O ano era 1961, e os Estados Unidos, sob a liderança do recém-eleito presidente John F. Kennedy, viviam o auge da Guerra Fria. A União Soviética buscava expandir sua influência na América Latina, e Kennedy, em resposta, lançou uma série de programas de ajuda econômica e humanitária para conter o avanço comunista na região.USAID - A Máquina de
— Júlia Zanatta (@apropriajulia) February 7, 2025
Interferência
A USAID não é só uma agência de ajuda, mas um instrumento de controle global. Segundo Mike Benz, ela financiou a manipulação das eleições brasileiras em 2022:
💰 Milhões para ONGs alinhadas politicamente
🗣️ Leis contra “desinformação” para… pic.twitter.com/3cnzKZSwtm
Na esteira dessa preocupação, foi criada a USAID (United States Agency for International Development), agência responsável por coordenar e implementar os programas de ajuda econômica e humanitária dos EUA em países em desenvolvimento. Lançada em 1961, a Aliança para o Progresso visava promover reformas sociais e econômicas para reduzir a pobreza e a desigualdade.
Um dos programas mais emblemáticos dessa época foi o FISI (Food for International Social Improvement). O FISI consistia na distribuição de leite em pó, transportado em sacos de 50 kg. A distribuição era feita principalmente por paróquias, aproveitando sua capilaridade e a confiança que desfrutavam nas comunidades.
Outro programa de grande visibilidade foi o Peace Corps (Corpo da Paz), criado em 1961. O Peace Corps enviava jovens voluntários, muitos deles universitários, para países em desenvolvimento. Esses voluntários atuavam em áreas como educação, saúde, agricultura e desenvolvimento comunitário, ajudando a implementar projetos locais, Em cidades pequenas, como Várzea Alegre, no Ceará, a presença desses voluntários era um evento marcante. Em 1965/1966, a cidade recebeu os jovens Madaleine e Miguel. A barreira da língua era um desafio, mas a interação com esses estrangeiros representava uma janela para o mundo além das fronteiras da comunidade.
Esses programas foram gradualmente descontinuados na década de 1980, mas a USAID permaneceu ativa, adaptando-se aos interesses dos governos subsequentes. Durante o governo do presidente democrata Barack Obama, a agência concentrou seus esforços na implementação da Agenda 2030, um plano global criado pela ONU em 2015. Apesar de seus objetivos nobres, a Agenda 2030 enfrenta críticas significativas. Entre elas, a preocupação com a soberania nacional, já que a ONU pode influenciar políticas nacionais de forma excessiva, e a falta de recursos financeiros para implementar as metas. Além disso, os indicadores usados para medir o progresso são frequentemente considerados vagos ou difíceis de quantificar, o que dificulta a avaliação real do sucesso das iniciativas.
Recentemente, a USAID tem sido alvo de críticas e escândalos. Com a posse do governo republicano de Donald Trump, investigações revelaram supostos desvios de recursos e má utilização de fundos. Constatou-se que a agência mantinha cerca de 10.000 funcionários em todo o mundo e que uma parte significativa de seu orçamento era destinada a financiar uma rede de 6.200 jornalistas, 707 veículos de notícias e 279 organizações da sociedade civil em 30 países. Essas revelações levantaram questões sobre o verdadeiro foco da USAID, que, segundo Trump e sua equipe, teria se desviado de sua missão original. Nas palavras do presidente Trump, "a USAID pode ser o maior escândalo da história americana".
Em uma auditoria iniciada pelo DOGE - Departamento de Eficiência Governamental (leia-se Elon Musk) foram encontrados repasses de recursos para os fins mais heterodoxos, como US$ 2 milhões para Mudança de Sexo na Guatemala; US$ 47 mil para a encenação de uma Ópera Transgênero na Colômbia; US$ 32 mil para a publicação de História em Quadrinhos Trans no Peru; US$ 4,5 milhões para combater a "Desinformação" no Cazaquistão; US$ 20 milhões para montagem e apresentações de Show da Vila Sésamo no Iraque.
O pesquisador Mike Benz, ex-funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, denunciou influência política e interferência eleitoral da agência nas eleições presidenciais do Brasil, em 2022. A interferência teria sido ordenada durante o governo de Joe Biden. "Se a USAID não existisse, Bolsonaro ainda seria presidente e o Brasil ainda teria uma internet livre e aberta", afirmou.
O Procurador Geral dos Estados Unidos agradeceu ao Elon Musk e ao DOGE e declarou que vai perseguir e punir todos aqueles que receberam dinheiro através do USAID: “Nós os perseguiremos até os confins da Terra para responsabilizá-los”.
Tempos sombrios aproximam-se!
Teria a base de sustentação (U$) desses desmandos da esquerda operados por autoridades, inclusive, atingido o ápice da curva sigmoide e tendesse para o zero?
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