terça-feira, 31 de março de 2020

O pós-corona ou especulações sobre um mundo melhor




Evidentemente é prematura qualquer especulação sobre o que deverá acontecer com as nações após a vitória sobre o coronavirus, em um momento no qual o principal foco é a sobrevivência. No entanto, assim como atribui-se aos poetas a liberdade de expressão não aceitável fora da literatura (a licença poética), o ócio mandatório permite-nos a construção de cenários futuros (a licença quarentena).

Os países europeus de uma maneira geral, concluída a segunda guerra mundial, encontravam-se com suas economias absolutamente fragilizadas, considerando-se que o continente se constituiu no principal cenário daquele conflito. Alem do incalculável prejuízo de vidas humanas (estima-se em cerca de 40 milhões de mortos), a infraestrutura das nações foi quase completamente destruída pelos intermináveis bombardeios aéreos sofridos.

"No início de junho de 1947, o secretário de Estado americano, general George Marshall, realizou um discurso na Universidade de Harvard, em que ofereceu ajuda dos Estados Unidos para a recuperação da economia europeia. Marshall afirmou que a recuperação dos países europeus era do interesse econômico americano, e uma forma de garantir estabilidade e paz globais. No discurso, não delineou um plano exato, e conclamou os países europeus a proporem o formato de um programa de auxílio."

O Plano de Recuperação Europeia (Plano Marshall) foi implementado em 17 países entre os anos de 1947 e 1951, em valor equivalente a algo em torno de 130 bilhões de dólares (atualizado para março de 2020). Os principais beneficiados foram: o Reino Unido (31 bilhões de dólares), a França (26 bilhões de dólares), a Itália (14 bilhões de dólares) e a Alemanha Ocidental (14 bilhões de dólares). Mesmo após a conclusão do Plano Marshall, o governo americano continuou a oferecer grandes volumes de auxílio financeiro ao continente por décadas.

Não se espera que em nível de perdas humanas o coronavírus iguale-se à segunda guerra mundial, mas já há um certo consenso de que a economia seja tão ou mais atingida nos dias de hoje, comparada ao período daquele triste episódio da história humana recente. A partir dessa constatação, não seria absurdo especular-se sobre uma versão moderna do Plano Marshall. Poderia ter como órgão coordenador a Organização das Nações Unidas (ONU) e principais financiadores os Estados Unidos e a China. O primeiro por ser a economia mais pujante do planeta e por isso mesmo com interesse direto em recuperar a movimentação de produtos e serviços entre as nações. A China, por ser a segunda maior economia entre todos os países, mas mais que isso por ter sido seu território o berço do vírus que atormenta a humanidade.

Contrariando algumas teorias da conspiração, estudo realizado por cientistas dos Estados Unidos, Inglaterra e Austrália e publicado no dia 17 de março último pela revista Nature Medicine, o novo coronavírus foi originado através de seleção natural, e não em laboratório. De qualquer modo, "o prefeito da cidade de Wuhan, epicentro da epidemia do coronavírus na China, assumiu parte da responsabilidade pela propagação da doença, e ofereceu sua renúncia. Em entrevista à televisão estatal chinesa, Zhou Xianwang afirmou que a resposta de sua administração ao surto 'não foi boa o suficiente'. O prefeito também admitiu que a divulgação de informações pelas autoridades da cidade foi 'insatisfatória'. Zhou ainda confirmou que pelo menos 5 milhões de pessoas deixaram a cidade antes de o governo decretar o isolamento, o que pode ter contribuído para a disseminação do vírus pelo país."

Por enquanto umas poucas vozes em nível mundial levantam-se para acusar a China de ter "desencadeado essa praga no mundo inteiro por sua desonestidade e sua falta de transparência e corrupção", como afirmou o Senador Republicano Tom Cotton em entrevista à Fox News. A própria alta liderança chinesa admite "deficiências" na resposta do país ao surto mortal do coronavírus. "A rara admissão veio do Comitê Permanente do Politburo, que pedia uma melhoria no sistema de gerenciamento de emergências da China" conforme veiculado pela rede de comunicação inglesa BBC.

