domingo, 23 de julho de 2023

Cui Bono?


A ilustração acima, na falta de vídeos, foi criada pelo "imparcial" jornal O Globo.


A expressão latina "cui bono?" ou "cui prodest?" é amplamente conhecida como uma pergunta retórica que se traduz literalmente como "a quem beneficia?" em português. Ela é usada para investigar quem poderia ter um motivo ou interesse oculto por trás de uma determinada ação, evento ou crime.

Na área de investigação criminal e na busca pela verdade, essa expressão pode ser aplicada para sugerir que a pessoa ou pessoas culpadas de um crime podem ser encontradas entre aqueles que têm algo a ganhar com ele. Em outras palavras, ao se perguntar "a quem beneficia?", os investigadores podem buscar identificar os suspeitos com base nos possíveis interesses ou vantagens que poderiam obter com o crime.

Marco Túlio Cícero em discurso no Senado Romano, atribui a expressão ao juiz Lúcio Cássio. Ao fazer essa pergunta, o juiz Cássio procurava entender quem poderia estar se beneficiando da situação em julgamento, ajudando assim a esclarecer a verdade dos fatos.

Em resumo, "cui bono?" é uma expressão relevante para a investigação de casos complexos, sugerindo que a identificação de possíveis interesses ocultos pode levar à descoberta do responsável por um crime ou evento em questão.

As redes sociais estão repletas de teorias acerca do recente episódio do aeroporto de Roma envolvendo brasileiros, entre eles o Ministro Alexandre de Moraes e familiares.

Coisas muito estranhas têm acontecido em relação ao fato. Não ter aparecido até o momento nenhum vídeo amador documentando o momento, quando tudo é filmado nesses tempos de modernidade e facilidades eletrônicas; as imagens que foram requeridos pela justiça brasileira ao Governo Italiano já se encontrarem sob sigilo mesmo antes de chegarem; a suposta agressão verbal contra o Ministro foi transformada em crime contra o Estado Democrático de Direito; a Polícia Federal fez busca e apreensão em residências e comércios de suspeitos de terem participado da suposta injúria contra Sua Excelência, etc.

Perdoem esse velho engenheiro aposentado, completamente leigo em questões de jurisprudências e doutrinas legais, mas minha sensibilidade de indivíduo me faz farejar um caos, uma selvageria institucional. O que está acontecendo com o Brasil?

Voltando ao episódio relacionado a aviões, voos e aeroportos, muitas são as teorias especuladas através das redes sociais:

1 — a potencialização do acontecido (comum quando Ministros do Supremo ou Presidente da República aventuram-se em trilhar mesmos caminhos percorridos pela plebe rude e ignara) é uma manobra diversionista para que a malta esqueça a desastrosa declaração do Ministro Barroso, também do STF, em evento político de organização esquerdista.

2 — o Ministro vitimiza-se para neutralizar notícias que a grande mídia começou a circular por ter ele sido convidado às expensas de grupo empresarial condenado por veicular “fake News” durante a pandemia.

3 — distorcer o fato de que grande número de pessoas gritaram palavras de ordem contra o Ministro e seu filho de 28 anos, apresentado inicialmente como um adolescente, agrediu um idoso derrubando-o duas vezes no piso do aeroporto.

4 — o Ministro precisava de um episódio de grande repercussão no seio da sociedade para granjear adeptos à sua escalada de autoritarismo.

Talvez os mortais comuns jamais saberemos o que de fato aconteceu naquele dia no aeroporto da antiga Roma. Uma coisa é certa: enquanto políticos de todos os matizes ideológicos e militantes de todas as vertentes partidárias entretêm-se com Barroso na Une e Alexandre em Roma, estamos às portas de uma nova eleição e as urnas e o sistema de apuração serão os mesmos!

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