Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
terça-feira, 24 de agosto de 2021
Não precisa ser um gênio!
Não precisa ser um gênio para identificar que nos dias atuais o Brasil parece irrevogavelmente fraturado entre direita e esquerda, lulopetistas e bolsonaristas, mortadelas e gado, etc.
Em dezembro de 2020 escrevi que "A sociedade brasileira, a exemplo de outras mundo afora, encontra-se doente. A cegueira ideológica assassina o que resta de racionalidade nos indivíduos. E a pandemia que ora grassa no planeta parece ter exacerbado essa ideologização. Com a inestimável cooperação das redes sociais, diga-se." E ainda, "São pensamentos conceitualmente binários e de uma pobreza e mediocridade de análise e avaliação que só ratificam o conhecido comportamento de manada, assemelhando-se à conduta dos animais em rebanho."
Graças a esse vírus que persegue a humanidade, o tal do Sars-CoV-2 que causa a Covid-19, estive à beira da morte. Vieram-me à lembrança, expressões corriqueiras na minha infância em Várzea Alegre: "escapei fedendo" ou "tirei um fino danado na morte". A consciência da fragilidade da vida humana, o colapso do dito "normal", nos obrigam a confrontar as ideias e expectativas que cultivamos naquele momento.
Apesar de continuar altamente incomodado por aqueles "pensamentos conceitualmente binários" que descrevera anteriormente, diante daquela fragilidade e daquele colapso, havia me prometido a não mais escrever sobre o momento político brasileiro. Sabia desagradar a amigos, pessoas queridas que viviam a sua racionalidade, que alimentavam o seu ideal de sociedade.
Desculpem, mas não resisti. As diferenças ideológicas interpessoais, intersetoriais e mesmo inter-regionais aprofundam-se a cada dia e temo que o desenrolar desse processo seja algo violento. Os homens que fazem as instituições, com suas fraquezas inerentes ao ser humano como egoísmo, ressentimento, busca desesperada pelo poder, estão sendo incapazes de estabelecer uma mínima agenda comum que permita à nação estabelecer uma convivência pacífica entre os indivíduos.
Se Deus é realmente brasileiro, já passou da hora de tomar as rédeas do destino do seu povo. E dar um rumo de prosperidade ao país.
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