Independente do que acontecerá, estou absolutamente convencido de que a superação desse desastre planetário descortinará um mundo melhor. Assim como o surgimento da AIDS mudou o comportamento sexual entre as pessoas incorporando o uso de preservativo, o lavar as mãos com frequência usando água e sabão, tornar-se-á um hábito consagrado. A consolidação do trabalho a partir de casa, um sistema de saúde mais estável e igual para todos e outras consequências poderão emergir desse "mundo melhor" que desejamos.

sábado, 28 de março de 2020

Quando o cientista fala!!




http://www.leparisien.fr/societe/didier-raoult-pour-traiter-le-covid-19-tout-le-monde-utilisera-la-chloroquine-22-03-2020-8285511.php?fbclid=IwAR1_NBt41tMawELbBaLV04Gby-iesa2u_G9HdVwMHWzaQgqYZ3TNMERc-8s

Prof. Didier Raoult no jornal LE PARISIEN. 22 de março de 2020:

LE PARISIEN: O governo autorizou um grande ensaio clínico para testar o efeito da cloroquina no coronavírus. É importante para você ter obtido isso?

DIDIER RAOULT. Não, eu não ligo. Eu acho que existem pessoas vivendo na Lua que comparam os testes terapêuticos da AIDS com uma doença infecciosa emergente. Eu, como qualquer médico, uma vez demonstrado que um tratamento é eficaz, acho imoral não administrá-lo. É simples assim.

LE PARISIEN: O que você diz aos médicos que pedem cautela e estão reservados quanto aos seus testes e ao efeito da cloroquina, especialmente na ausência de mais estudos?

DIDIER RAOULT. Entenda-me bem: sou um cientista e penso como um cientista com elementos verificáveis. Eu produzi mais dados sobre doenças infecciosas do que qualquer pessoa no mundo. Sou médico, vejo pessoas doentes. Eu tenho 75 pacientes hospitalizados, 600 consultas por dia. Então as opiniões de todos, se você soubesse como eu não me importo. Na minha equipe, somos pessoas pragmáticas, não pássaros de programa de TV.

LE PARISIEN: Como você começou a trabalhar com cloroquina e concluiu que poderia ser eficaz no tratamento de coronavírus?

DIDIER RAOULT. O problema neste país é que as pessoas que falam são de total ignorância. Eu fiz um estudo científico sobre cloroquina e os viruses, treze anos atrás, que foi publicado. Desde então, outros quatro estudos de outros autores mostraram que o coronavírus é sensível à cloroquina. Tudo isso não é novo. É sufocante que o círculo de tomadores de decisão nem sequer seja informado sobre o estado da ciência. Sabíamos da eficácia potencial da cloroquina em modelos de cultura viral. Sabíamos que era um antiviral eficaz. Decidimos em nossas experiências adicionar um tratamento com azitromicina (um antibiótico contra pneumonia bacteriana, nota do editor) para evitar infecções secundárias por bactérias. Os resultados foram espetaculares em pacientes com Covid-19 quando a azitromicina foi adicionada à hidroxicloroquina.

LE PARISIEN: O que você espera de ensaios em larga escala em torno da cloroquina?

DIDIER RAOULT. Nada mesmo. Com minha equipe, acreditamos ter encontrado uma cura. E em termos de ética médica, acredito que não tenho o direito como médico de não usar o único tratamento que até agora se mostrou bem-sucedido. Estou convencido de que, no final, todos usarão esse tratamento. É apenas uma questão de tempo até que as pessoas concordem em reconhecer que erraram e dizer: essa é a coisa a fazer.

LE PARISIEN: De que forma e por quanto tempo você administra cloroquina a seus pacientes?

