Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Feliz ano novo!
Em 2024, já não há mais tempo, mas como seria bom que, logo no início de 2025, voltássemos a receber notícias de algumas figuras que marcaram episódios polêmicos. Entre elas, Ana "Missão Dada, Missão Cumprida" Priscila, cuja atuação ainda gera questionamentos, e o jovem que quebrou o relógio, cujo gesto simbolizou um dos principais momentos deste ano.
Seria interessante também saber do paradeiro do General G. Dias, personagem central do 8 de janeiro e que parece ter desaparecido do cenário público. Além disso, o jornalista Glenn Greenwald e seus famosos 6 gigabytes de mensagens trocadas entre assessores de ministros poderiam, finalmente, ter seu conteúdo plenamente revelado, trazendo mais luz à escuridão de alguns episódios.
Por último, como em um passe de mágica, seria ótimo que os vídeos do aeroporto de Roma e dos acontecimentos do 8 de janeiro surgissem no YouTube. Essas imagens poderiam oferecer um panorama mais claro sobre os eventos que ainda permanecem encobertos pela névoa de tantas dúvidas.
Feliz Ano Novo! Que 2025 traga mais transparência e respostas aos episódios que marcaram o país.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Contra fatos...
Saudades neh meu filho!! pic.twitter.com/2eQt2AKfvq
— Pavão Misterious 𝕏 🇧🇷 (@misteriouspavao) December 19, 2024
Da IstoE Dinheiro de 30/05/2024:
O índice da bolsa nacional é pior entre todos os mercados de valores do mundo. A cotação do real em relação ao dólar caiu significativamente, ao contrário das demais moedas latino-americanas. Aumentam as sobretaxas de juros que os investidores estrangeiros exigem para incluir os títulos brasileiros em seus portfólios. O risco Brasil está aumentando do ponto de vista dos mercados financeiros.
Então, qual é o motivo dessa discrepância entre a realidade econômica e a má vontade dos investidores para com o Brasil? Em termos simplificados, no momento o país não tem uma boa história para contar: não há perspectivas de um futuro luminoso que faça o coração dos investidores bater mais forte.
Pelo contrário: são muitos os indicadores de que o Brasil continuará morro abaixo, em direção à mediocridade pouco ambiciosa. Pois de onde poderão vir os lucros de produtividade necessários – descontado o setor do agronegócio e, talvez, o da mineração?
No panorama internacional, os brasileiros não têm grande relevância na inteligência artificial, ciência de dados, tecnologia de semicondutores, informática e nem nearshoring – isto é, a transferência das cadeias de agregação de valor para mais perto dos Estados ocidentais.
UOL? So acredito porque estou vendo... e ouvindo!
🚨URGENTE - Blogueira da UOL detona governo Lula e diz que “fake news” sobre o Galípolo teve ZERO efeito no preço do dólar!
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) December 19, 2024
“Que bobagem! Que estratégia diversionista do governo, eles tem mais o que fazer, sabe?” pic.twitter.com/mt8gJSCk9i
De RODRIGO CONSTANTINO na Gazeta do Povo - Investigar memes e “especulação”: só no Brasil mesmo!
"O dólar disparou rumo aos sete reais. Qualquer ser com QI acima de 90 e honestidade superior a do Lula sabe que a desvalorização da nossa moeda se deve a fatores estruturais e conjunturais, leia-se: uma dívida pública de quase dez trilhões de reais (foto estrutural) com um fluxo negativo crescente por conta do déficit fiscal (filme conjuntural). As falas do Lula geram ainda mais nervosismo, pois todos se dão conta de que o que está ruim vai piorar."
Tocando Lira
Já disse, memes com dólar 6,21 não dá certo!! pic.twitter.com/vqdKRwQMqT
— Pavão Misterious 𝕏 🇧🇷 (@misteriouspavao) December 18, 2024
A história nos conta que Nero tocava lira enquanto Roma era consumida pelas chamas em 64 d.C. A realidade de um certo país latino-americano traz um paralelo curioso. Nesse pais, o "incêndio" não é físico, mas fiscal: as contas públicas estão em desordem, a dívida cresce descontroladamente, e as perspectivas econômicas se tornam cada vez mais nebulosas. E temos um "tocador" de violao (muito mal, por sinal), que a tudo assiste sorridente.
