sai sozinho (uma vez por ano, se ele der sorte), foi parar em um restaurante com música ao vivo. Uma banda de rock, que não era bem sua praia. Fazer o quê? Sentou e pediu uma dose de gim-tônica.
A música era ruim (pra ele) mas tinha três garotas dançando frente à banda, na faixa de 23/24 anos.
Para ser meu amigo com intimidade e confiança para contar o episódio, já imaginam a idade. Descambava dos setenta.
Repentinamente, a mais formosa (formosa é bom demais!) das três, olha para ele e sorri. Umas duas ou três vezes finge estar dando uma vista d’olhos no salão apenas para lhe olhar rapidamente, sonhou ele.
Quando já se via casado com aquela ninfeta, eis que o cantor da banda tira o casaco vermelho que encobria sua t-shirt e o atira para “sua” futura noiva, para que ela o guardasse. E só aí ele percebe que existia uma banda. E mais que uma banda, existia um cantor. Louro, alto, olhos claros, não mais que 25 anos de idade, barriga de tanquinho e mil outros requisitos mais.
Era um Deus grego, daqueles imortalizados pelos pincéis e tintas de Apollodorus Skiagraphos. Como concorrer com “aquilo”? Cobriu a careca com o boné do seu time predileto, arrumou a protuberante barriga de chopp, chamou o garçom, pediu e pagou a conta e foi embora para nunca mais voltar!!
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