sexta-feira, 1 de agosto de 2025

O fenômeno Bukele


Em 31 de julho de 2025, a Assembleia Legislativa de El Salvador, aprovou e ratificou uma reforma constitucional que autoriza a reeleição presidencial indefinida e estende o mandato presidencial de cinco para seis anos. A votação contou com 57 votos favoráveis e apenas 3 contrários A mudança também elimina o segundo turno eleitoral e sincroniza as eleições presidenciais, legislativas e municipais para 2027, encurtando o mandato atual, originalmente previsto para terminar em 2029. Vale destacar que Bukele já havia conseguido uma reeleição em 2024, com aproximadamente 84,65% dos votos, graças a uma decisão judicial de 2021 que permitiu a candidatura imediata, uma reversão da proibição anterior.

Apesar das críticas por autoritarismo, Bukele continua sendo considerado um fenômeno político. Segundo pesquisa conduzida pela TResearch em maio de 2025, 90,1% dos salvadorenhos aprovam sua gestão, com mais de 85% afirmando que o país está no caminho certo sob sua liderança. Outras sondagens também apontam índices de aprovação consistentemente entre 90% e 92%.

A reforma altera artigos fundamentais da Constituição para eliminar o impedimento à reeleição e consolidar o poder no Executivo. Ao mesmo tempo, a supressão do segundo turno eleitoral favorece candidatos com forte base majoritária, como é o caso do incumbente.

Enquanto isso, organizações de direitos humanos como Human Rights Watch e Cristosal, denunciaram a medida como um passo decisivo rumo ao autoritarismo institucionalizado.

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