Nesse pais, "Lira" não é tocada, ele toca e toca muito bem!! Essa sinfonia política a quatro mãos gera um incêndio fiscal que ameaça as gerações futuras. Assim, em um cenário que combina drama e ironia, o país vê-se envolvido em uma melodia que, ao invés de salvar, parece aumentar as chamas.
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
Videntes e a saúde de Lula
"There are more things in heaven and earth than are dreamt of in your philosophy" (William Shakespeare in Hamlet)
A história está repleta de relatos de videntes e profetas que alegaram prever eventos futuros ou possuir habilidades sobrenaturais. Esses indivíduos, muitas vezes controversos, deixaram sua marca em diferentes culturas e épocas. Alguns são realmente notáveis.
Um astrólogo e médico francês, Michel de Nostredamu (1503-1566), publicou uma série de profecias em seu livro Les Prophéties. Algumas de suas quadras poéticas, foram associadas a eventos como a Revolução Francesa, o surgimento de Hitler e os ataques às Torres Gêmeas no 11 de setembro.
O médium norte-americano Edgar Cayce (1877-1945) realizava leituras psíquicas enquanto estava em estado de transe. Previu a Segunda Guerra Mundial, mudanças geográficas na Terra e avanços médicos.
Baba Vanga (1911–1996) foi uma mística búlgara cega que ganhou fama por suas previsões. Previu o colapso da União Soviética, o ataque de 11 de setembro e o Brexit.
Recentemente, ainda neste ano de 2024, três midiáticos videntes brasileiros fizeram surpreendentes previsões acerca da saúde do Presidente Lula. Independente de acreditar ou não nas coisas do além, desafio-o a assistir aos vídeos seguintes. Você há de concordar que são no mínimo intrigantes.
Chaline Grazik é conhecida como "A Vidente dos Famosos". Gerou polêmica nas redes sociais, em janeiro deste ano, com uma previsão preocupante sobre o futuro do Presidente Lula: "Ele vai ter alguma coisa referente à cabeça, que vai levar ele a exames e à hospitalização." (veja video — https://x.com/RoziSNews/status/1866544774469259584).
A vidente conhecida como Vó Bahiana (Anatercia Gonçalves) chamou atenção nas redes sociais ao compartilhar uma previsão que gerou impacto. Em um vídeo publicado em 10 de outubro último, ela afirma que "infelizmente, com muita dor no coração, eu falo com vocês que está chegando o desencarne de um Presidente ou ex-Presidente da República... E isso vai acontecer antes do final do ano." (Veja vídeo — https://www.instagram.com/p/DA8-rmSx77t/).
Para mim, a mais desafiadora previsão veio por parte de Carlinhos Vidente no Programa Chupim na rádio Metropolitana FM, no recente 3 de dezembro: "O Lula vai ser levado para o hospital a qualquer momento a noite ou de madrugada, no outro dia nós vamos ficar sabendo — 'o Lula foi pro hospital'. Dificilmente voltará e se voltar, volta completamente fora dele, fora de si." (Veja video — https://www.instagram.com/aarrudafilho_/reel/DDLj0tyt3Om/)
Escrevi este texto na madrugada do dia 11 de dezembro de 2024, em homenagem aos céticos por ser quase um deles. Mas guardando com atenção a frase que Hamlet dirige ao seu amigo e confidente Horácio, no clássico de Shakespeare: "Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia"
Atendendo a um imperativo da minha consciência, apelo aos companheiros do Facebook que não façam comentários depreciativos, nem desejando o mal ao Presidente. Se não por empatia ou educação, pelo menos por temor: cuidado na infalível Lei da Causa e Efeito!
segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
O direito à vida
O direito à vida, desde sua concepção inicial até sua forma moderna, evoluiu para se tornar um princípio universal, protegido por legislações nacionais e tratados internacionais. A proteção do direito à vida, em seu sentido mais estrito, refere-se ao direito do indivíduo de não ser privado de sua existência física de maneira arbitrária, mas a interpretação desse direito vai além da mera preservação da existência biológica, abrangendo o conceito de vida digna, fundamentado na dignidade da pessoa humana.
