segunda-feira, 24 de abril de 2023

Macron e a China




As declarações do presidente francês em sua recente visita à China, bem como sua “corte ao presidente chinês Xi Jinping”, provocaram indignação imediata em Washington e em grande parte do mundo ocidental.

A França está entre os principais “players” da União Europeia e ao defender que a região deveria evitar ser arrastada pelos Estados Unidos para uma disputa com a China, faz uma sinalização clara de fraqueza e fragmentação na Europa e a China usa isso a seu favor.

A exemplo de um certo presidente sul-americano, Macron tem muito a se preocupar com o seu próprio país. Criar polêmica na geopolítica do planeta é o que menos a França necessita no momento.

O país encontra-se diante de 17 dias contínuos de monumentais manifestações contra o Governo e sua atitude de ignorar o Parlamento, irritando os cidadãos franceses por usar poderes legislativos especiais para promover o aumento da idade de aposentadoria do contribuinte francês.

A par disso, uma pesquisa divulgada no início deste mês pelo canal francês de negócios BFM TV, mostrou que se houvesse uma eleição hoje entre Macron e sua arqui-adversária Marine Le Pen, o presidente perderia.

O índice de popularidade de Macron piorou (desmelhorou😂🤣) após as reformas previdenciárias. No final de março, quase 70% dos entrevistados desaprovavam o presidente, contra 61% no início do ano.

Enquanto isso, em um certo país situado abaixo da linha do equador, seu presidente aderiu à narrativa anti-ocidental e já saiu apregoando que “quer sair do dólar, que Taiwan é parte da China e que a guerra da Ucrânia é o que a Russia quer que seja.”

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