DIDIER RAOULT. A hidroxicloroquina é administrada na dose de 600 mg por dia, durante dez dias (na forma de Plaquenil, o nome do medicamento na França, nota do editor) na forma de comprimidos administrados três vezes ao dia. E 250 mg de azitromicina duas vezes no primeiro dia e depois uma vez ao dia por cinco dias.

LE PARISIEN: É um tratamento que pode ser tomado para prevenir a doença?

DIDIER RAOULT. Nós não sabemos.

LE PARISIEN: Quando você administra, quanto tempo leva para um paciente do Covid-19 se recuperar?

DIDIER RAOULT. O que sabemos no momento é que o vírus desaparece após seis dias.

LE PARISIEN: Você entende, no entanto, que alguns de seus colegas pedem cautela com este tratamento?

DIDIER RAOULT. As pessoas dão sua opinião sobre tudo, mas só falo do que sei: afinal, não fico por aí dando minha opinião sobre a composição da seleção francesa! Todo mundo tem seu próprio trabalho. Hoje, a comunicação científica neste país é semelhante à conversa de botequim.

LE PARISIEN: Mas não existem regras de prudência a serem respeitadas antes de administrar um novo tratamento?

DIDIER RAOULT. Para aqueles que dizem que precisamos de trinta estudos multicêntricos e mil pacientes incluídos, respondo que, se aplicássemos as regras dos atuais metodologistas, teríamos que refazer um estudo sobre o interesse do paraquedas. Pegue 100 pessoas, metade com pára-quedas e a outra sem e conte os mortos no final para ver o que é mais eficaz. Quando você tem um tratamento que funciona contra zero outro tratamento disponível, esse tratamento deve se tornar a referência. E é minha liberdade prescrever como médico. Não precisamos obedecer às ordens do governo para tratar os doentes. As recomendações da Alta Commissao da Saude são uma indicação, mas não nos obrigam. Desde Hipócrates, o médico faz o melhor que pode, no estado de seu conhecimento e no estado da ciência.

LE PARISIEN: E quanto aos riscos de graves efeitos indesejáveis relacionados ao uso de cloroquina, especialmente em altas doses?

DIDIER RAOULT. Ao contrário do que algumas pessoas dizem na televisão, a nivaquina (o nome de uma das drogas projetadas à base de cloroquina, nota do editor) é bastante menos tóxica que o doliprano ou a aspirina ingerida em altas doses. Em qualquer caso, um medicamento não deve ser tomado de ânimo leve e sempre deve ser prescrito por um clínico geral.

LE PARISIEN: Você está ciente da imensa esperança de cura para os pacientes?

DIDIER RAOULT. Vejo acima de tudo que existem médicos que me escrevem diariamente em todo o mundo para descobrir como tratamos doenças com hidroxicloroquina. Recebi telefonemas do Hospital Geral de Massachusetts e da Clínica Mayo em Londres. Os dois maiores especialistas do mundo, um em doenças infecciosas e outro em tratamentos com antibióticos, entraram em contato comigo pedindo detalhes sobre como configurar esse tratamento. E até Donald Trump twittou sobre os resultados de nossos testes. É apenas neste país que não está claro quem eu sou! Não é porque aqui em Marselha não vivemos dentro do anel viário de Paris que não fazemos ciência. Este país se tornou Versalhes no século XVIII!

LE PARISIEN: O que você quer dizer com isso?

DIDIER RAOULT. Estamos fazendo perguntas franco-francesas e até parisiano-parisienses. Mas Paris está completamente fora de sintonia com o resto do mundo. Tomemos o exemplo da Coréia do Sul e da China, onde não há mais casos novos. Nesses dois países, eles decidiram há muito tempo realizar testes em larga escala para poder diagnosticar pacientes infectados mais cedo. Esse é o princípio básico do gerenciamento de doenças infecciosas. Mas chegamos a um nível de loucura tal que os médicos que aparecem na TV não aconselham mais diagnosticar a doença, mas dizem às pessoas para ficarem confinadas em suas casas. Isto não é Medicina.

