
Em 26 de dezembro de 2004 ocorreu o tsunami mais destrutivo da história, atingindo a costa da Sumatra, na Indonésia. A partir de um terremoto em Sumatra, a 30 quilômetros de profundidade, originou-se o tsunami com 1300 quilômetros de comprimento e ondas até 50 metros de altura. Morreram 230 mil pessoas.
Recentemente, a partir de uma declaração do Presidente Bolsonaro "escapada" de um microfone aberto, um furacão tomou conta das redes sociais. O Presidente teria dito (para mim, disse efetivamente) que "... entre os governadores paraiba, o pior é o do Maranhão. Tem que ter nada pra esse cara". Ao que me consta, não houve mortes causadas por esse furacão. No entanto, uma onda de revolta entre os adversários do Governo ocupou os espaços online.
Essa declaração "vazada" gerou, além da revolta nas redes sociais, uma carta aberta dos Governadores do Nordeste em desagravo a Flávio Dino, Governador do Maranhão. Cogita-se em algum documento também gestado em Assembléias da região. Alguém chegou mesmo a aventar a possibilidade de um processo de impeachment do Presidente.
Entendo que essa exploração pelos adversários é perfeitamente normal e faz parte do jogo político. O que não é normal são as sucessivas declarações de um Chefe do Poder Executivo, numa demonstração clara de incontinência verbal, criando ruídos interpessoais, intersetoriais e mesmo interregionais, absolutamente desnecessários. E não me refiro à declaração em análise, porque feita "ao pé do ouvido" de um dos seus Ministros, portanto que não deveria tornar-se pública. Remeto-me às declarações emitidas "de caso pensado" em situações anteriores. É muita energia e capital político gastos por questões menores, quando o que precisamos é todo o foco nas reformas urgentes clamadas pelo país.
Pessoalmente não me sinto humilhado pela declaração do Presidente. Não faço parte da falange do "quanto pior, melhor". Entendo que a declaração apenas substituiu o genérico. Mas com isso dificulta o andamento do Governo. Ministros como Guedes, Moro, Tarcisio, que já têm demonstrado quanto estão comprometidos com o melhor para o país, vêem suas tarefas dificultadas eventualmente.
Habitualmente não tenho indignação seletiva. O fato de considerar o Governador do Maranhão o pior dos "governadores paraibas" e que "tem que ter nada pra esse cara", não necessariamente configura um crime. Pode ser apenas uma opinião, desde que não descrimine o Estado. Estou certo, no entanto, que a República andaria melhor se o Chefe do Poder Executivo falasse menos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário