Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
terça-feira, 26 de março de 2024
O Carnaval de Bolsonaro
O The New York Times, é o segundo maior jornal dos Estados Unidos com 329 mil exemplares impressos diariamente e está entre os dez maiores cujos websites são os mais visitados.
De acordo com a Convenção de Viena de 1961 sobre Relações Diplomáticas, as embaixadas e outros edifícios diplomáticos são considerados território do país estrangeiro que representa. Isso significa que a embaixada da Hungria em Brasília, por exemplo, é tecnicamente considerada território húngaro, sujeita às leis e à jurisdição da Hungria, e não do Brasil.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou duas noites na embaixada da Hungria em Brasília, dias após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal, em 8 de fevereiro de 2024, e ter seu passaporte retido pelas autoridades. O ex-Presidente brasileiro entrou na embaixada às 21h37 de 12 de fevereiro, segunda-feira de Carnaval, indo embora às 16h15 do dia 14, quarta-feira de cinzas.
O jornal norte-americano "The New York Times" teve acesso às imagens de 4 câmeras de segurança da embaixada húngara, divulgando diversas fotos e vídeos da circulação de Bolsonaro, seguranças que o acompanhavam, do embaixador anfitrião, empregados etc, no interior da embaixada.
A primeira pergunta e mais imediata que nos surge (o que Bolsonaro foi fazer na embaixada?), sua equipe de advogados já tratou de responder através de nota: "O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília para manter contatos com autoridades do país amigo". Procedente ou não, essa é a justificativa oficial.
É extremamente grave que a movimentação de uma embaixada seja espionada/gravada e apareça, como num passe de mágica, na mesa de trabalho do editor do segundo maior jornal de um terceiro país, o maior polo de poder do planeta.
Mas diversas outras perguntas pairam também no ar, sem se ter a menor noção do que aconteceu, por exemplo:
1 — Como o jornal americano teve acesso a essas imagens?
2 — A quem interessa vazar esses vídeos da embaixada como de resto o próprio episódio?
Independente do flagrante e nada discreto esforço do consórcio PT/STF/Mídia para prender o ex-Presidente, que vão da criação de narrativas ridículas (importunação de baleia) até sérias acusações como tentativa de Golpe de Estado, isso está me cheirando (ou fedendo?) a um grande complô da Esquerda internacional. Urge neutralizar uma das maiores lideranças da Direita mundial e que a cada dia mais se fortalece interna e externamente, haja vista as centenas de milhares de pessoas que recentemente, através de seu chamamento, ocuparam a principal avenida de uma das maiores cidades do mundo.
Talvez jamais se saiba o que realmente ocorreu, desde a real motivação da hospedagem até o eventual envolvimento do Governo norte-americano (país em processo eleitoral mais acirrado em andamento). O que se constata é que foi dado mais um passo em direção da possível prisão do ex-Presidente Jair Bolsonaro.
quarta-feira, 20 de março de 2024
Uma fábula moderna
Em tempos remotos, nas terras do imaginário país Bombril, onde as nuvens dançavam ao som de risadas e os rios cantavam canções antigas, havia um ditador implacável. Seu nome era Calvino Semprecareca, e sua sede de poder não conhecia limites. Calvino sonhava com uma nação submissa, onde sua vontade fosse a única lei.
Mas como impor sua vontade sem despertar suspeitas? Foi então que Calvino teve uma ideia brilhante. Ele coroou um rei, um homem tão medíocre e alcoólatra que mal conseguia lembrar seu próprio nome. O rei, chamado Nacho Noel, era um fantoche nas mãos de Calvino.
Calvino e Nacho montaram um espetáculo para o povo de Bombril. Eles ergueram um manto de democracia, com eleições e discursos inflamados. O povo aplaudia, acreditando que finalmente tinham voz. Mas nos bastidores, Calvino sussurrava ordens no ouvido de Nacho, que as repetia como um papagaio bêbado.
Os adversários políticos de Calvino eram os primeiros a sentir sua ira. Ele criava narrativas enviesadas, acusando-os de traição, conspiração e até mesmo de importunar baleias. Sim, você leu corretamente: importunar baleias. Calvino espalhava boatos de que seus oponentes importunavam as baleias em seus passeios matinais, falsificavam autenticidade de pergaminhos Imunológicos e tramavam contra o reino.
As acusações variavam das mais graves às mais absurdas. Alguns eram rotulados como golpistas, outros como perseguidores de baleias e outros ainda por falsidade ideológica. Os tribunais de Bombril, controlados por Calvino, condenavam esses adversários sem piedade. Alguns eram exilados, outros simplesmente presos com sentenças excessivas e irrazoáveis.
