Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
sexta-feira, 9 de setembro de 2022
Acusaram o golpe!
"Na peça central do livro, 'intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945)', o sociólogo Sergio Miceli examina as estratégias de sobrevivência de vários escritores consagrados. Especialmente delicado é o problema da cooptação de intelectuais pelo Estado Novo. Quando o trabalho foi publicado pela primeira vez, em 1979, o poeta Carlos Drummond de Andrade acusou o golpe. Drummond, ocupou cargo de confiança no Ministério da Educação no governo Vargas."
Pesquei da Tribuna da Bahia: "...esta breve manifestação poderia ser substituído por outras expressões da nossa rica linguagem coloquial, como 'passou recibo', 'mordeu a isca' ou 'vestiu a carapuça' (De Inaldo da Paixão)."
Pois bem: ontem o Brasil comemorou nas ruas 200 anos de independência. Desde sempre, o Dia da Independência é comemorado com um grande desfile das Forças Armadas, coordenado pelo seu Comandante em Chefe, o Presidente da República.
O bi-centenário da Independência foi uma festa popular jamais vista. Milhões de pessoas foram às ruas em todo o território nacional, trajando as cores do país e portando a nossa bandeira. Como estamos às vésperas de uma eleição para escolha do Presidente da República, quadriênio 2023 a 2026, é natural que esse processo estivesse presente. E inquestionavelmente, porque convocado pelo Presidente, o evento está sendo analisado como uma expressiva vitória e uma definitiva reafirmação da grande liderança de Bolsonaro.
De fato o dia 7 de setembro de 2022, pelo seu gigantismo, configurou uma humilhação para a oposição. Comentários de políticos e seus porta-vozes da mídia sobre a celebração desse feriado nacional, percorrem desde a piada mais infame até análises sérias, passando por opiniões de um primarismo risível, de uma desonestidade intelectual deplorável.
“Ao invés de discutir os problemas do Brasil, tentar falar para o povo brasileiro como ele vai resolver o problema da educação, da saúde, do desemprego, do arrocho do salário mínimo, ele tenta falar de campanha política e tenta me atacar”, disse Lula.
“Apropriação indébita do Bicentenário da Independência do Brasil por Bolsonaro. Ele roubou do povo a comemoração para fazer sua campanha. Apequenou o 7 de setembro”, disse pelo Twitter a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
O ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT), um dos coordenadores da campanha de Lula, afirmou: “O jeito pequeno, miúdo mesmo, de tratar os 200 anos da Independência do Brasil, tirando proveito para campanha eleitoral, de forma criminosa e ilegal, mostrou um presidente despreparado para o cargo."
Da jornalista Maria Cristina Fernandes, do Valor Econômico: “No dia em que o ‘imbrochável’ transforma o bicentenário da independência numa ode à vergonha nacional, nunca é demais relembrar Simone de Beauvoir: ‘Ninguém é mais arrogante, violento, agressivo e desdenhoso contra as mulheres, que um homem inseguro de sua própria virilidade'”.
Do jornalista Bernardo Mello Franco, de O Globo: “Momento Zorra Total no comício da Esplanada. Bolsonaro beija a primeira-dama e inicia um coro para si mesmo: ‘Imbrochável! Imbrochável! Imbrochável!’.”
Da jornalista Vera Magalhães: "Mensagem do presidente da República do Brasil no Bicentenário da Independência: 'Imbrochável, imbrochável, imbrochável'. E isso vai para os livros de História. Que vergonha."
De Andréia Sadi de O Globo: "Já deu Auxílio, aprovou Pec Kamikaze...Não tem fato novo na reta final. Ele precisava de uma demonstração de apoio popular..."
Gerson Camarotti destaca que uma "apropriação eleitoral" do Bicentenário da Independência está tendo reflexo em todas as campanhas dos Presidenciáveis.
Valdo Cruz afirmou que "...a fala de Bolsonaro manteve o tom preconceituoso e conservador, tentando passar a imagem de que a eleição é uma guerra do bem contra o mal."
"É um vexame internacional", analisa Octavio Guedes. "Será que não tinha nada para falar, em 200 anos de Independência, que exaltar seu próprio pênis. É algo muito grotesco. Não é um discurso normal. É grotesco".
Miriam Leitão disse sentir “tristeza no peito” após assistir ao “espetáculo deplorável” encenado por Jair Bolsonaro ao longo do feriado da Independência. "A Constituição do Brasil não se preparou para um presidente tão desrespeitoso da lei e de seu papel".
“E o país não precisa se preocupar – se é que muita gente com isso se preocupou – com a irrigação sanguínea do pênis de Bolsonaro. Ela está plenamente normal e satisfatória, ele assegurou”, disse William Waack.
Finalmente, a verdade é que a oposição política e a mídia amestrada acusaram o golpe. Eu prefiro ficar com a expressão de uma apresentadora da própria Rede Globo, em ocasião diversa: "O choro é livre!".
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