
A chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, emitiu relatório ontem (04/07/2019) afirmando que forças de segurança da Venezuela estão enviando esquadrões da morte para assassinar homens jovens e forjar as cenas para parecer que as vítimas resistiram à prisão.
"Números do governo mostraram que as mortes atribuídas a criminosos que resistiram à prisão alcançaram 5.287 no ano passado e 1.569 até 19 de maio deste ano. O relatório da ONU disse que muitas delas parecem ter sido execuções extrajudiciais."
O relatório afirma que mascarados das Forças de Ação Especial da Venezuela (FAES) vestidos de preto, chegam nas casas e separam homens jovens de outros familiares antes de baleá-los, levam pertences e agridem mulheres e meninas, às vezes arrancando suas roupas.
"Em todos os casos, testemunhas relataram como o FAES manipulou a cena do crime e as provas. Eles plantavam armas e drogas e disparavam contra as paredes ou para o alto para insinuar um confronto e para mostrar que a vítima 'resistiu à autoridade', diz o relatório.
Para observadores mais próximos do país, isso não configura nenhuma surpresa. Já vinha sendo denunciado desde 2016. O inusitado da questão é que a responsável direta pelo relatório é Michelle Bachelet. Para quem não lembra, antes de ser a chefe de direitos humanos da ONU, a senhora Bachelet que é uma política chilena notoriamente de esquerda (filiada ao Partido Socialista Chileno), foi Ministra da Saúde e também Ministra da Defesa Nacional, elegendo-se posteriormente Presidente do Chile.
Quando esteve visitando o país no mês passado, a senhora Bachelet foi recebida efusivamente pelo ditador Maduro, tendo inclusive dado coletiva de imprensa após reunir-se com o presidente venezuelano, em Caracas, na Venezuela.
O fortíssimo relatório chancelado pela Organização das Nações Unidas (ONU), apenas confirma o entendimento de diversos países filiados àquele organismo internacional de que o Governo Maduro não passa de uma sanguinária ditadura responsável por crimes contra a humanidade.
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