Um velho engenheiro aposentado que combate o ócio tentando escrever textos inspirados nos acontecimentos do cotidiano. Autor dos livros “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 1” , “INQUIETAÇÕES NOTURNAS, REFLEXÕES NAS MADRUGADAS” e “… E A VIDA ACONTECEU! FASE 2”.
segunda-feira, 21 de junho de 2021
God Bless America!
A NCAA, a entidade responsável pelos esportes universitários nos Estados Unidos, é quem organiza e gerencia competições entre as universidades. É uma potência popular e econômica.
Na última segunda-feira, a Suprema Corte americana (o equivalente ao nosso STF) decidiu, por unanimidade, que os estudantes atletas poderiam receber pagamentos relacionados à educação, em um caso que poderá revolucionar os esportes nas universidades.
Os esportes universitários arrecadam bilhões de dólares com a venda de ingressos, contratos de televisão e produtos relacionados. Os atletas estudantes, seus familiares e responsáveis, dizem que os jogadores estão sendo explorados e impedidos de monetizar seus talentos. Para termos a ideia dos volumes envolvidos nessa modalidade, em 2016 por exemplo, a NCAA negociou oito anos de seus direitos de transmissão pelo valor de 1,1 bilhão de dólares anualmente.
O Ministro Brett Kavanaugh em seu voto, registrou: "Em nenhum outro lugar da América, as empresas podem se safar concordando em não pagar a seus trabalhadores uma taxa de mercado justa... E de acordo com os princípios comuns da lei antitruste, não é evidente por que os esportes universitários deveriam ser diferentes. A NCAA não está acima da lei”.
Antes do julgamento, as universidades já podiam fornecer mensalidades e taxas, hospedagem e alimentação, livros e outras despesas relacionadas ao custo da frequência, para seus alunos atletas. Agora estão autorizados a fazer pagamentos para determinados prêmios de participação atlética, aulas de reforço e despesas de estudo no exterior relacionadas a qualquer curso.
O argumento dos advogados da NCAA, não aceito pela Suprema Corte, é que "esses novos abonos são semelhantes aos salários profissionais", enquanto que os defensores dos atletas descartaram tais preocupações, argumentando aos Ministros que "o modelo de amadorismo pode ser mantido mesmo quando se oferece mais compensação aos alunos por despesas relacionadas à educação".
Revendo esse quadro de medalhas olímpicas abaixo em todos os tempos, não me surpreendo. Nesse país campeão absoluto, a Suprema Corte trabalha pelo melhor para seu povo.
sábado, 19 de junho de 2021
"It's the economy, stupid!"
Durante a campanha à reeleição do Presidente Barack Obama, cadastrei-me no banco de dados do Partido Democrata como admirador daquele líder político americano. Lá já se vão quase dez anos e nesse período tenho recebido mensagens, via e-mail (e não estaria exagerando se dissesse) diariamente.
Referidas mensagens, invariavelmente, são pedindo doações ora para o Partido, ora para determinado candidato em vários níveis (Presidente, Governadores, Senadores, etc). Os textos são assemelhados, imagino porque escritos pelo mesmo grupo de assessores. O que muda a cada mensagem é o remetente, sempre uma figura preeminente dos Democratas. Michelle Obama, Barack Obama, Hilary Clinton, Bill Clinton e agora Joe Biden, são figurinhas carimbadas nesses e-mails.
A mensagem de ontem tinha como objeto "The most important race in America" ("A corrida eleitoral mais importante dos Estados Unidos", em tradução livre) e o nome utilizado para remetente era, para minha surpresa, James Carville. Nas centenas de e-mails recebidos em todos esses anos, não me recordo de ter visto algum assinado pelo Senhor Carville.
Quem é James Carville? "Chester James Carville Jr. (nascido em 25 de outubro de 1944) é um consultor político americano que elaborou estratégias para candidatos a cargos públicos nos Estados Unidos e em 23 países no exterior." Apesar de atuação em campanhas diversas nos Estados, Carville ganhou notoriedade como estrategista chefe da eleição vitoriosa de Bill Clinton à Presidência dos Estados Unidos em 1992. Naquele ano, o desconhecido Governador do inexpressivo Estado de Arkansas disputava a eleição com o então Presidente Republicano George Walker Bush (Bush pai), candidato à reeleição. James Carville teve o mérito de identificar a economia como o tema predominante e maior preocupação da sociedade americana na oportunidade. Ficou famosa a lapidar frase cunhada por Carville - "It's the economy, stupid!" (É a economia, idiota!).
"Bush ordenou a invasão do Panamá em 1989 e presidiu sobre a Guerra do Golfo, em 1991, derrotando Saddam Hussein e libertando o Kuwait. Com esses sucessos puxando sua popularidade para mais de 90% segundo as pesquisas de opinião". No entanto, uma recessão econômica a partir de meados de 1991, bem como sua política de aumento de impostos para cobrir o deficit público, acabaram por erodir sua popularidade determinando a surpreendente eleição de Bill Clinton.
James Carville teve uma rápida passagem pelo Brasil em 1994, contribuindo como consultor para a reeleição do à época Presidente Fernando Henrique Cardoso.
domingo, 13 de junho de 2021
quinta-feira, 10 de junho de 2021
O Tigre e o Burro (e o Leão)
O burro disse ao tigre:
“A grama é azul.”
O tigre respondeu:
“Não, a grama é verde.”
A discussão acirrou e os dois decidiram submetê-la à arbitragem do leão, o Rei da Selva. Antes mesmo de chegar à clareira onde o leão estava sentado em seu trono, o burro começou a gritar:
“Vossa Alteza, não é verdade que a grama é azul?
O leão respondeu
“Certo, a grama é azul!”
O burro continuou:
“O tigre discorda de mim e isso me incomoda. Por favor, castigue-o.”
O rei declarou então:
“O tigre será punido com quatro anos de silêncio”.
O burro, saltitante e feliz, continuou o seu caminho, repetindo:
“A grama é azul!”
O tigre aceitou sua punição, mas questionou o leão:
“Sua Majestade, por que fui punido? Afinal, a grama é verde.”
O leão respondeu:
“Sim, na verdade, a grama é verde!”
O tigre perguntou:
“Então por que está me punindo?”
O leão respondeu:
“Isso não tem nada a ver com a questão de se a grama é azul ou verde. O castigo é devido ao fato de que não é possível para uma criatura corajosa e inteligente como você perder tempo discutindo com um burro, e ainda por cima me incomodando com essa questão.”
Moral da história: nunca perca tempo discutindo com quem já está convencido de que a grama é azul. Ninguém vai convencê -los do contrário.
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