Mas o povo de Bombril não era tolo. Alguns começaram a questionar as histórias mirabolantes. “Como alguém pode importunar uma baleia?” perguntavam.
Um jovem chamado Yahir Bolzano decidiu contrapor-se ao Sistema. Ele vasculhou os arquivos secretos dos pergaminhos do palácio, estudou os hábitos das baleias, buscou informações sobre os que tramavam contra o reino etc. E o que ele descobriu foi surpreendente: não havia evidências de absolutamente nada. Era tudo uma farsa.
Yahir começou a percorrer todo o território de Bombril, reunindo o povo nas praças centrais. Ele revelou as mentiras de Calvino, mostrando que os adversários políticos eram inocentes. O povo revoltou-se. Nacho, o rei bêbado, foi deposto, e Calvino Semprecareca fugiu para as sombras. Bombril finalmente encontrou sua verdadeira voz, e a democracia floresceu.
E assim, nos anais da história de Bombril, ficou registrado que a busca pela verdade e a coragem de um jovem foram mais poderosos do que qualquer narrativa enviesada. E as baleias? Bem, elas continuaram a nadar, alheias aos jogos políticos dos humanos.
Aqui termina nossa fábula, com uma lição: nunca subestime o poder da verdade.
* ATENÇÃO: qualquer semelhança com personagens vivos ou mortos e situações aqui ou alhures, é mera coincidência. 🌟
sexta-feira, 15 de março de 2024
Não tem jeito!
Vai de reunião com Embaixadores, ao genocídio indígena, genocídio pela pandemia, desmatamento na Amazônia, incêndios na floresta, vazamento de dados de investigação sigilosa, declarações contra vacinas, interferência indevida na Polícia Federal, roubo de joias, difusão de fake news, charlatanismo no combate à pandemia, falsificação de cartão de vacinas, pedofilia "pintou um clima", misoginia, racismo, até a ridícula acusação de importunar uma baleia.
Como nada disso prosperou, porque sem fundamentos, tem que insistir com a minuta do golpe. E divulgar insistentemente na mídia "domesticada" para tornar a ideia vulgarizada e aceita, ou pelo menos ignorada pelo cidadão comum. Há que haver uma narrativa "embalada" em um processo judicial mais ou menos digerível e paciência para alcançar o objetivo final: a prisão de Bolsonaro!
Já o tornaram inelegível, mas descobriram que isto não foi suficiente. Quanto mais o perseguem, mais ele se move no país e arrasta multidões. E se de repente devolvem-lhe a elegibilidade, como já aconteceu com um ex e atual presidente que estava preso inclusive? Tem que prender, para dificultar ainda mais uma eventual volta sua. E se deixá-lo livre para ir a um palanque, por exemplo, de sua mulher Michelle? Ou do Governador Tarcísio? Ou quem sabe, de ambos? É uma temeridade!
Sabe minha opinião? Não tem jeito! O problema não é Bolsonaro. O cidadão comum, o brasileiro mais humilde, repentinamente descobriu-se interessado em política. Foi retirado o véu que encobria o dito "Sistema" e quanto mal ele pode fazer à sociedade brasileira, que tipo de "manipulação das leis e procedimentos legais como instrumento de combate e intimidação a um oponente, desrespeitando os procedimentos legais e dos direitos do indivíduo". Definitivamente, não tem mais jeito. Mais cedo ou mais tarde, tudo isso vai ruir como um castelo de cartas.
sexta-feira, 8 de março de 2024
Adaptando a coluna da IstoÉ
(Quer ler o texto original, acesse o link - https://istoe.com.br/nikolas-ferreira-na-educacao-e-simplesmente-abominavel/)
LULA DA SILVA, NA PRESIDÊNCIA, É SIMPLESMENTE ABOMINÁVEL
Algumas situações explicitam dramaticamente o tamanho de nossas misérias – sim, no plural, pois são muitas e variadas. A precariedade geral e, em alguns casos, a completa ausência de saneamento básico, por exemplo, corrobora os índices de mortalidade infantil, deficiência no aprendizado escolar e proliferação de doenças como a dengue.
No campo da criminalidade, a impunidade atirada nas fuças da sociedade, diuturnamente, via a falta ou o retardo de justiça, serve como estímulo para a perpetuação de assassinatos e corrupção, afinal, ou os crimes não são devidamente apurados, processados e resolvidos, ou simplesmente os processos se arrastam por décadas até a prescrição.