LE PARISIEN: Você acha que confinar a população não será eficaz?

DIDIER RAOULT. Nunca antes isso foi feito nos tempos modernos. Estávamos fazendo isso no século 19 para a cólera em Marselha. A idéia de limitar as pessoas para bloquear doenças infecciosas nunca foi comprovada. Nem sabemos se funciona. É improvisação social e não medimos seus efeitos colaterais. O que acontecerá quando as pessoas ficarem trancadas, a portas fechadas, por 30 ou 40 dias? Na China, há relatos de suicídios por medo do coronavírus. Alguns vão lutar entre si.

LE PARISIEN: Deveríamos, como exige a Organização Mundial da Saúde, generalizar os testes na França?

DIDIER RAOULT. Vamos ter a coragem de dizê-lo: a gambiarra ao estilo francês, não funciona. A França faz apenas 5.000 testes por dia, quando a Alemanha realiza 160.000 por semana! Existe um tipo de discordancia. Nas doenças infecciosas, diagnosticamos pessoas e, uma vez obtido o resultado, as tratamos. Especialmente porque estamos começando a ver pessoas portadoras do vírus, aparentemente sem sinais clínicos, mas que, em um número não desprezível de casos, já têm lesões pulmonares visíveis no scanner mostrando que estão doentes. Se essas pessoas não forem tratadas a tempo, existe um risco razoável de se encontrarem depois em terapia intensiva, onde será muito difícil salva-las. Testar pessoas apenas quando já estão gravemente doentes é, portanto, uma maneira extremamente artificial de aumentar a mortalidade.

LE PARISIEN: E devemos generalizar o uso de máscaras?

DIDIER RAOULT. É difícil de avaliar. Sabemos que eles são importantes para o pessoal da saúde, porque são as poucas pessoas que realmente têm um relacionamento muito próximo com os pacientes quando os examinam, às vezes a 20 cm do rosto. Não está claro até que ponto os vírus voam. Mas dificilmente mais que um metro. Portanto, além dessa distância, pode não fazer muito sentido usar uma máscara. De qualquer forma, é nos hospitais que essas máscaras devem ser enviadas como prioridade para proteger os cuidadores. Na Itália e na China, uma parte extremamente grande dos pacientes acabou sendo pessoal de saúde.

Recebi a matéria por um grupo de whatsapp. Depois de checar a veracidade, estou publicando para conhecimento do número máximo de pessoas. Agradeço penhorado ao anônimo que fez a tradução da entrevista dada ao veículo de comunicação francês LE PARISIEN.

terça-feira, 24 de março de 2020

A cura para o CoronaVirus?




(POR FAVOR, DIVULGUEM ISSO)

23 de março de 2020

Para todos os profissionais médicos do mundo:

Meu nome é Dr. Zev Zelenko e pratico medicina em Monroe, NY. Nos últimos 16 anos, cuidei de aproximadamente 75% da população adulta de Kiryas Joel, uma comunidade muito unida de aproximadamente 35.000 pessoas em que a infecção se espalhou rapidamente e sem controle antes da imposição de distanciamento social.

Até hoje, minha equipe testou aproximadamente 200 pessoas dessa comunidade para o Covid-19, e 65% dos resultados foram positivos. Se extrapolado para toda a comunidade, isso significa que mais de 20.000 pessoas estão infectadas no momento. Desse grupo, estimo que haja 1500 pacientes que estão na categoria de alto risco (ou seja,> 60, imunocomprometidos, comorbidades etc.).

Dada a urgência da situação, desenvolvi o seguinte protocolo de tratamento no ambiente pré-hospitalar e só obtive resultados positivos:

1. Qualquer paciente com falta de ar, independentemente da idade, é tratado.

2. Qualquer paciente da categoria de alto risco, mesmo com sintomas leves, é tratado.

3. Pacientes jovens, saudáveis ​​e de baixo risco, mesmo com sintomas, não são tratados (a menos que suas circunstâncias mudem e se enquadram na categoria 1 ou 2).

