Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
sexta-feira, 13 de junho de 2025
Não faz sentido falar em fuga
A acusação de que o Coronel Mauro Cid estaria planejando fugir do Brasil não se sustenta diante dos fatos. Desde que firmou seu acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal, Cid tem demonstrado plena disposição em colaborar com as investigações — inclusive entregando documentos, senhas, agendas e testemunhos que se tornaram peças-chave nos inquéritos em curso. Em troca dessa colaboração, ele obteve uma série de benefícios legais, todos nas previsões da legislação penal brasileira.
Entre os benefícios pactuados, estão o perdão judicial ou a aplicação de pena branda (inferior a dois anos), a restituição de bens lícitos, a inclusão no programa de proteção à testemunha, a liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica, além da extensão de garantias legais a seus familiares. Em outras palavras, trata-se de alguém que está sob vigilância, com compromissos formais firmados com o Judiciário e cujos interesses dependem da continuidade de sua cooperação com o Estado. Nenhum desses elementos é compatível com o comportamento de alguém em fuga.
A solicitação e obtenção da cidadania portuguesa, por sua vez, não pode ser confundida com uma tentativa de evasão. O processo foi iniciado em janeiro de 2023, antes mesmo da formalização do acordo de delação, e foi fundamentado no fato de que sua esposa e suas filhas já possuem essa nacionalidade. O pedido seguiu os trâmites legais internacionais, sem subterfúgios ou ocultações. Receber um documento de identidade de outro país, ainda mais quando vinculado à família, não configura crime nem infração alguma — e está muito longe de ser prova de intenção de fuga.
Em resumo, a ideia de que Mauro Cid planeja fugir é incompatível com a realidade de sua condição legal. Ele tem mais a perder do que a ganhar com qualquer atitude que possa violar o acordo de delação, inclusive sua liberdade, sua carreira e os benefícios estendidos à própria família.
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