CADA VEZ PIOR
A política brasileira pode não ser a pior do planeta, mas certamente encontra-se nos piores lugares de qualquer ranking sério. Poucos governos (em todas as esferas e Poderes), mundo afora, são tão perversamente organizados em torno de si mesmo, às custas – e contra – a população que lhes sustenta como o Estado brasileiro.
O Brasil é pródigo em sempre encontrar um alçapão no fundo do poço. Por aqui, a máxima “nada está tão ruim que não possa piorar” é praticada à perfeição. A ascensão do ex-presidiário, Lula da Silva, para presidente, apenas corrobora o ditado e avaliza minha opinião.
CLEPTOCRACIA
Não bastasse a já comprovada (em três instâncias) culpabilidade criminosa deste senhor, bem como a ausência de quaisquer projetos ou realizações no campo da própria política, pesa contra o encantador de serpentes – travestido de presidente – seu comportamento costumeiramente baixo, grotesco e irresponsável.
Este senhor ataca, com relativa frequência, as mulheres, os religiosos e as democracias ocidentais. Ataca, também, nas horas vagas, os opositores às suas tão queridas ditaduras. Tudo o que se move em sentido diferente do seu, e nem precisa ser oposto, basta ser, digamos, oblíquo, torna-se alvo de suas ofensas, profundas como um pires raso, porém adornadas ao modelo TikTok.
ASSIM É O BRASIL
Presidente do Brasil por três mandatos – o que valida minha percepção sobre nossas misérias -, Lula jamais deveria ocupar uma posição que o permita influir no destino nacional. A depender deste sujeito, boa parte dos brasileiros serão excluídos das políticas públicas, com o seu persistente desejo de "extirpar" os adversários num revanchismo doentio.
Se é fato que o ex-condenado representa grande estrato da sociedade brasileira, e que seu partido ganhou a eleição para presidente em 2022 – o que lhe faculta a indicação dos ministros do governo -, é fato também que um mínimo de critério, decoro, racionalidade e responsabilidade deveria orientar escolhas tão desastrosas como as que ele fez.
ENCERRO
Cobrar tais atributos de uma legenda que abriga (nada mais, nada menos) que ele próprio, João Vaccari Neto, Delúbio Soares, Guido Mantega, João Paulo Cunha, José Genoino, e que tem como presidente Gleise Hoffmann e "guru" José Dirceu, é, eu sei, esperar que torresmo com coca-cola não aumente alguns centímetros de minha já roliça região abdominal. Mas, aqui, não cobro nada. Apenas chamo a atenção para o time de componentes.
Lula da Silva representa não apenas o que há de pior na política, mas o que há de pior no ser humano. Ao final do seu governo, podemos esperar ainda mais retrocesso em todas as áreas, corroborando com a tal miséria que citei no início deste texto. Como eu disse, o Brasil não encontra o fim do poço, nunca.
LULA DA SILVA, NA PRESIDÊNCIA, É SIMPLESMENTE ABOMINÁVEL
Algumas situações explicitam dramaticamente o tamanho de nossas misérias – sim, no plural, pois são muitas e variadas. A precariedade geral e, em alguns casos, a completa ausência de saneamento básico, por exemplo, corrobora os índices de mortalidade infantil, deficiência no aprendizado escolar e proliferação de doenças como a dengue.
No campo da criminalidade, a impunidade atirada nas fuças da sociedade, diuturnamente, via a falta ou o retardo de justiça, serve como estímulo para a perpetuação de assassinatos e corrupção, afinal, ou os crimes não são devidamente apurados, processados e resolvidos, ou simplesmente os processos se arrastam por décadas até a prescrição.
CADA VEZ PIOR
A política brasileira pode não ser a pior do planeta, mas certamente encontra-se nos piores lugares de qualquer ranking sério. Poucos governos (em todas as esferas e Poderes), mundo afora, são tão perversamente organizados em torno de si mesmo, às custas – e contra – a população que lhes sustenta como o Estado brasileiro.
O Brasil é pródigo em sempre encontrar um alçapão no fundo do poço. Por aqui, a máxima “nada está tão ruim que não possa piorar” é praticada à perfeição. A ascensão do ex-presidiário, Lula da Silva, para presidente, apenas corrobora o ditado e avaliza minha opinião.
CLEPTOCRACIA
Não bastasse a já comprovada (em três instâncias) culpabilidade criminosa deste senhor, bem como a ausência de quaisquer projetos ou realizações no campo da própria política, pesa contra o encantador de serpentes – travestido de presidente – seu comportamento costumeiramente baixo, grotesco e irresponsável.
