domingo, 20 de janeiro de 2019

Resista, Presidente!




Manhã de domingo. Após ler os websites dos principais veículos de comunicação do país (a dita grande mídia), eu me pergunto até quando o Presidente Bolsonaro vai resistir a abrir as torneiras do tesouro, para dar dinheiro aos jornais, revistas e redes de televisão de abrangência nacional.

Fique claro que devemos cobrar esclarecimentos de quaisquer fatos que desabonem o cidadão, especialmente o homem público. O que sinaliza a desconfiança na minha mente, é a uníssona, focada e renitente campanha de desgaste do Presidente e seus familiares. "Cheira" a chantagem.

Apenas dois exemplos, entre dezenas, sobre os quais escrevi nas últimas 48 horas:

Imagino como não estão aliviados com esse bombardeio da imprensa focado no Senador (justificado, diga-se), os Deputados André Ceciliano (PT) e Paulo Ramos (PDT) entre outros. O primeiro foi identificado com movimentações atípicas envolvendo quatro auxiliares e somando R$49,3 milhões, o segundo teria movimentado R$30,3 milhões.

A Folha de São Paulo dá grande destaque a uma autoproclamada "rede de solidariedade para brasileiros que se sentem ameaçados por governo Bolsonaro", na França. Veja o que escrevi:

DESONESTIDADE INTELECTUAL!

CHAMADA: "França cria rede de solidariedade para brasileiros que se sentem ameaçados por governo Bolsonaro"

DO TEXTO: “A Arbre nasceu como uma associação dedicada à pesquisa sobre o Brasil na França, mas nos últimos dois anos nos posicionamos fortemente contra a condenação de Lula, o assassinato de Marielle Franco e durante as eleições presidenciais”, relata a historiadora Juliette Dumont, uma das organizadoras da rede de solidariedade.

Eu entendi ser o governo francês que havia criado...


Por ser hoje um Domingo, dia do Senhor, encerro com a citação da Bíblia Sagrada, em Mateus 13:13:
Por isso lhes falo por meio de parábolas; porque, vendo, não enxergam; e escutando, não ouvem, muito menos compreendem.

sábado, 19 de janeiro de 2019

Meu "padin" Padre Cícero




Pensando com meus botões: esses depósitos concentrados no tempo, de valores pequenos (menos de cem mil reais no total), na conta bancária do Senador Flávio Bolsonaro, "cheiram" a tentativa de mascarar a origem. O Senador deve imediatamente explicar-se, não apenas à justiça, mas à sociedade brasileira, pela posição de "primeiro filho" do Presidente eleito Jair Bolsonaro. Se envolvido em qualquer desvio de conduta, urge pagar na forma da lei. Como deve ser com qualquer cidadão.

Imagino como não estão aliviados com esse bombardeio da imprensa focado no Senador (justificado, diga-se), os Deputados André Ceciliano (PT) e Paulo Ramos (PDT) entre outros. O primeiro foi identificado com movimentações atípicas envolvendo quatro auxiliares e somando R$49,3 milhões, o segundo teria movimentado R$30,3 milhões.

A propósito, bom dia Ministro Palocci!

Espero que não usemos a máxima que o imaginário popular credita ao meu "padin" Padre Cícero: "quem matou não mate mais, quem roubou não roube mais".

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Quando eu era menino pequeno lá em Barbacena... oppssss! lá em Várzea Alegre, havia um ditado: "quem mente, róba". Prefiro, no entanto, "quem rouba um tostão, rouba um milhão". Não existe meia gravidez, mas existe a gravidez de um mês e a gravidez de nove meses, ainda que ambas estão fadadas a parir o filho. Em resumo: a ser confirmada na justiça a culpa de qualquer agente público, ou melhor dizendo, de qualquer cidadão, este deve ser punido de acordo com a lei. Variando apenas a dosimetria da pena, considerado o dano relativo. O que não dá é para comparar eventuais desvios de hum milhão e duzentos mil reais (se comprovados) com seis bilhões apenas na Petrobrás.


quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Declarações




Diante das recentes declarações de Lula ("Era melhor ter armado a população com carteira de trabalho e livros") e Fernando Henrique Cardoso ("A percepção do mundo em relação ao Brasil foi afetada negativamente após a eleição de Jair Bolsonaro"), vem-me à mente uma terceira declaração não tão recente, do Rei Juan Carlos da Espanha dirigindo-se ao então Presidente da Venezuela, Hugo Chavez - "¿Por qué no te callas?"

