Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Confesso que tenho uma certa empatia por Fernando Haddad
Admito uma inclinação pessoal favorável ao Ministro Fernando Haddad. Sua figura demonstra traços que evocam um sentimento quase paternal: um discurso calmo, uma humildade quase constrangedora, como se pedisse desculpas por existir ou por suas declarações em defesa do governo. Raramente você o vê agredindo verbalmente seu interlocutor.
Entretanto, é inegável um passado de fracassos em cargos públicos. Sua gestão como prefeito de São Paulo foi catastrófica. Nos sete anos em que liderou o Ministério da Educação (2005-2012), durante os governos Lula e Dilma Rousseff, teve uma participação considerável na deterioração do sistema educacional brasileiro, uma tragédia que conhecemos bem.
Sua falta de familiaridade com a área econômica é notória, comparável ao conhecimento de um leigo em mecânica quântica. Contudo, essa inaptidão não é exclusivamente sua, mas também do governo que o designou para o cargo. O atual governo parece seguir uma linha duvidosa de indicações, exemplificada por escolhas como Marina Silva para o Meio Ambiente, Anielle Franco para a Igualdade Racial – cujo principal atributo parece ser o parentesco com Marielle Franco – e Juscelino Filho no Ministério das Comunicações, este último inclusive indiciado pela Polícia Federal, acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, para citar apenas estes três.
Se, em uma situação em que Haddad me pedisse conselhos (o que é impossível, entre outras coisas porque ele nem sequer sabe da minha existência), minha sugestão seria drástica: simule uma enfermidade e peça exoneração para cuidar da saúde. O contexto nacional se direciona para um cenário econômico aparentemente sem volta, e essa passagem pelo ministério será uma mancha indelével em sua carreira.
O sentimento pessoal de quase dó, não invalida a análise crítica de seu desempenho no governo. Haddad surge como uma figura trágica, oferecido em sacrifício em um altar político, representando mais um sintoma do que uma solução para os problemas do país.
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