Meu regime de tratamento ambulatorial é o seguinte:

1. Hidroxicloroquina 200mg duas vezes ao dia por 5 dias

2. Azitromicina 500 mg uma vez ao dia por 5 dias

3. Sulfato de zinco 220mg uma vez ao dia por 5 dias

A lógica do meu plano de tratamento é a seguinte. Combinei os dados disponíveis na China e na Coréia do Sul com o estudo recente publicado na França (sites disponíveis mediante solicitação). Sabemos que a hidroxicloroquina ajuda o zinco a entrar na célula. Sabemos que o zinco retarda a replicação viral dentro da célula. Quanto ao uso da azitromicina, eu postulo que evita infecções bacterianas secundárias. Esses três medicamentos são bem conhecidos e geralmente bem tolerados, portanto, o risco para o paciente é baixo.

Desde quinta-feira passada, minha equipe tratou aproximadamente 350 pacientes em Kiryas Joel e outros 150 pacientes em outras áreas de Nova York com o regime acima.

Desse grupo e das informações fornecidas a mim pelas equipes médicas afiliadas, tivemos ZERO mortes, ZERO hospitalizações e ZERO intubações. Além disso, não ouvi nenhum efeito colateral negativo além de aproximadamente 10% dos pacientes com náusea e diarréia temporárias.

Em suma, minha recomendação urgente é iniciar o tratamento ambulatorial o mais rápido possível, de acordo com o acima exposto. Com base na minha experiência direta, evita a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), evita a necessidade de hospitalização e salva vidas.

Com muito respeito,

Dr. Zev Zelenko

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(Original em inglês)

March 23, 2020

To all medical professionals around the world:

My name is Dr. Zev Zelenko and I practice medicine in Monroe, NY. For the last 16 years, I have cared for approximately 75% of the adult population of Kiryas Joel, which is a very close knit community of approximately 35,000 people in which the infection spread rapidly and unchecked prior to the imposition of social distancing.

As of today my team has tested approximately 200 people from this community for Covid-19, and 65% of the results have been positive. If extrapolated to the entire community, that means more than 20,000 people are infected at the present time. Of this group, I estimate that there are 1500 patients who are in the high-risk category (i.e. >60, immunocompromised, comorbidities, etc).

Given the urgency of the situation, I developed the following treatment protocol in the pre-hospital setting and have seen only positive results:

1. Any patient with shortness of breath regardless of age is treated.

2. Any patient in the high-risk category even with just mild symptoms is treated.

3. Young, healthy and low risk patients even with symptoms are not treated (unless their circumstances change and they fall into category 1 or 2).

My out-patient treatment regimen is as follows:

1. Hydroxychloroquine 200mg twice a day for 5 days

2. Azithromycin 500mg once a day for 5 days

3. Zinc sulfate 220mg once a day for 5 days

The rationale for my treatment plan is as follows. I combined the data available from China and South Korea with the recent study published from France (sites available on request). We know that hydroxychloroquine helps Zinc enter the cell. We know that Zinc slows viral replication within the cell. Regarding the use of azithromycin, I postulate it prevents secondary bacterial infections. These three drugs are well known and usually well tolerated, hence the risk to the patient is low.

Since last Thursday, my team has treated approximately 350 patients in Kiryas Joel and another 150 patients in other areas of New York with the above regimen.

Of this group and the information provided to me by affiated medical teams, we have had ZERO deaths, ZERO hospitalizations, and ZERO intubations. In addition, I have not heard of any negative side effects other than approximately 10% of patients with temporary nausea and diarrhea.

In sum, my urgent recommendation is to initiate treatment in the outpatient setting as soon as possible in accordance with the above. Based on my direct experience, it prevents acute respiratory distress syndrome (ARDS), prevents the need for hospitalization and saves lives.

