quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Um País Sem Rumo


"Os números são como as cartas, não mentem jamais!" Se olharmos com atenção para os indicadores econômicos, sociais e ambientais, vemos um retrato preocupante do Brasil em 2025. O governo atual parece caminhar na contramão de políticas eficazes, acumulando déficits, aumentando a dependência assistencial e afastando investimentos.

A Amazônia sofre com um ritmo de destruição alarmante. Em 2025, segundo o Imazon, a degradação atingiu 33.807 km², um salto de 482% em apenas dois anos. As queimadas e a exploração madeireira se intensificam sem a devida fiscalização, deixando o Brasil em posição desconfortável no cenário internacional e fragilizando a imagem do país.


A crise econômica se reflete na vida real. O Brasil chegou a 8 milhões de empresas inadimplentes em julho de 2025, segundo a Serasa Experian. São 1,6 milhão a mais do que em janeiro de 2023, recorde histórico. O cenário é agravado pelo aumento dos pedidos de recuperação judicial, que em 2024 alcançaram 2.273 casos, o maior número em 10 anos.


Enquanto isso, o Bolsa Família se torna a única fonte de renda para milhões. Em dez estados brasileiros há mais beneficiários do programa do que empregos formais, como no Maranhão, onde a diferença passa de meio milhão de pessoas. Isso mostra uma economia incapaz de gerar oportunidades, sustentada artificialmente por transferências de renda.


O endividamento público é outro alerta. O Brasil gastou R$ 941,2 bilhões em juros da dívida apenas nos últimos 12 meses, consumindo recursos que poderiam estar em saúde, educação e infraestrutura. Ao mesmo tempo, as estatais federais fecharam 2025 com déficit de R$ 5,6 bilhões, enquanto as estaduais acumularam rombo de R$ 2,3 bilhões. É um retrocesso em relação aos superávits de anos anteriores.


Outro dado gritante é a posição do Brasil entre os países com as maiores taxas de juros reais do mundo: 9,51% ao ano, atrás apenas da Turquia. Juros tão altos sufocam empresas e famílias, alimentando a inadimplência. Não por acaso, os Estados Unidos anunciaram redução de investimentos diretos no Brasil, enfraquecendo ainda mais o setor produtivo.


Degradação ambiental, empresas quebrando, aumento da dependência social, dívida fora de controle, juros estrangulando a economia, fuga de capitais estrangeiros e um sistema político vulnerável à instabilidade institucional. Este é o retrato do Brasil atual.

Enquanto a população sente os efeitos no bolso e na qualidade de vida, o governo insiste em discursos triunfalistas que não resistem à realidade dos números. O país precisa urgentemente de reformas estruturais, seriedade fiscal e políticas de desenvolvimento sustentável. Sem isso, continuaremos a assistir a um Brasil cada vez mais pobre, desigual e desacreditado no cenário internacional.

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