Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
sábado, 19 de fevereiro de 2022
O Navio da Viking Line
Eu já tinha tido experiências anteriores de cruzeiros marítimos, mas confesso que a viagem no navio da Viking Line (de Helsinque para Estocolmo) me fascinou. A embarcação tinha uns 6 restaurantes e provavelmente um número maior de bares. A minha cabine era uma das mais simples com uma cama de casal, um banheiro, algo que se aproximava de um armário para pendurar roupas e uma janela para o oceano. Tudo bem pequeno e funcional.
O embarque foi em torno das 17:00 horas. Evidente que em uma viagem de algo como umas 20 horas, não havia tempo para explorar uma embarcação de grande porte como aquela. Resolvi então estabelecer as minhas prioridades. Após acomodar a mala na cabine, vestir uma roupa que considerei elegante (usando o blazer que me acompanha há mais de 30 anos nas viagens internacionais), selecionei o barzinho com música ao vivo - voz e violão. Eu havia lido sobre uma bebida típica da Escandinávia - uma tal de Aquavit - assemelhada à cachaça brasileira ou à vodka. A bebida é servida muito gelada. Pedi uma dose e uma coca-cola e a impressão que eu tive é que a jovem garçonete não gostou que eu fizesse a mistura.
Enquanto estava no bar, descobri uma espécie de fôlder com as diversas atrações do navio. Entre elas um cassino com roletas e máquinas caça-niqueis e um salão de dança no deck superior. O cassino era "pobre" se comparado aos monumentais cassinos de Las Vegas. Uma passada rápida apenas para conhecer e jogar fora alguns trocados. Mas a noite foi gasta (ou investida?) mesmo no baile. Uma banda de boa qualidade tocando os mais diversos estilos de música, um surpreendentemente grande salão apoiado por um bar e contido por mesas e poltronas, e gente, muita gente em busca de divertimento. Não me restou outra alternativa senão "Volver a los diecisiete después de vivir un siglo" como na canção de Mercedes Sosa, regado ao inesquecível "cuba libre" feito com Rum Bacardi. Não me perguntem quantos bebi. Honestamente não saberia dizê-lo. Lembro apenas que me recolhi à cabine muito tarde da noite (melhor seria afirmar muito cedo da manhã?).
O resto da curta viagem todos podem imaginar: uma boa ressaca. Digno de registro apenas o café da manhã, seja pela diversidade, pela fartura e pela presença de salmão e champagne (que eu não bebi, naturalmente). Na minha cabeça de cearense de Várzea Alegre, não combinam peixe e bebida no café. A primeira alimentação do dia era para ser tapioca com manteiga, cuscuz com leite, pão com ovo e café, algo assim.
A hospedagem em Estocolmo, devidamente reservada pelo Booking, era o Sofo Hotel. Um hotel sem luxo, mas tudo muito limpo e agradável. Feito o procedimento de registro, almocei nos arredores e voltei para os aposentos - vamos descansar porque ninguém é de ferro!
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