
Em menos de uma semana, o Presidente americano foi desmentido pelos quatro ex-Presidentes vivos e pelos líderes Democratas no Congresso.
Em discurso no White House Rose Garden, Trump afirmou que em conversas reservadas com ex-Presidentes, eles teriam dito que deveriam ter construído o muro na fronteira com o México (“This should have been done by all of the presidents that preceded me and they all know it. Some of them have told me that we should have done it”).
No dia seguinte, Jimmy Carter disparou mensagem através do seu twitter oficial, com o seguinte teor: "Eu não discuti o muro da fronteira com o presidente Trump e não o apóio sobre o assunto".

O Republicano George W. Bush, através do seu porta-voz Freddy Ford, também disse que "nunca havia discutido a construção do muro na fronteira com o México com o Sr. Trump".
O ex-presidente Bill Clinton, também rejeitou a idéia de ter falado com o Trump. "Ele não o fez", disse a porta-voz de Clinton, Angel Ureña, quando perguntado se ele discutiu a fronteira com o atual presidente. "Na verdade, eles não conversaram desde a posse."
O porta-voz do ex-Presidente Obama repassou as declarações deste de que era desnecessária a construção do muro. Independente disso, Obama jamais defenderia essa ideia de Trump. Ele se opôs veementemente à ideia de um muro de fronteira, de forma pública, desde o início da campanha presidencial de 2016.
Mas essa saraivada de negações não inibiu o atual Presidente de continuar fazendo afirmativas que faltavam com a verdade. Ainda ontem, dirigindo uma mensagem ao povo americano através das redes de televisão daquele país, ele afirmou que os Democratas concordavam com a construção do muro de aço na fronteira (“At the request of Democrats, it will be a steel barrier rather than a concrete wall”). Foi imediatamente desmentido pelos líderes Democratas, Nancy Pelosi (Câmara) e Chuck Schumer (Senado), em discursos também transmitidos pelas TVs americanas.
Enquanto Trump recusa-se a abrir mão da construção do muro na fronteira com o México, exigindo a inclusão de 5,7 bilhões de dólares para a aprovação do orçamento de 2019, mais de 800 mil funcionários públicos federais encontram-se sem receber seus salários pelo que se conhece como "shut down" do governo. Serviços rotineiramente fornecidos continuam parados. E a vida continua...
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