With much respect,

Dr. Zev Zelenko

sexta-feira, 6 de março de 2020

O processo afunila




Mais um pré-candidato Democrata desiste de pleitear a indicação pelo Partido nesta quinta-feira - 05/03. Dessa vez foi a Senadora Elizabeth Warren. Antes do início do processo de escolha, Sua Excelência figurava entre os favoritos.

Até o momento a Senadora Warren não declarou apoio a nenhum dos candidatos remanescentes. Na primeira declaração após o anúncio da desistência, a Senadora por Massachusetts afirmou: ""Eu preciso de um espaço em torno disso e quero levar um pouco de tempo para pensar um pouco mais".

Imagino o drama que deve estar vivendo a política Democrata. Se for escolher um candidato a ser apoiado por ela considerando sua própria plataforma de campanha, certamente se aliará ao "socialista democrata" Bernie Sanders. Seus programas são muito assemelhados. Por outro lado se for ouvir a voz das ruas, o eleitorado Democrata do seu Estado e que a elegeu para o Senado, deverá apoiar o candidato moderado Joe Biden. Ali o ex-Vice Presidente teve uma vitória expressiva com quase 34% dos votos.

Finalmente, a exemplo de 2016 (Hillary Clinton X Bernie Sanders), a disputa afunila-se para limitar-se à escolha entre Joe Biden e Bernie Sanders. Apesar de avaliar que a sociedade americana ainda não está preparada para um Presidente socialista, imagino que o Partido Democrata escolherá aquele que tenha a maior possibilidade de vencer o Presidente Trump.

God bless América!

quarta-feira, 4 de março de 2020

Uma surpresa e duas decepções




A Super Terça-Feira na corrida Democrata às Primárias americanas revelou situações absolutamente inusitadas. À véspera do início da tomada de votos nos 14 Estados em questão, foram anunciadas as desistências da Senadora Amy Klobuchar e surpreendentemente do ex-Prefeito de South Bend, Pete Buttigieg (veja mensagem em https://nilosergiobezerra.blogspot.com/2020/03/a-desistencia-de-pete.html). Este último constituindo-se como a grande novidade da política nos Estados Unidos.

A grande surpresa da Super Terça foi a expressiva vitória do ex-Vice Presidente Joe Biden, cuja candidatura "respirava por aparelhos" após o pífio desempenho nas primeiras apurações. Dois episódios, avalio, restauraram a competitividade de Biden: uma vitória por ampla margem nas Primárias da Carolina do Sul no último sábado (48,4% dos votos) e a desistência de dois candidatos da ala moderada do Partido Democrata (Pete Buttigieg e Amy Klobuchar) que declararam apoio à candidatura Biden.

Decepções também marcaram a Super Terça. O ridículo desempenho do ex-Prefeito de Nova Iorque, o milionário Michael Rubens Bloomberg, que investira mais de 500 milhões de dólares focado nos 14 Estados a serem avaliados nesta terça-feira, conseguiu apenas algo em torno de 7% dos votos. A Senadora Elizabeth Warren, considerada uma candidata competitiva no seio Democrata, perdeu no seu próprio Estado-berço (Massachusetts) ficando em um humilhante terceiro lugar.

Os resultados do momento indicam que as Primárias Democratas afunilam para uma disputa entre o moderado Joe Biden e o autointitulado "socialista democrata" Bernie Sanders. Devo fazer um mea-culpa na medida em que acreditava que o Senador Sanders seria o terceiro (ou eventualmente o quarto) colocado nessa disputa, perdendo para Biden, Warren e Bloomberg. Subestimei o efeito Trump sobre o eleitorado Democrata, algo parecido com o que aconteceu no Brasil. Aqui, os eleitores escolheram um candidato de extrema direita para neutralizar o período de gestão de Partidos de esquerda. Nos Estados Unidos, a reação ao Governo Trump fez com que a candidatura do esquerdista Bernie Sanders ganhasse um grande impulso. Apesar disso, ainda acredito na escolha do moderado ex-Vice Presidente Joe Biden como candidato do Partido Democrata. Não creio que a sociedade americana esteja preparada para um presidente socialista.