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

BREXIT




O Parlamento Britânico acaba de votar o acordo do Brexit (saída do Reino Unido do Bloco Europeu), rejeitando-o por 432 a 202. Imediatamente depois, o líder da oposição apresentou uma Moção de Desconfiança ao Governo. Essa moção, um dispositivo político em regimes parlamentaristas, deverá ser posto em votação amanhã. Se aprovado, o governo de Thereza May cai (uma espécie de impeachement, sem os traumas desse), e um novo governo deverá ser formado.

O Reino Unido está diante das seguintes soluções: desaprova a Moção de Desconfiança, e Thereza May conduz o Brexit mesmo sem acordo ou aprova, convocação d novas eleições e um novo governo será formado, com um novo Primeiro Ministro, que poderá até convocar um novo plebiscito. A verdade é que os conservadores estão em baixa na Inglaterra.

A conferir!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

De dançar e dançar...




Quem não se recorda da “dança da pizza” da Deputada Ângela Guadagnin no plenário da Câmara Federal? O seu companheiro de bancada, João Magno do PT de Minas Gerais, estava sendo julgado por quebra de decoro pelo envolvimento no mensalão (caixa dois e lavagem de dinheiro). "Ela não se conteve ao ouvir o anúncio de que João Magno (PT-MG) tinha votos suficientes para escapar da cassação na Câmara, em 23 de março de 2006. Levantou-se da cadeira e, sacudindo os braços, saiu bailando pelo plenário".

A partir desse episódio, a vida política da Deputada entrou em um calvário interminável. Teve que renunciar ao posto no Conselho de Ética, o então Presidente da Câmara Aldo Rebelo, leu, em sessão, uma censura verbal à sua atitude, tentou reeleger-se e não conseguiu alcançando apenas pouco mais de 37 mil votos. "Em 2008, se candidatou a vereadora de São José Campos (SP), onde foi prefeita (1993-1996). Foi a 18ª mais votada, escolhida por 4.329 eleitores, mas, mesmo assim, conseguiu uma vaga". No ano de 2014, oito anos depois da malfadada dancinha, estudantes invadiram a Câmara Municipal da cidade e distribuiram pizzas para registrar o aniversário.

Remeto-me à “dança da pizza” para comentar uma outra dancinha mais recente. Mais grave e mais danosa do que aquela. Refiro-me à dança hospitalar do senhor Fabrício Queiroz, ex-assessor do Senador eleito Fábio Bolsonaro. O senhor Queiroz está sob investigação por movimentação atípica na sua conta bancária. É bem verdade que ele não está sozinho nessa investigação (são mais de setenta funcionários investigados) e também anda longe de ser o que mais movimentou recursos durante o ano que passou. Mas não importa. O que importa é que referido senhor é amigo íntimo da família do Presidente Bolsonaro e até setembro do ano passado era motorista/segurança do então Deputado e Senador eleito.

O senhor Queiroz já deixou de ir depor por duas vezes, alegando a doença da qual ele realmente é acometido. Teria no mínimo que se manter discreto, reservado. A sua dança em um apartamento do Hospital Albert Einstein, não apenas desautoriza sua versão de impossibilidade de prestar esclarecimentos à justiça, mas traz um desgaste desmedido ao governo estreante. O senhor Queiroz tem obrigação de esclarecer os fatos, isentando se for o caso, o "primeiro filho".

Que malsinado destino dessa pátria tão sofrida! Afasta uma quadrilha do poder (bom dia, Presidente Lula) , assume uma tão quadrilha quanto (bom dia, Ministro Gedel). Elege um Presidente numa campanha memorável, e as suspeitas surgem antes da posse (bom dia, Senador Flávio Bolsonaro). Deus abençoe o Brasil.


domingo, 13 de janeiro de 2019

Dois momentos...




Por mais que se tenha boa vontade com o PT (e eu não tenho), dois momentos são imperdoáveis - proteção a Cesare Battisti, responsável pelo assasinato de quatro pessoas e por tornar paraplégico um jóvem de 15 anos na Itãlia, em nome de um tal Proletários Armados pelo Comunismo e a fidelidade canina ao ditador Maduro, que impõe sacrifícios inaceitáveis ao povo venezuelano.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Donald Trump mente mais do que cachorro de preá!




Em menos de uma semana, o Presidente americano foi desmentido pelos quatro ex-Presidentes vivos e pelos líderes Democratas no Congresso.

Em discurso no White House Rose Garden, Trump afirmou que em conversas reservadas com ex-Presidentes, eles teriam dito que deveriam ter construído o muro na fronteira com o México (“This should have been done by all of the presidents that preceded me and they all know it. Some of them have told me that we should have done it”).

No dia seguinte, Jimmy Carter disparou mensagem através do seu twitter oficial, com o seguinte teor: "Eu não discuti o muro da fronteira com o presidente Trump e não o apóio sobre o assunto".



