domingo, 4 de setembro de 2022

A ressaca do almoço do sábado!




Ao acordar da "siesta" neste sábado, fruto de umas cervejas a mais no Restaurante "O Paulinho da Maraponga" (agora sob a competente administração do conterrâneo "O Bom Bibi"), confesso que a intenção era escrever sobre o desastrado, insano, ilegítimo e violento Governo de Daniel Ortega na Nicarágua. Afinal, não é comum ter-se um Governo no continente americano que para reeleger-se (quarto mandato consecutivo de cinco anos, com sua esposa como vice), prendeu sete potenciais adversários para que não disputassem a eleição. Mais grave ainda, após assumir a chefia do Executivo do país, impediu a impressão e circulação de tradicionais jornais; fechou onze emissoras de rádio e quatro estações de televisão; permitiu mais de 190 ataques contra a igreja católica, seus padres e bispos, todos eles elaborados pelo Governo Ortega; prendeu empresários, expulsou religiosas e proibiu peregrinação e procissão cristãs. Voltaremos ao assunto oportunamente. Enquanto isso, leia o artigo "Uma amada esposa", publicado em 10 de novembro de 2021 - https://nilosergiobezerra.blogspot.com/2022/09/a-ressaca-do-almoco-do-sabado.html

Na verdade, mudei de ideia sobre o objeto do artigo quando abri alguns portais de notícias e todos traziam manchetes muito semelhantes sobre a busca e apreensão ordenada pelo TRE do Paraná na casa do candidato ao Senado, Sérgio Moro. O episódio, mais do que conspícuo foi espalhafatoso, podendo criar há pouco menos de um mês da eleição, narrativas para prejudicar a candidatura do Dr. Moro. Evidente que busquei detalhadamente as razões para tão grave determinação. A denúncia do PT seria por desvio de recursos públicos, quem sabe sobre propina recebida e escondida em casa em dinheiro em espécie, não em “moeda corrente nacional” ou algo assim... Talvez por ter o ex-Ministro armazenado prova de formação de quadrilha.

Pasmem! A cinematográfica busca e apreensão na casa do candidato ao Senado pelo União Brasil no Paraná, foi autorizada porque no seu "santinho" de campanha, as letras dos nomes dos seus suplentes tinham alguns milímetros a menos do que o determinado em Lei. A defesa do candidato informa que "a alegação é mentirosa. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão.”

É estranho que a busca haja sido feita no apartamento do candidato e não em seu comitê ou escritório político. Ali nada se apreendeu porque nada existia. Além da apreensão do material impresso, a juíza ainda determinou a exclusão de diversas publicações no Facebook, Instagram, YouTube, Twitter etc.

O artigo 36 da lei eleitoral diz que na propaganda dos candidatos a cargo majoritário "deverão constar, também, os nomes dos candidatos a vice ou a suplentes de senador, de modo claro e legível, em tamanho não inferior a 30% (trinta por cento) do nome do titular." Imaginemos, apenas por amor ao debate, que o material de campanha do Dr. Moro esteja fora dos padrões exigidos no citado artigo 36 da lei eleitoral. Um simples ofício ao Partido, ou mesmo ao candidato exigindo a retirada da publicidade das redes sociais e a substituição do seu material impresso seria suficiente. Mas o esgoto político não se satisfaz com o suficiente. Há que haver uma espetacularização para prejudicar o candidato.

A ridícula determinação judicial, provocou em Sérgio Moro uma reação instantânea e contundente:

- "Hoje, o PT mostrou a 'democracia' que pretende instaurar no país, promovendo uma diligência abusiva em minha residência e sensacionalismo na divulgação da matéria. O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido".
- “O que se discute nessa eleição não é o tamanho do santinho do Moro, mas sim o tamanho da corrupção do PT".
- "Nada comparável aos bilhões de reais roubados durante os Governos do PT e do Lula. Não me intimidarão, mas repudio a tentativa grotesca de me difamar e de intimidar minha família".

Preparem-se, brasileiros e brasileiras. Pelo menos nos próximos 30 dias ainda veremos cenas que agridem o senso comum e desafiam a nossa inteligência. Paciência, estamos no Brasil!

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