A desistência de Pete




Good evening,

I joined this race in the belief that becoming the Democratic nominee was the best way for me to ensure that we defeat Donald Trump and usher in a new kind of politics defined by bringing people together.

At this point in the race, the best way to keep faith with those goals and with the ideals our campaign has been built around is to step aside and help bring our party and our country together. So tonight I am making the difficult decision to suspend my campaign for the presidency.

I will no longer seek to be the 2020 Democratic nominee for president. But I’m going to do everything in my power to ensure that we have a Democratic president come January.

I cannot express how grateful I am for you, Dana. How grateful I am for every supporter, every volunteer, and every staffer who believed in what we were building.

So many of you dug deep to fuel this campaign, joining nearly a million grassroots donors so that this message of hope and belonging could reach every corner of this country.

Online, in person, with family and friends and complete strangers, you shared your personal stories, and you made the life of this campaign part of your own.

What you did -- and the way you did it -- let us show, not just tell, the kind of campaign we could be and the kind of country we will build. You made me proud every day.

In a field in which some two dozen Democratic candidates ran for president -- billionaires, sitting senators, and governors, a former vice president -- we achieved a top-four finish in each of the first four states to hold early contests and made history winning those Iowa caucuses.

That we made it here at all is proof that Americans are hungry for a new kind of politics, rooted in the values we share.

In a moment of deep division, we saw a rising American majority of Democrats, joined by Independents, and, yes, some of those future former Republicans, choose a politics defined not by who we push out, but by how many we call in; not by who we exclude, but by how we help people belong.

With every passing day, I am more and more convinced that the only way we will defeat Trump and Trumpism is with that politics that gathers people together.

And I urge everyone who supported me or ever even considered it, to be prepared to do everything we can to support the eventual nominee -- and the absolutely critical down-ballot races playing out across the country. There is simply too much at stake to retreat to the sidelines.

I know many will be disappointed that this campaign will not go on. I know it’s easy to get frustrated with politics, especially at this moment.

But this is the moment of all moments to insist that we make our politics what it could be. As I’ve said before -- at its best, politics can be magnificent. Because it’s not just about policy, it is soulcraft. And it is moral.

And we don’t have to win the nomination to be part of that. I don’t have to become the president in order to support that. We don’t have to win Super Tuesday for my campaign to do our part to win the era for our values.

And we walk on in the knowledge that better leadership is possible. That if we reach for it, if we work for it, if we hold that hope in our hearts and fire in our bellies, then one day we will stand in the future we create, a future where every American is empowered and everyone belongs. Thank you. Pete

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Boa noite,

Eu entrei nessa corrida na crença de que me tornar o candidato democrata era a melhor maneira de garantir que derrotássemos Donald Trump e inaugurássemos um novo tipo de política definida por reunir as pessoas.

Neste ponto da corrida, a melhor maneira de manter a fé nesses objetivos e nos ideais em que nossa campanha foi construída é se afastar e ajudar a unir nosso partido e nosso país. Então, hoje à noite, estou tomando a difícil decisão de suspender minha campanha pela presidência.

Não procurarei mais ser o candidato democrata para presidente em 2020. Mas farei tudo o que estiver ao meu alcance para garantir que tenhamos um presidente democrata em janeiro.

Não posso expressar o quanto sou grato por você. Quão grato sou por todo torcedor, voluntário e funcionário que acreditou no que estávamos construindo.

Muitos de vocês se aprofundaram para alimentar esta campanha, juntando quase um milhão de doadores de base para que essa mensagem de esperança e pertença pudesse chegar a todos os cantos do país.

On-line, pessoalmente, com familiares, amigos e completos estranhos, você compartilhou suas histórias pessoais e transformou a vida desta campanha em sua própria.

O que você fez - e do jeito que você fez - vamos mostrar, não apenas contar, o tipo de campanha que poderíamos ser e o tipo de país que construiremos. Você me deixou orgulhoso todos os dias.

