quarta-feira, 12 de novembro de 2025

O Ateísmo Militante e a Cegueira Política


Richard Dawkins é um renomado biólogo evolutivo e um dos mais destacados defensores do ateísmo científico. Tornou-se um dos pensadores mais influentes da ciência moderna e, como professor da Universidade de Oxford, dedicou-se à defesa da educação científica, do pensamento crítico e do combate ao criacionismo e ao chamado design inteligente, teorias que buscam introduzir explicações religiosas na biologia.

Dawkins costumava dizer que, mesmo que uma estátua de Nossa Senhora ganhasse vida e, dirigindo-se a ele, afirmasse “Dawkins, eu sou Maria, mãe de Jesus Cristo”, ele ainda assim não acreditaria em Deus.

Essa frase resume com perfeição o espírito inabalável de seu ceticismo: um tipo de fé no não crer, tão forte quanto a fé religiosa que ele tanto combate.

Fazendo um paralelo com o ateísmo militante de Dawkins, podemos traçar uma analogia com o “esquerdinha renitente”, aquele da chamada “esquerda comunista, marronzista e badernenta” (royalties para Odorico Paraguaçu).

Esse tipo de indivíduo, mesmo diante das evidências mais cristalinas, mantém-se cego pela devoção ideológica.

Se o próprio Lula, num momento de “sincericídio”, resolvesse dirigir-se aos seus seguidores e confessasse que sabia e aprovara o Mensalão, que foi o chefe do Petrolão, e que promoveu o aparelhamento político do Ministério da Previdência Social para facilitar o roubo do INSS em benefício de seu partido e de seus aliados, ainda assim esses militantes não acreditariam.

Buscariam uma explicação, uma justificativa qualquer, por mais estapafúrdia que fosse, para negar a culpa de seu líder.

Assim como Dawkins permaneceria fiel ao seu ceticismo mesmo diante de um milagre, o petista fiel permaneceria devoto mesmo diante do crime.

Assim é o petista: um crente invertido, que transforma a negação em dogma e a cegueira em convicção.

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