quinta-feira, 4 de julho de 2019

Quem é Palocci?




Antonio Palocci Filho é médico, nascido em Ribeirão Preto em 1960. "Na juventude, militou em diversas correntes radicais de esquerda, destacando-se a sua participação na Libelu, corrente trotskista. Foi fundador do Partido dos Trabalhadores e presidente do PT-São Paulo (1997-1998)."

A ascensão política de Palocci foi meteórica. Em 1988 foi eleito vereador de Ribeirão Preto. Em 1990 interrompeu o mandato elegendo-se deputado estadual. Ficou apenas dois anos no cargo vencendo a eleição para a prefeitura de Ribeirão Preto, em 1992. Em 1998 elegeu-se Deputado Federal, "deixando o cargo em 2000 depois de ser eleito novamente para a prefeitura de Ribeirão Preto, cargo do qual se licenciou em 2002 para se dedicar a campanha presidencial de Lula e depois para coordenar a equipe de transição governamental e assumir o cargo de Ministro da Fazenda, para o qual foi nomeado no ano seguinte. Foi um dos ministros mais influentes do governo Lula", responsável pelo programa que manteve o país economicamente estável.

Preeminente membro da coordenação nacional da campanha de Dilma Rousseff, líder da equipe de transição, assumiu o cargo de Ministro Chefe da Casa Civil da Presidência. Ninguém foi mais forte e influente no Governo Dilma do que o Ministro Antônio Palocci.

Essa trajetória no Partido dos Trabalhadores e junto aos governos petistas, o credencia a ser provavelmente o indivíduo que mais conhece as entranhas do poder nesse período.

Ontem, em depoimento sigiloso na CPI que apura Práticas Ilícitas no Âmbito do BNDES na Câmara Federal, consta que o ex-tudo do PT, Antônio Palocci, finalmente esclareceu todas as transações que direcionaram bilhões de reais para ditaduras amigas, aprovaram 500 bilhões de reais para empresas do esquema, tendo com isso "ganho" 300 milhões de reais de propina.

Segundo declarações de Deputados que participaram da reunião, Palocci confirmou que Lula operou pessoalmente para essas transações, tendo inclusive determinado que a nota de risco de Angola fosse rebaixada para permitir que o BNDES aumentasse o volume de empréstimos. Os valores teriam rendido mais de R$ 60 milhões ao PT.

As mesmas informações já teriam sido repassadas à Procuradoria Geral da República (PGR), através de um anexo intitulado "Negócios em Angola".

Depois de tudo isso, fica difícil debitar todo o calvário da elite dirigente do PT ao ex-Juiz e atual Ministro Sergio Moro. Há de reconhecer que assassinou a esperança que havia alimentado no coração e mente dos brasileiros.

Recuperar a confiança do eleitorado vai demandar uma nova agenda de propostas. Encontrar novas lideranças sem envolvimento com o passado, reconectar-se com programas, propostas e ideologia que abandonou para venerar seu líder a qualquer custo. Um altíssimo custo, diga-se!

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