
Esqueçamos apenas por alguns momentos que o Papa Francisco é o sucessor de São Pedro e representante de Cristo na terra, conforme o ensinamento da Igreja Católica Romana. Tentemos vê-lo apenas como o Chefe de Estado de um país chamado de Vaticano ou Cidade do Vaticano.
"Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (em italiano: Stato della Città del Vaticano; em latim: Civitas Vaticana), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-Estado soberana sem costa marítima, cujo território consiste em um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população estimada de 1000 habitantes, é a menor entidade territorial do mundo administrada por um Estado."
Politicamente é uma monarquia eletiva porque o Papa é Chefe de Estado eleito em um colégio de cardeais, no entanto, "pode-se considerar o Vaticano como uma autocracia, porque todos os poderes (executivo, legislativo e judiciário) estão concentrados na figura do Papa, que não possui qualquer órgão que fiscalize seus atos como governante, e, por ser considerado sucessor de São Pedro, não deve prestação de contas a ninguém, considerando-o um emissário de Deus na Terra."
Amanhã (06/10/2019) esse Chefe de Estado instalará O Sínodo para a Amazônia, encontro de bispos católicos dos vários países da região. Entre outros assuntos, "o texto inicial coloca a Igreja Católica na posição de baluarte dos direitos dos povos indígenas a seus territórios e modos de vida tradicionais, os quais, segundo o documento, estão ameaçados por interesses econômicos e políticos poderosos."
Recentemente o Papa afirmou que a proteção dos direitos humanos e do meio ambiente na Amazônia não é apenas uma questão que diz respeito a somente um povo ou nação, "mas a todo o mundo". "Por exemplo, a Amazônia que queima não é apenas um problema daquela região, é um problema mundial".
A posição política do Estado do Vaticano é uma ingerência em assuntos internos do Brasil e demais países onde está encravada a extensa e rica floresta amazônica, bem como uma ameaça à nossa soberania. As recentes palavras do Papa como Chefe de Estado, vão à mesma linha daqueles que defendem fora e (acreditem) no Brasil, a internacionalização da floresta amazônica.
Não creio que a floresta deva ser considerada para a eternidade como uma vestal intocável e imaculada. Entretanto, qualquer programa de exploração da região deve ser dirigido pelos países que hospedam a floresta, consideradas as vertentes de sustentabilidade e sobrevivência digna do seu povo. Não faz nenhum sentido a manutenção de povos inteiros na miséria, enquanto seu território é sabidamente rico.