quarta-feira, 27 de outubro de 2021

O dilema de 22.




A esquerda e os abstêmios das tetas públicas, imputam ao Presidente de plantão a culpa pelas mais de 600 mil mortes advindas do Covid-19, e ele (juntamente com Governadores e Prefeitos) tem parte da culpa, sim. Esse mesmo grupo não admite que os Governos do PT (Lula e Dilma) foram no mínimo coniventes com a roubalheira sistêmica que assolou o país nos 14 anos de suas gestões.

O desvio de recursos do BNDES para construir obras em países “amigos”; a manipulação dos Fundos de Pensão com prejuízos socializados com dezenas de milhares de funcionários de Empresas Públicas e Estatais; o roubo generalizado na Petrobrás, aonde Partidos Políticos e pessoas amealharam somas inimagináveis (apenas um empregado do terceiro escalão devolveu 100 milhões de dólares aos cofres da Empresa); a herança maldita de juros de 14,25%, inflação de 10,67% e mais de 12 milhões de desempregados; dezenas de outros “mal feitos” já descobertos e revelados, compõem a “ficha corrida” daqueles Governos.

“A mitologia grega é riquíssima na sua filosofia e no seu arcabouço reflexivo.” Aquiles, herói da Grécia e protagonista da guerra de Tróia, deparou-se com o dilema imposto pelos deuses gregos, quando teve “que decidir sobre a sua própria continuidade de existência, ou seja, determinar se teria uma vida curta, abreviada, mas cheia de glória, ou uma vida longa, prosaica e diminuta.”

Também da mitologia grega, buscamos o exemplo do riquíssimo rei Erisictão, que por “mal feitos” recebeu dos deuses o castigo de ter implantado no seu corpo uma fome insaciável, por isso comeu todos os alimentos do seu palácio, gastou sua imensa fortuna com comida e por fim, quando nada mais lhe restava, “começou então a comer os próprios membros. E acaba devorando a si próprio. A única forma de cessar sua fome foi consumindo-se e esgotando-se a si mesmo. Exaurindo sua existência. Exterminando-se.”

Ao contrário desses dilemas mitológicos, na eleição do próximo ano poderemos defrontar-nos com um dilema real: escolher entre a continuidade do desastrado, tosco e fracassado Governo atual ou reentronizar a quadrilha criminosa que exauriu as riquezas do Brasil nos seus 14 anos de descompromisso com o país. A menos que se encontre um caminho que exclua esse estúpido pensamento binário, seremos os “Aquiles” e “Erisictão” de 2022.