quarta-feira, 13 de março de 2019

Este texto é dedicado aos queridos amigos dos grupos "volta Dilma" e "Lula livre"




Tenho lido nas redes sociais e eventualmente recebido mensagens por aplicativos de comunicação, de pessoas que clamam por eleições gerais imediatas. Foi assim no caso mal explicado do Queiroz, na inoportuna divulgação pelo Presidente do vídeo carná/pornô e desde ontem pela divulgação dos suspeitos pelo assassinato da Vereadora Marielle. O histórico da proximidade de filhos do Presidente com membros de milícias cariocas, o relacionamento íntimo de Fabrício Queiroz com a família presidencial e por último a foto do Presidente com um dos presos suspeitos do assasinato da Vereadora, bem como o fato de um deles morar no mesmo condomínio de Bolsonaro no Rio de Janeiro, há excitado em profundidade os perdedores da última eleição.

Concordo que existem coincidências demais para que simplesmente sejam ignoradas. O Brasil precisa definitivamente trilhar o caminho da transparência dos seus dirigentes, seja no trato da coisa pública, seja na condução de suas vidas privadas. No momento em que o indivíduo, por livre decisão, decide exercer uma função pública por delegação do voto popular ou por nomeação prevista em lei, entendo deve submeter-se ao permanente vigiar da sociedade à qual serve.

Parte substantiva dos brasileiros clamou e continua declarando que a Presidente Dilma foi cassada num atropelo da constituição, sem crime de responsabilidade cometido. Ora, a Presidente teve o pedido de impeachment. em documento protocolado na Câmara Federal pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal. Cumprindo o rito constitucional, o documento foi acatado pela Presidência da Câmara, que deu sequência ao pedido. A partir daí todas as etapas foram cumpridas, culminando com o julgamento pelo pleno do Senado, sob a presidência do Presidente do Supremo Tribunal Federal.

As vozes que se levantam pedindo eleições gerais com o afastamento do Presidente, são as mesmas que defendem que houve um golpe no afastamento da Presidente Dilma. Suprema incoerência. Se querem afastar o Presidente recém-eleito, que se cumpra o rito processual. Estabeleçam um crime de responsabilidade, protocolizem um pedido de impeachment junto à Câmara Federal, façam-no aceito, julguem no pleno do Senado sob a presidência do Chefe do Poder Judiciário. Aos que defendem eleições gerais imediatas, remeto-me ao afastamento da Presidente Dilma (bom dia, Presidente Michel Temer) e lembro que no caso do afastamento do titular do cargo, deve assumir o Vice-Presidente e nunca a convocação de novas eleições. Afinal, não vivemos numa República Parlamentarista. E respondo com um altissonante "Bora, Mourão!"

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