sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

O que fazer com Moro?




Recentemente, pesquisa da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) encomendada ao instituto MDA, identificou aumento de aprovação do Presidente Bolsonaro. Entre os entrevistados, 30,1% consideram que a área com melhor desempenho do governo é o combate à corrupção, seguido por economia, 22,1% e segurança 22%. Moro, Paulo Guedes, Moro.

O Ministro Moro tem sido sistemática e teimosamente avaliado como o mais popular Ministro do Governo e aquele que tem mais credibilidade. "In Moro we trust", dizem muitos.

Sergio Moro termina o ano à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública com várias vitórias na área do combate à criminalidade, apesar dos reveses no âmbito do Congresso Nacional. O próprio presidente Jair Bolsonaro muito contribuiu ao longo do ano para os grupos com interesse no desgaste do Ministro. Mais recentemente foi protagonista de dois episódios que contrariam frontalmente a posição do ex-Juiz: a manutenção do juiz de garantias no pacote anticrime e a abortada tentativa de desmembrar o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Apesar de tudo, superou não sem algum desgaste a crise gerada pela série de reportagens publicada pelo site “The Intercept Brasil”. Termina o ano como o ministro mais bem avaliado do governo, com 53% de aprovação - segundo dados divulgados em dezembro pelo Datafolha.

Essa ecologia autoriza aos analistas políticos, principalmente aos interessados em criar uma cizânia no coração do Governo, a especular sobre uma eventual candidatura do Ministro em 2022. Como diz o próprio, seu candidato a Presidente é Jair Bolsonaro ("já afirmei isto mil vezes, só falta tatuar na testa") e não tem nenhuma intenção em ser candidato. Mas o que fala hoje um político (sim, Moro vive em Brasilia um intenso período de aprendizagem política) pode não servir para amanhã. Não seria a primeira vez em que o despertar da cobiça pelo poder - a famosa lenda da mosca azul, "uma antiga história oriental, na qual um servo foi picado pelo inseto e, a partir daí, começou a se olhar como o próprio sultão" - mudaria o rumo da intenção do indivíduo.

O que fazer? Como neutralizar essa "ameaça" à reeleição do Presidente? Existem vários cenários possíveis. O mais simples deles é indicar (e trabalhar pela aprovação) o Ministro para a primeira vaga surgida no STF, a saber a "expulsória" do decano daquela Corte em novembro próximo. Seria simplesmente prender seu mais popular Ministro numa gaiola de ouro, o que de certa forma agradaria aos admiradores de Moro e afastaria a possibilidade de uma candidatura.

Um segundo cenário seria fortalecer o Ministro, aumentando os recursos disponíveis para desenvolver os diversos programas afeitos à sua pasta, o que certamente aumentaria a popularidade dele. E aguardar o clarear do cenário político. Se o Presidente estiver politicamente fortalecido, indica o Ministro Moro para a segunda vaga do STF (o afastamento do Ministro Marco Aurélio em julho de 2021) - o que, repito, agradaria a seus admiradores - afastando assim a possibilidade de um forte concorrente em 2022. Ao contrário, se houver alguma possibilidade de segmentos mais à esquerda voltarem ao poder, Moro fortalecido popularmente poderia ser o companheiro de chapa ideal de Jair Bolsonaro. Não estaria então afastado o perigo da "mosca azul". Paciência! "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".

Uma coisa está assente no tabuleiro do xadrez político de 2022: querendo ou não, Moro está no jogo! Quem viver, verá!

domingo, 12 de janeiro de 2020

Desonestidade intelectual




Os blogs amestrados (aqueles que recebiam milhões nos governos do PT), estão dando um exemplo perfeito e acabado do que é desonestidade intelectual. Usando uma charge que traz os principais Ministros do Governo Bolsonaro, tendo como figura principal o Ministro Paulo Guedes, registram em letras garrafais o título da matéria do The Guardian: “Desqualificados, perigosos: os funcionários excêntricos que dirigem o Brasil de Bolsonaro”.

A matéria é assinada pelos jornalistas, Tom Phillips e Dom Phillips, e foca principalmente em quatro auxiliares de escalões inferiores: Filipe Martins (consultor de política externa), Roberto Alvim, (secretário especial de cultura), Sérgio Camargo (Fundação Palmares) e Dante Mantovani (Funarte).

É ensinamento primário do jornalismo que texto que traz a opinião e a interpretação do autor sobre um fato é assinado e não reflete necessariamente a opinião da publicação. Ademais o jornalista Tom Phillips, correspondente do The Guardian para a América Latina tem demonstrado sistemática má vontade (para dizer o mínimo) com o Governo do Brasil. Uma pesquisa rápida no Google mostra reportagens anteriores com títulos como: “Arrogante, cheio de bile, desastroso: me dá pena do Brasil”, diz repórter do The Guardian - referindo-se ao discurso do Presidente Bolsonaro na Assembleia Geral das Nações Unidas. Ou acolhe recentemente entrevista do ex-Presidente Lula com a seguinte chamada: “Bolsonaro leva Brasil para guerra que não é sua, diz Lula no The Guardian”.

O co-autor da matéria é um jornalista freelancer e também inglês como o primeiro. Mora no Brasil desde 2007. Ocasionalmente escreve para o The IntercePT.(Lembra desse veículo de "saudosa" memória?). Precisa dizer mais alguma coisa?

A desonestidade intelectual é patente quando a repercussão é “vendida” como a opinião do jornal e mais que isso usando uma charge com imagem dos principais Ministros do governo e no texto avaliando auxiliares de escalões inferiores.

A opinião é livre numa democracia. Deixar, no entanto de reconhecer méritos neste primeiro ano em Paulo Guedes, Sergio Moro, Tarcísio Gomes de Freitas, Tereza Cristina para citar apenas alguns, é querer tapar o sol com uma peneira.

Que o correspondente do jornal continue fazendo sua campanha sistemática contra o governo brasileiro e que os blogs desmamados repercutam isso, é compreensível. Afinal, o bolso é o órgão mais sensível do corpo humano.