No Egito, na Mesopotâmia e em outras sociedades antigas, a vida humana era valorizada, mas sua proteção estava frequentemente subordinada à autoridade dos governantes ou dos deuses. O Código de Hamurabi (c. 1750 a.C.) trouxe uma das primeiras tentativas de regulamentar o valor da vida, impondo penas para quem a violasse.
Os filósofos gregos, como Sócrates, Platão e Aristóteles, discutiram o valor da vida humana, mas sob a perspectiva do bem comum e da ordem social. Em Roma, o direito romano trouxe avanços, como a criminalização de homicídios fora do contexto de guerras ou disputas legais.
Com a ascensão do cristianismo, transformou-se a visão sobre o direito à vida. A vida passou a ser considerada sagrada, um dom de Deus, e somente Ele teria o direito de tirá-la. O Renascimento trouxe um resgate do humanismo, destacando a importância da dignidade humana e o valor intrínseco da vida e o iluminismo estabeleceu que todos os seres humanos possuem direitos naturais, entre eles, o direito à vida.
A Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa consagraram a base jurídica moderna do direito à vida. A primeira, através da Declaração de Independência (1776) reconheceu o direito à vida como um dos "direitos inalienáveis" garantidos pela criação divina, enquanto que a segunda afirmou que todos os homens nascem livres e iguais em direitos, incluindo o direito à vida (Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão -1789). A criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) após a Segunda Guerra Mundial, estabelece em seu artigo 3º: "Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal."
Hoje, o direito à vida continua sendo debatido em múltiplos contextos, tais como acesso à saúde, segurança alimentar, combate à pobreza, um meio ambiente equilibrado etc, mas alguns países, ou melhor dizendo, umas poucas autoridades desses países, insistem em desconhecer esse direito milenar. Recentemente, em debate no Congresso Nacional, o Ministro — pasmem! — da Justiça do Brasil afirmou que "não há nenhum direito absoluto... nem o direito à vida".
Por que Sua Excelência faz essa afirmativa quando se sabe que o direito à vida é um dos mais importantes direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal de 1988? Previsto no artigo 5º, ele se apresenta como uma cláusula pétrea, ou seja, uma garantia inalterável, que não pode ser abolida sequer por emendas constitucionais.
Deus salve o Brasil!
domingo, 8 de dezembro de 2024
"A água bateu na bunda"
A expressão popular "a água bateu na bunda" descreve uma situação de urgência iminente de ação, em que a realidade impõe uma resposta rápida e inadiável.
Durante as eleições de 2022, a grande mídia brasileira, tradicionalmente vista como imparcial ou moderada em seus editoriais, adotou um tom marcadamente crítico ao então presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro. O Estado de S. Paulo e a Folha de S.Paulo, dois dos principais jornais do país, publicaram editoriais que explicitamente favoreciam a alternância de poder, criticando Bolsonaro e suas políticas.
Em outubro de 2022, o Estadão publicou o Editorial "Bolsonaro Contra a Democracia", criticando duramente as tentativas do presidente Bolsonaro de questionar o sistema eleitoral, classificando essas iniciativas como ataques à democracia. A busca por maior transparência nas eleições foi interpretada como um esforço para minar a legitimidade do processo democrático. Publicado em setembro de 2022, o editorial da Folha "Eleição de 2022" apontou riscos autoritários no governo Bolsonaro e defendeu a alternância de poder como essencial para a saúde da democracia brasileira. O texto também denunciou o que considerou "ataques às instituições democráticas" pelo então presidente.