O Republicano George W. Bush, através do seu porta-voz Freddy Ford, também disse que "nunca havia discutido a construção do muro na fronteira com o México com o Sr. Trump".

O ex-presidente Bill Clinton, também rejeitou a idéia de ter falado com o Trump. "Ele não o fez", disse a porta-voz de Clinton, Angel Ureña, quando perguntado se ele discutiu a fronteira com o atual presidente. "Na verdade, eles não conversaram desde a posse."

O porta-voz do ex-Presidente Obama repassou as declarações deste de que era desnecessária a construção do muro. Independente disso, Obama jamais defenderia essa ideia de Trump. Ele se opôs veementemente à ideia de um muro de fronteira, de forma pública, desde o início da campanha presidencial de 2016.

Mas essa saraivada de negações não inibiu o atual Presidente de continuar fazendo afirmativas que faltavam com a verdade. Ainda ontem, dirigindo uma mensagem ao povo americano através das redes de televisão daquele país, ele afirmou que os Democratas concordavam com a construção do muro de aço na fronteira (“At the request of Democrats, it will be a steel barrier rather than a concrete wall”). Foi imediatamente desmentido pelos líderes Democratas, Nancy Pelosi (Câmara) e Chuck Schumer (Senado), em discursos também transmitidos pelas TVs americanas.

Enquanto Trump recusa-se a abrir mão da construção do muro na fronteira com o México, exigindo a inclusão de 5,7 bilhões de dólares para a aprovação do orçamento de 2019, mais de 800 mil funcionários públicos federais encontram-se sem receber seus salários pelo que se conhece como "shut down" do governo. Serviços rotineiramente fornecidos continuam parados. E a vida continua...

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Alvo errado




Polyana Viana é uma jovem paraense que mora no bairro do Pechincha, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. Polyana usando um aplicativo pelo celular, pediu um carro para atender a um compromisso. Para evitar que o carro entrasse no condomínio, a jovem resolveu esperar no canteiro em frente a esse. E aí tudo aconteceu.

Um indivíduo chamado Max Gadelha Barbosa aproximou-se da moça e simulando querer saber a hora, perguntou-lhe que hora era aquela. Era uma hora qualquer de uma manhã qualquer de um dia qualquer da semana. Na verdade, o que Max queria era roubar o aparelho celular de Polyana. Essa menina é uma profissional de luta no octógono do MMA. ("MMA é a sigla para Mixed Martial Arts, ou em português, Artes Marciais Mistas. MMA são artes marciais que incluem golpes de luta em pé e técnicas de luta no chão"). Deixemos que ela mesma conte o ocorrido:

- Eu chamei o carro e fui para a frente do prédio, porque o pessoal aqui é meio chato com a segurança e não deixa qualquer um entrar. Quando o carro chega, eles ligam para o apartamento para avisar. Mas eu estava com pressa e desci para esperar lá embaixo, na porta do condomínio. Fiquei sentada no canteiro das árvores esperando. Eu sempre olho para ver se tem alguém, mas não vi ninguém. Acho que ele veio muito rápido. Quando eu ouvi os passos, eu virei. Acho que ele ia pegar o meu celular e ia correr. Não parecia ir mostrar a arma, só ia pegar e correr. Mas como eu virei, ele sentou do meu lado, de uma vez, assustado. Ele me perguntou a hora, eu disse e olhei para ele meia assustada. Como vi que ele não ia levantar, fui esconder o celular na cintura. Quando ele viu que eu ia esconder o celular, ele disse: "Não tenta nada que eu tô armado. Passa o celular!" E colocou a mão em cima da arma. Só que eu vi ser uma arma murcha, de papel. Não era uma arma de verdade. Eu pensei que poderia ser uma arma de brinquedo ou uma faca, mas uma arma mesmo, não era.

Depois foi tudo muito rápido. Ela deu-lhe dois socos e um chute e imobilizou-o com um mata-leão. Pediu a um passante para chamar a polícia e quando essa chegou, entregou o infeliz assaltante e foi fazer um boletim de ocorrência. Max Gadelha já tinha passagem pela polícia e havia sido solto recentemente. A partir de agora, pensará duas vezes quando for assaltar uma aparentemente frágil jovem moradora da zona oeste carioca.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Mulheres submissas




"As mulheres na Arábia Saudita não têm o direito de se mover de forma independente sem um cônjuge ou parente legal. Tal companheiro é chamado 'mahram'. Sem sua permissão, a mulher não pode ir para o exterior, conseguir um emprego, casar-se, ir para a universidade e até se submeter a uma cirurgia.

Em caso de ir ao tribunal ou à polícia, é necessário um homem-guardião para confirmar sua identidade, já que uma mulher não pode tirar seu 'hijab' (véu para cobrir a cabeça). Em tais circunstâncias, é impossível reclamar do 'mahram', mesmo que ele abuse de sua autoridade." (Do web site https://incrivel.club/).