Este senhor ataca, com relativa frequência, as mulheres, os religiosos e as democracias ocidentais. Ataca, também, nas horas vagas, os opositores às suas tão queridas ditaduras. Tudo o que se move em sentido diferente do seu, e nem precisa ser oposto, basta ser, digamos, oblíquo, torna-se alvo de suas ofensas, profundas como um pires raso, porém adornadas ao modelo TikTok.
ASSIM É O BRASIL
Presidente do Brasil por três mandatos – o que valida minha percepção sobre nossas misérias -, Lula jamais deveria ocupar uma posição que o permita influir no destino nacional. A depender deste sujeito, boa parte dos brasileiros serão excluídos das políticas públicas, com o seu persistente desejo de "extirpar" os adversários num revanchismo doentio.
Se é fato que o ex-condenado representa grande estrato da sociedade brasileira, e que seu partido ganhou a eleição para presidente em 2022 – o que lhe faculta a indicação dos ministros do governo -, é fato também que um mínimo de critério, decoro, racionalidade e responsabilidade deveria orientar escolhas tão desastrosas como as que ele fez.
ENCERRO
Cobrar tais atributos de uma legenda que abriga (nada mais, nada menos) que ele próprio, João Vaccari Neto, Delúbio Soares, Guido Mantega, João Paulo Cunha, José Genoino, e que tem como presidente Gleise Hoffmann e "guru" José Dirceu, é, eu sei, esperar que torresmo com coca-cola não aumente alguns centímetros de minha já roliça região abdominal. Mas, aqui, não cobro nada. Apenas chamo a atenção para o time de componentes.
Lula da Silva representa não apenas o que há de pior na política, mas o que há de pior no ser humano. Ao final do seu governo, podemos esperar ainda mais retrocesso em todas as áreas, corroborando com a tal miséria que citei no início deste texto. Como eu disse, o Brasil não encontra o fim do poço, nunca.
quarta-feira, 6 de março de 2024
Qualquer diferença não é mera coincidência
A questão dos direitos políticos é fundamental em qualquer democracia e a maneira como esses direitos são tratados pode ter um impacto significativo na representação e participação dos cidadãos.
A suspensão dos direitos políticos de um indivíduo é uma medida séria e deve ser tratada com cautela. Ela pode ocorrer por diferentes razões, como condenações criminais ou violações graves da lei. No entanto, quando essa suspensão ocorre antes de um julgamento final (trânsito em julgado), há um dilema entre a presunção de inocência e a necessidade de proteger a integridade do sistema democrático.
A decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de julgar inconstitucional por unanimidade (9X0)* a proibição da presença do pré-candidato à Presidência, Donald Trump, nas disputas primárias do Partido Republicano, é significativa. Essa decisão ressalta a importância de garantir que os processos democráticos sejam justos e que os candidatos tenham a oportunidade de participar plenamente do processo eleitoral.
Cassar os direitos políticos de um cidadão sem que haja condenação judicial definitiva configura uma grave violação à democracia. Tal medida não apenas suspende a cidadania do indivíduo em questão, mas também impede que seus seguidores e simpatizantes expressem-se nas urnas. Essa decisão da Suprema Corte americana ilustra esse ponto. A decisão reconhece que a cassação de direitos políticos sem o devido processo legal representa uma ameaça à democracia.
No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu o ex-Presidente Jair Bolsonaro de se candidatar nos próximos 8 anos, mesmo sem uma condenação em instâncias judiciais comuns. Isso levanta preocupações sobre a restrição dos direitos políticos de um líder influente e a representação de seus seguidores nas urnas. A decisão afeta não apenas o indivíduo, mas também cerca da metade da população votante que o apoia.
Encontrar um equilíbrio entre a justiça e a democracia é um desafio. A preservação dos direitos individuais deve ser equilibrada com a necessidade de proteger a integridade do sistema democrático. As instituições judiciais devem considerar cuidadosamente as implicações de suas decisões, especialmente quando se trata de direitos políticos.
Em última análise, a discussão sobre direitos políticos deve ser conduzida com base na justiça, no devido processo legal e no respeito aos princípios democráticos. É essencial que as decisões tomadas não prejudiquem a participação ativa dos cidadãos nas eleições e na formação do governo.
* Sei que a Suprema Corte americana deve estar muito preocupada com meu palpite de que os três Ministros liberais/progressistas, nomeados por Presidentes Democratas, votariam para afastar Donald Trump das eleições. Por favor, desconsiderem isso. Foi um mero palpite.
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