No entanto, o cenário mudou. A postura das mesmas instituições midiáticas em relação ao atual governo de Lula e ao STF sugere que, para elas, "a água começou a bater na bunda". Recentemente, o Diretor-Geral da Polícia Federal convocou uma entrevista coletiva e deliberadamente excluiu a Folha de S.Paulo, recusando-se a explicar o motivo. Por outro lado, o Estadão tem publicado editoriais críticos à gestão fiscal do governo Lula e à estreita colaboração entre o Executivo e o STF, um "consórcio" que, segundo o jornal, compromete o equilíbrio institucional.
O STF consolidou um papel expansivo e ativo na política nacional. Os ministros têm tomado decisões que extrapolam sua função original de guardião da Constituição. Essa mudança de postura é amplamente respaldada por um discurso de que a democracia precisa ser protegida a qualquer custo — mesmo que isso signifique agir fora das balizas constitucionais.
Essa atuação gerou questionamentos sobre o equilíbrio entre os Poderes. Contudo, qualquer tentativa de controle externo sobre o STF, como um processo de impeachment contra um de seus ministros, parece improvável. O "esprit de corps" e o medo do efeito dominó — a queda de um ministro podendo levar à queda de outros — blindam a Corte de qualquer responsabilização mais severa.
A expressão "a água bateu na bunda" ilustra bem o dilema enfrentado por essas instituições. Enquanto a grande mídia agora tenta criticar os excessos do governo Lula e do STF, seu papel nas eleições de 2022 pode ter contribuído para o fortalecimento dessas mesmas dinâmicas que hoje denuncia. Por outro lado, o STF, ao se empolgar com sua missão de "recivilizar o país", corre o risco de se afastar de seu papel constitucional, alimentando percepções de abuso de poder.
Nesse cenário, o Brasil permanece em uma encruzilhada institucional. A mídia busca redefinir sua postura, o STF insiste em expandir suas atribuições, e o equilíbrio entre os Poderes segue ameaçado. Deus se apiade do Brasil, porque o caminho da redenção institucional parece cada vez mais distante.
sábado, 7 de dezembro de 2024
Trump vem aí!
A relação entre líderes estrangeiros e Donald Trump ilustra a linha tênue entre pragmatismo diplomático e hipocrisia política. Durante seu primeiro mandato como presidente, Trump foi amplamente criticado por líderes globais por suas políticas protecionistas, abordagem unilateral em questões planetárias e postura desafiadora. Agora, após ser reeleito presidente, muitos desses mesmos líderes parecem mudar de tom, buscando reaproximação e cortesias públicas, como sua participação como convidado de honra na reabertura da Catedral de Notre Dame. Essa transformação reflete os dilemas que moldam a política internacional.
Independentemente de quem ocupa a Casa Branca, os Estados Unidos continuam sendo a maior potência econômica e militar do mundo. Manter boas relações com o presidente americano é essencial para a estabilidade das alianças globais e interesses nacionais.
Emmanuel Macron, presidente da França, que ironizou Trump durante seu primeiro mandato, agora o recebe como convidado de honra na reabertura de Notre Dame. Este gesto simboliza a importância de garantir uma relação sólida com os EUA em questões estratégicas, como segurança europeia e comércio.
Trump vem com uma Força Incontornável. Sua base de apoio doméstica e influência global fazem dele uma figura com a qual líderes estrangeiros não podem se dar ao luxo de romper. O pragmatismo dita que, ao invés de antagonizar Trump, é mais útil manter portas abertas.
Convidar Trump para eventos como a reabertura de Notre Dame pode ser uma forma de neutralizar tensões passadas e criar um espaço para diálogos futuros. Durante seu primeiro mandato, Trump foi alvo de críticas severas por seu ceticismo em relação às mudanças climáticas, isolacionismo e postura agressiva em fóruns internacionais. A mudança para o cortejo pode parecer oportunista e incoerente.
Macron, que liderou esforços para contrapor Trump no Acordo de Paris, agora o recebe com honrarias. Isso pode ser visto como um abandono de seus princípios ambientais em troca de conveniências diplomáticas. Líderes que condenaram abertamente Trump por questões de direitos humanos ou pela fragilização de alianças históricas, como a OTAN, agora buscam aproximação sem reconhecer explicitamente essas contradições.
