quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

O que os Dólares Sombrios da USAID Fizeram ao Brasil


A "Quadrant" é uma revista literária, cultural e política australiana, fundada em 1956 por Richard Krygier e James McAuley. Com sede em Sydney,  publica edições impressas e online. Ao longo dos anos, "Quadrant" destacou-se por seus comentários, ensaios e opiniões sobre questões culturais, políticas e históricas, além de incluir resenhas literárias, poesias e ficções. 

O que os Dólares Sombrios da USAID Fizeram ao Brasil
AUGUSTO ZIMMERMANN (07 de fevereiro de 2025)
Se você tem interesse em ler o artigo original em inglês, acesse o link ===> https://quadrant.org.au/news-opinions/world/what-usaids-dark-dollars-did-to-brazil/


O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, comumente conhecido como Lula, é um político de extrema-esquerda que serviu como 35º presidente do Brasil de 2003 a 2010. Seu governo é notoriamente responsável pelo enfraquecimento severo dos direitos humanos fundamentais no Brasil, especialmente a liberdade de expressão e os direitos de propriedade. Curiosamente, porém, houve um elemento externo decisivo na reeleição desse político de extrema-esquerda.

Em julho de 2021, o então presidente dos EUA, Joe Biden, enviou o diretor da CIA, William Burns, ao Brasil para se encontrar com altos funcionários. Durante a reunião, Burns alertou o presidente Jair Bolsonaro para "parar de lançar dúvidas sobre o processo eleitoral [eletrônico] do seu país". Um mês depois, o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, também visitou o Brasil para emitir um aviso semelhante: não ouse sequer questionar a confiabilidade do sistema de votação eletrônica. Em junho de 2022, em uma reunião da Cúpula das Américas em Los Angeles, o governo Biden repetiu o mesmo aviso: os EUA não tolerariam que alguém questionasse a confiabilidade das urnas eletrônicas.

Essas mensagens ameaçadoras antes da eleição equivaleram a um aviso de graves consequências caso alguém no Brasil contestasse a transparência das urnas eletrônicas. Em 28 de setembro de 2022, o Senado dos EUA aprovou uma resolução ameaçando suspender as relações EUA-Brasil caso houvesse qualquer questionamento sobre a segurança do sistema de votação eletrônica, "caso contrário, os EUA deveriam considerar suas relações com o governo brasileiro e suspender programas de cooperação, incluindo na área militar".

Como relatado pelo Revolver, a administração Biden montou uma campanha sustentada de pressão sobre os militares brasileiros, que começou em 2021. O esforço envolveu advertências públicas explícitas de senadores dos EUA sobre não respeitar os resultados eleitorais, bem como conversas secretas para deixar claro que uma ruptura democrática isolaria o Brasil no cenário internacional e levaria a um rebaixamento da cooperação em segurança com os EUA, altamente valorizada pelo establishment militar brasileiro.

A campanha envolveu a Casa Branca, o Departamento de Estado, a CIA, o Senado e, notavelmente, o Pentágono. O Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, foi designado como emissário-chefe de Biden para os generais brasileiros, pois era visto como um interlocutor mais crível.

Isso ajuda a explicar por que, após poucos meios de comunicação anunciarem a eleição presidencial brasileira em 30 de outubro de 2022, a administração Biden rapidamente organizou um forte apoio internacional a Lula. Em uma declaração oficial, Biden afirmou que Lula havia vencido "após eleições livres, justas e críveis". Pouco depois, o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak também lançaram declarações semelhantes.

Milhões de brasileiros protestaram contra a suposta vitória de Lula. Esse movimento de base espontâneo não tem um líder nacional definido e é motivado por uma forte e razoável crença de que a eleição presidencial sofreu fraude em grande escala. Macron reagiu aos protestos declarando que Lula pode contar com o "apoio inabalável" da França.

Por que esses líderes, especialmente os EUA, tentariam impedir qualquer questionamento sobre a validade das urnas eletrônicas no Brasil? O comentarista político Gamaliel Isaac sugere que talvez Biden temesse que a descoberta de fraudes na eleição brasileira pudesse levar ao questionamento da integridade das eleições americanas.

Agora, descobriu-se que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) esteve diretamente envolvida na devolução do Brasil ao marxismo. A USAID ajudou a derrubar Bolsonaro e garantir a vitória de Lula. O objetivo final era avançar uma agenda globalista de extrema-esquerda, tornando a administração Biden diretamente responsável por um golpe de Estado contra Bolsonaro.

A USAID é "uma agência independente do governo dos EUA responsável pela assistência estrangeira e ao desenvolvimento civil", com um orçamento superior a US$ 50 bilhões e operações em mais de 100 países. Contudo, na prática, a USAID é um fundo financiado pelos contribuintes americanos para espalhar influência globalista e propaganda "woke" ao redor do mundo. Segundo Mike Benz, ex-funcionário do Departamento de Estado, a USAID gastou dezenas de milhões de dólares para remover Bolsonaro do poder e acabar com a liberdade de expressão no Brasil.

A administração Biden financiou campanhas para aprovar leis contra "desinformação", impulsionou decisões do TSE e controlou mensagens no WhatsApp e Telegram. Tudo isso foi parte de uma operação de censura para evitar a troca de ideias entre o movimento de Trump e o de Bolsonaro.

Agora está claro que o regime de Lula foi incentivado por líderes globalistas para transformar o Brasil em uma ditadura socialista. Como resultado, um político de extrema-esquerda condenado por corrupção pode agora concluir o trabalho de destruir a democracia brasileira, eliminando os direitos fundamentais do povo e consolidando um governo ilegítimo e opressor.

Augusto Zimmermann, PhD, LLM, LLB, CIArb, é ex-membro da Comissão de Reforma da Lei da Austrália Ocidental e ex-vice-diretor (pesquisa) da Faculdade de Direito da Universidade de Murdoch. Ele é também presidente e fundador da WALTA Legal Theory Association.

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