Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Galinha e Sílvio Santos
Ali na Beira-Mar, nas proximidades do Náutico Atlético Cearense, tem um "cabinha" que vende picolé num Isopor da Isoplast. Ele é "freelancer", autônomo desses que não constam nas estatísticas do Sr. Pochmann do IBGE como desempregado.
O "cabinha" desempregado vende 25 picolés por dia, a R$10,00 por unidade, dos quais 20 (em média) recebe em Pix. Então ele bota diariamente no “pé do cipó”, cinquentão e duzentos vão para sua conta na Caixa Econômica. Acontece que ele paga ao patrão, dono da fabriqueta, R$5,00 por unidade. Na verdade, ele “livra” apenas R$125,00 por dia.
Esse pai de família, que é amancebado com uma morena formosa, tem dois barrigudinhos, um de 3 anos e o outro de 1 ano. Como seu único vínculo é com Deus e sua família, não tem 13º, Férias, Folga Remunerada e todos esses outros “privilégios” do Sistema empregatício brasileiro. Trabalha 30 dias por mês.
No final do mês, transitou por sua conta na Caixa o valor de R$6.000,00 brutos. Graças a Deus, a bondade do governo de Lula não permitiu que esses desumanos da Receita Federal fossem atrás do pagamento de Imposto de Renda do "cabinha" da Praia do Náutico. E ele vai poder pagar o aluguel do seu quase-barraco, levar comida para sua morena e seus barrigudinhos e até comprar um galeto no domingo. Infelizmente, nem toda felicidade é completa: o domingo feliz não mais será de “galinha e Sílvio Santos”. Falta-lhe o segundo!
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