A Alemanha, que foi alvo de críticas pesadas de Trump por sua política energética e contribuição à OTAN, pode buscar um relacionamento mais pragmático, apesar das tensões passadas. Para muitos eleitores e observadores globais, a mudança de postura parece motivada mais pela conveniência do que por qualquer tipo de reconciliação genuína.
Do ponto de vista ético, a postura desses líderes pode ser percebida como hipocrisia, um abandono de princípios declarados em favor de interesses momentâneos. Isso é particularmente relevante quando se considera que muitos líderes criticaram Trump não apenas por discordâncias políticas, mas como uma figura que representava, em suas visões, uma ameaça aos valores democráticos e ao multilateralismo.
A reaproximação com Trump após sua reeleição é um reflexo clássico das complexidades da política internacional. Seja por pragmatismo ou hipocrisia, os líderes estrangeiros estão ajustando suas posturas para se adaptar a uma nova realidade política em que Trump mais uma vez detém a posição mais poderosa do mundo. O convite à reabertura de Notre Dame, um evento emblemático e carregado de simbolismo, conduz perfeitamente a esse dilema: uma mistura de interesses estratégicos e concessões diplomáticas que, dependendo da lente, pode ser interpretada como visão prática ou incoerência moral.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
Do Livro "Gangsters do Governo" à Liderança do FBI: Quem é Kash Patel?
Kashyap "Kash" Patel, advogado americano e ex-promotor federal, é um nome de peso na política americana, especialmente entre os círculos republicanos. Com uma trajetória marcante que inclui posições-chave na administração Trump, Patel agora se prepara para um novo desafio: liderar o FBI. O anúncio de sua indicação pelo presidente eleito Donald Trump para o cargo de Diretor Geral do FBI promete mudanças radicais na condução da agência.
Patel tem um histórico impressionante de atuação no governo. Durante a primeira administração Trump, foi Chefe de Gabinete do Secretário de Defesa dos EUA, funcionário do Conselho de Segurança Nacional e conselheiro sênior do Diretor Interino de Inteligência Nacional. Ele também trabalhou como assessor sênior do congressista Devin Nunes, onde desempenhou um papel central nas investigações sobre a interferência russa nas eleições de 2016, defendendo Trump de acusações de conluio.
Membro fiel do Partido Republicano, Patel é conhecido por seu alinhamento feroz com as políticas do ex-presidente Trump e por suas críticas contundentes ao chamado "estado profundo" — uma suposta máquina burocrática não eleita que, segundo ele, busca minar os interesses do governo republicano. Em declarações polêmicas, também chamou a mídia de "o inimigo mais poderoso que os Estados Unidos já viram".
Além de sua carreira no governo, Patel é autor do livro "Gangsters do Governo", no qual expõe sua visão crítica sobre o FBI e o Departamento de Justiça. Segundo ele, essas instituições se tornaram "uma ameaça ao povo" devido ao abuso de poder com motivações políticas. Patel defende uma "limpeza abrangente" nessas organizações, removendo funcionários que, em sua visão, comprometeram sua imparcialidade.
A indicação de Patel vem em um momento crítico para o FBI, que atua como a principal agência de investigação criminal federal e contrainteligência doméstica nos Estados Unidos. Com jurisdição em todo o país, o FBI investiga crimes federais, terrorismo e espionagem, colaborando com outras forças de segurança locais e internacionais. O cargo de diretor da agência, que exige indicação presidencial e confirmação pelo Senado, tem um mandato de 10 anos, simbolizando a necessidade de estabilidade e independência institucional.
Segundo Trump, a prioridade de Patel será enfrentar o aumento da criminalidade, combater a imigração ilegal, o tráfico de drogas e o tráfico de pessoas. Tais desafios demandam uma abordagem robusta e inovadora, e espera-se que sua liderança marque uma guinada significativa na direção da agência.