Em um campo no qual cerca de duas dúzias de candidatos democratas concorreram à presidência - bilionários, senadores em exercício e governadores, ex-vice-presidente -, alcançamos a quarta colocação em cada um dos quatro primeiros estados a realizar concursos iniciais e fazer história ganhando aqueles caucuses de Iowa.

O fato de termos chegado aqui é a prova de que os americanos estão famintos por um novo tipo de política, enraizado nos valores que compartilhamos.

Em um momento de profunda divisão, vimos uma crescente maioria americana de democratas, acompanhados por independentes, e, sim, alguns desses futuros ex-republicanos, escolher uma política definida não por quem defendemos, mas por quantos chamamos; não por quem excluímos, mas por como ajudamos as pessoas a pertencerem.

A cada dia que passa, estou cada vez mais convencido de que a única maneira de derrotar o Trump e o Trumpismo é com essa política que reúne pessoas.

E peço a todos que me apoiaram ou que já o consideraram, que estejam preparados para fazer tudo o que pudermos para apoiar o candidato final - e as corridas absolutamente críticas que estão acontecendo em todo o país. Simplesmente há muito em jogo para recuar à margem.

Sei que muitos ficarão desapontados por esta campanha não continuar. Eu sei que é fácil ficar frustrado com a política, especialmente neste momento.

Mas este é o momento de todos os momentos para insistir que fazemos da nossa política o que poderia ser. Como eu disse antes - no melhor dos casos, a política pode ser magnífica. Porque não se trata apenas de política, é de ofício da alma. E é moral.

E não precisamos vencer a indicação para fazer parte disso. Não preciso me tornar presidente para apoiar isso. Não precisamos vencer a Super Terça-feira para que minha campanha faça nossa parte para vencer a era por nossos valores.

E continuamos com o conhecimento de que é possível uma melhor liderança. Que se a alcançarmos, se trabalharmos para ela, se tivermos essa esperança em nossos corações e dispararmos em nossas voracidades, um dia estaremos no futuro que criamos, um futuro em que todo americano tem poder e todos pertencem. Obrigado.

Pete

segunda-feira, 2 de março de 2020

2022 já chegou!




O eterno candidato Ciro Gomes fez de Bolsonaro seu alvo preferencial. Não perde nenhuma oportunidade de tentar desconstruir a imagem do Presidente, sempre de forma virulenta como é do seu perfil. Por que essa nova estratégia de Ciro?

É impossível chegar à Presidência da República sem que se vá ao Segundo Turno. O sistema eleitoral brasileiro de dois turnos pressupõe que desde que nenhum candidato atinja a marca de cinquenta por cento mais um dos votos válidos, haverá uma segunda eleição disputada entre os dois candidatos mais votados no Primeiro Turno.

Ciro Gomes revoluteou durante quase trinta anos no entorno do "lulopetismo", na vã esperança de ser ungido candidato por aquele grupo. Sofreu momentos mesmo de humilhação (veja o episódio de sua mudança de domicílio eleitoral para São Paulo) mas como político experimentado, engoliu todos os sapos (mesmo os barbudos - a benção Brizola!) até o dia em que a desesperança venceu a ambição.

Você que está lendo, a torcida do Flamengo e eu, sabemos que a esquerda sempre botará um candidato no Segundo Turno. Registre-se que o desconhecido (em nível Brasil) e pior Prefeito de São Paulo, Sr. Fernando Haddad, tirou 29% dos votos no Primeiro Turno da eleição de 2018.

É possível que a estratégia de Ciro seja desconstruir a imagem de Bolsonaro (transformando-o numa Dilma ou Temer) para ocupar a segunda vaga no Segundo Turno. Atacando Bolsonaro, ainda "corre o risco" de herdar alguns votinhos da esquerda, insatisfeita com o PT.

Não sei se isso é de caso pensado e sequer se vai funcionar, mas faz todo sentido!