Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
domingo, 23 de janeiro de 2022
Amnésia coletiva?
Hoje, 23/01/2022, o jornal O Estado de São Paulo emite editorial de opinião sob o título "O mal que Lula faz à democracia". "As sondagens de intenção de voto mostram que parte do eleitorado está se esquecendo de quem é Lula. Convém recordar o que o PT fez em sua passagem pelo poder. Considerando tudo o que o PT fez e deixou de fazer ao longo de seus 40 anos de existência – especialmente no período em que Lula e Dilma estiveram no Planalto –, uma nova candidatura petista à Presidência da República não deveria suscitar entusiasmo na população."
Ora, o ciclo dos governos do PT resume-se a 4880 dias de escândalos e corrupção e muitos bilhões de dinheiro desviados do bolso dos brasileiros para enriquecimento pessoal e a perpetuação de um projeto de poder. Apesar de pairarem suspeitas sobre algumas das pesquisas divulgadas ultimamente, há que se considerar que parte da sociedade brasileira ainda pretende votar no candidato do PT. O Partido, ajudado pela militância que aparelhou as redações da grande mídia e pelos blogs amestrados movidos a "ardor cívico" ($), soube desde o primeiro momento estabelecer um consenso argumentativo para tentar neutralizar as exaustivamente comprovadas acusações contra o PT e o ex-Presidente ("o PT não inventou a corrupção e Lula foi condenado sem provas"). Repetido milhões de vezes, o argumento finda por criar dúvida e arrefecer a censura aos comprovados "mal feitos" (outro eufemismo criado com o mesmo objetivo) cometidos pelo Partido e suas lideranças.
Ainda na mesma linha de raciocínio, desde o anúncio da eventual candidatura do ex-Ministro Sérgio Moro, toda a força bolsonarista nas redes sociais tem trabalhado para desacreditar o Dr. Moro. Difícil fazê-lo sem que para isso beneficie de alguma forma o ultra-adversário Lula da Silva. Mesmo a divulgação de uma pouco provável proposta ao Presidente ("você me indica para o STF e depois troca o Superintendente da PF") não atingiu o objetivo esperado pelos estrategistas presidenciais, mas forneceu munição para a candidatura petista.
Unindo-se a persistência da militância petista com a "ajuda" proporcionada pelo recente empenho dos bolsonaristas, é razoável que se reconheça que um percentual de brasileiros ainda aceitem uma candidatura do PT. Não creio, no entanto em um esquecimento coletivo. E por isso mesmo, não acredito na candidatura do Sr. Lula da Silva.
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