A indicação de Patel gerou reações diversas. Seus apoiadores acreditam que sua liderança trará uma transformação necessária para enfrentar as críticas que o FBI tem enfrentado nos últimos anos. Por outro lado, opositores temem que sua visão crítica sobre o "estado profundo" e a mídia possa comprometer a imparcialidade da agência.
Para muitos, "tempos de chuvas e trovoadas" estão à frente, como afirmam analistas políticos. A nomeação de Patel é vista como uma declaração de guerra contra o establishment e pode redefinir o papel do FBI nas próximas décadas.
Kash Patel está prestes a assumir um dos postos mais importantes e desafiadores da segurança nacional americana. Seu histórico, convicções e visão crítica das instituições prometem um período de mudanças significativas no FBI. Se essas mudanças representarão progresso ou divisão, apenas o tempo dirá. Uma coisa, porém, é certa: a liderança de Patel não passará despercebida.
O Perdão do Presidente Biden para seu filho Robert Hunter
Lembram do Perdão que o Presidente Bolsonaro concedeu ao Deputado Daniel Silveira, usando o artigo 734 do Código de Processo Penal, segundo o qual o presidente da República pode conceder espontaneamente a chamada "Graça Constitucional"? Nunca o STF havia anulado o uso desse dispositivo integrado ao arcabouço jurídico do país, fazendo-o apenas contra o Presidente Bolsonaro. Pois bem, na Constituição dos Estados Unidos existe dispositivo semelhante e o Presidente Biden, usando de sua prerrogativa, concedeu a "Graça Presidencial" ao seu filho já condenado em dois processos, por crimes diversos em tribunais diferentes. Duvido que a Suprema Corte daquele país anule a decisão do Presidente americano. Veja o teor abaixo:
Subvenção Executiva de Clemência Joseph R. Biden, Jr.
Presidente dos Estados Unidos da América
A todos a quem esta mensagem chega, Saudações:
Saiba que neste dia, eu, Joseph R. Biden Jr., Presidente dos Estados Unidos, de acordo com meus poderes nos termos do Artigo II, Seção 2, Cláusula 1, da Constituição, concedi a
ROBERT HUNTER BIDEN
Um perdão total e incondicional
Para crimes contra os Estados Unidos que você cometeu ou possa ter cometido ou dos quais participou durante o período de 1º de janeiro de 2014 a 1º de dezembro de 2024, incluindo, mas não se limitando a, todos os crimes acusados ou processados (incluindo aqueles que resultaram em condenações ) pelo Procurador Especial David C. Weiss no Processo No. 1:23-cr-00061-MN no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito de Delaware e Súmula nº 2:23-CR-00599-MCS-1 no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Central da Califórnia.
EM TESTEMUNHO DO QUE, assinei este documento e ordenei que o perdão fosse registrado no Departamento de Justiça.
Feito na cidade de Washington, no dia 1º de dezembro do ano de Nosso Senhor Dois Mil Vinte e Quatro e da Independência dos Estados Unidos Duzentos e Quarenta e Nove.
domingo, 1 de dezembro de 2024
"Zuruó"
Com o controle remoto da TV zapeando descompromissadamente em dia de ócio, ao passar por um determinado canal aberto ouvi uma palavra que há uns bons 50 anos eu não ouvia. Você sabe o que significa "zuruó"?
A palavra "zuruó" é um exemplo fascinante de como os regionalismos enriquecem a língua portuguesa. Seu uso tem se tornado raro e está mais associado a determinadas regiões, como o Nordeste.
Em Várzea Alegre nos anos 1960, o termo era amplamente reconhecido e utilizado para descrever uma pessoa que se encontra momentaneamente atordoada ou desnorteada. Alguém que acabou de acordar ainda grogue, com os pensamentos embaralhados e os movimentos meio desajeitados. É exatamente esse estado que o "zuruó" capturava com perfeição.
Embora a palavra não esteja em dicionários amplamente reconhecidos, carrega um forte valor cultural e histórico. Encerra consigo um mundo de memórias, afetos, narrativas e fragmento de um tempo que evoca uma profunda sensação de nostalgia.
Assinar:
Postagens (Atom)