Mas a Arábia Saudita está modernizando seus costumes: recentemente as autoridades sauditas (a Arábia Saudita é uma monarquia absoluta, caracterizada pela forte influência do islamismo sunita, onde o rei é o chefe do estado e do governo) permitiram que as mulheres pudessem dirigir... é isso mesmo que você acaba de ler: no final da segunda década do século XXI, numa aldeia global (a benção, Herbert McLuhan), numa sociedade caracterizada pelas transformações sociais provocadas pela revolução tecnológica do computador e das telecomunicações, as mulheres eram proibidas de dirigir um veículo qualquer.

Há menos de uma semana, a jovem saudita Rahaf Mohammed, de 18 anos, fugiu de casa para a Tailândia com a intenção de alcançar a Austrália para ali viver. Queria respirar o ar benfazejo da liberdade, poder estudar e trabalhar, ser protagonista do seu destino enfim. O governo tailandês pretendia repatriá-la, devolvendo-a à família. Com medo de ser assassinada caso voltasse, a jovem Rahaf mobilizou as redes sociais e denunciou o medo de voltar para casa. Com isso evitou a extradição e agora busca um país que a aceite como exilada, onde possa viver seus sonhos.

O acontecido recente do assassinato de Jamal Khashoggi, o jornalista saudita, na embaixada daquele país na Turquia, e agora o episódio sem precedentes da fuga da jovem Rahaf, desnudam de uma vez por todas a ditadura saudita. Muito poder-se-ia escrever sobre a Arábia Saudita, sua forma de governo, seus costumes, o fato de ser o segundo maior produtor de petróleo do planeta e por isso mesmo ter o apoio incondicional dos Estados Unidos, mas limitamo-nos a focar essas "mal traçadas linhas" na história de Rahaf Mohammed, e de como as redes sociais influenciaram definitivamente para que ela não fosse deportada da Tailândia.

Ave, Rahaf! Teu destino venturoso te espera.

sábado, 5 de janeiro de 2019

Ah... os novos tempos!




Desafio os meus contemporâneos, digo melhor, os "jovens" da minha idade (acabo de completar setenta anos), que tenha beijado sua primeira namorada. Não vale mentir!

Quem não foi para a escola pensando em preparar-se para um "bom" emprego regular, aquele em que você acorda, escova os dentes e toma um banho rápido, para estar no local de trabalho a tempo e à hora?

Isso tudo está acabando. E não adianta lutar contra. O jovem de hoje já dorme na casa da namorada, com ela, no primeiro momento (ou vice-versa), e desfruta desse apelo incontrolável de viver o sexo na sua plenitude. Tão simples e normal como tomar banho diariamente. Se isso ainda nos causa um certo desconforto, a nós setentões, imagine como seria enfrentado pelos nossos pais...

Os costumes têm evoluído tão rapidamente quanto a tecnologia. Trabalhei na juventude (recém formado), na IBM, à época a maior gigante de computação do mundo. Os computadores eram máquinas monstruosas, instaladas em salas especiais, temperatura controlada, pisos falsos para acomodar cabos que ligavam os componentes, operadas por semi-deuses (gênios da raça) que apenas eles entendiam a linguagem e o "comportamento" daqueles "cérebros eletrônicos". Nos dias atuais, o meu neto adolescente (e os seus, provavelmente), operam um celular com capacidade de armazenamento e processamento de informações milhões de vezes maiores do que aqueles computadores com os quais trabalhei.

Tenho alguns amigos, especialmente fora do Brasil, que trabalham no seu momento, geralmente sem "escovar os dentes", vestidos de pijama, no conforto do seu quarto de dormir, para empresas cujas sedes ficam a milhares de quilômetros de distância. Quando têm sede...

Ah... os novos tempos! Confesso, docemente constrangido, que sinto saudades do tempo em que meu pai saía de casa às sete horas da manhã, para abrir sua modesta loja de tecidos em Várzea Alegre, e ali gastar seu dia esperando por eventuais clientes. Que tipo de surpresas evolucionistas nos prepara o futuro próximo, nas áreas de costumes e de trabalho? O que faremos com nosso tempo livre que fatalmente teremos com a modernização da atividade laboral?

Esse texto nada tem de importante. É apenas fruto de uma madrugada insone...

Shut down




14 dias hoje que 800.000 funcionários públicos federais americanos estão em casa, sem receber salário. É o "shut down" do governo Trump. Lembrei dos funcionários dos Correios quando do movimento militar de 64. A diferença é que aqueles ficaram "em disponibilidade", mas ganhando.