Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
domingo, 13 de dezembro de 2020
Suprema Corte rejeita ação judicial do Texas
A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou ontem um processo que tentou mais uma vez anular o resultado da última eleição presidencial.
Sob a inspiração de um inconformado Presidente Trump, o Texas e 17 outros Estados governados por republicanos, instruíram processo alegando fraude eleitoral em quatro Estados vencidos por Joe Biden. Foi mais um revés para as tentativas republicanas de transformar em vitória uma derrota de 306 votos contra 232 no Colégio Eleitoral e de mais de sete milhões no voto popular.
A queixa apresentada pelo Texas baseava-se na "ingênua" alegação de que tinha sido prejudicado pelo sistema de votação de alguns Estados. A Corte, em decisão curta e direta, considerou "falta de legitimidade", ignorando portanto a reclamação, uma vez que a legislação americana permite que cada Estado estabeleça seu sistema e realize suas próprias eleições.
Essa derrota republicana é tão mais importante quando se sabe que a Suprema Corte é formada por 6 Ministros conservadores, dos quais 3 foram nomeados por Trump, contra apenas 3 de perfil liberal.
Na última terça-feira, o Procurador-Geral do Texas, Ken Paxton, questionou quatro Estados em que Biden ganhou: Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin. Ele foi acompanhado por 17 outros Estados, todos vencidos por Trump. Paxton alegou que as mudanças que os quatro Estados fizeram nos procedimentos eleitorais por causa da pandemia, como estender o período do voto pelo correio, violaram a lei federal. Alegou também, sem provas, que as mudanças possibilitaram a ocorrência de fraudes eleitorais. Registre-se que o Procurador-Geral dos Estados Unidos, William Barr, afirmou recentemente que o Departamento de Justiça não encontrou nenhuma evidência de fraude eleitoral generalizada nas eleições deste ano.
O Presidente Trump alimentava a esperança de que a Suprema Corte seria uma espécie de "arma secreta" para ele. Logo depois de tomar conhecimento, divulgou mensagem no twitter dizendo que "a decisão foi uma vergonha legal e um constrangimento para os Estados Unidos".
A verdade é que a pronúncia da Suprema Corte nesse episódio, enterra definitivamente (no entender de alguns) as tentativas do Presidente Trump de questionar o resultado da recente eleição, testando os limites do sistema.
Amanhã, dia 14 de dezembro, o Colégio Eleitoral se reúne em todos os 50 estados e em Washington D.C. para votar, solidificando a vitória de Biden. Penúltimo ato de um processo eleitoral confuso e desgastante para a maior democracia do planeta.
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